
Agradar o p�blico mirim n�o � uma tarefa f�cil. No entanto, o mercado � bem promissor. De acordo com a ag�ncia de intelig�ncia Euromonitor, em seis anos, a venda anual de produtos do segmento infantil no Brasil passou de R$ 2,7 bilh�es para R$ 3,9 bilh�es. O mercado de festas infantis fomenta um amplo n�mero de segmentos especializados: buf�s, decora��o, recrea��o, docerias, atores (personagens), loca��o de brinquedos, fotografia e filmagem, lembrancinhas e convites. Al�m de diversos profissionais, como gar�ons, monitores, seguran�as, recepcionistas, auxiliares de limpeza, copeiros etc. Estudo de 2015, da Associa��o Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), mostra que, em 2010, a popula��o de jovens de at� 14 anos foi de mais de 51 milh�es de pessoas. E a proje��o para 2020 � que este n�mero seja mantido nesta m�dia.
Franquias de moda, brinquedos e brincadeiras, buf�s e casas para festas e at� museu de brinquedo est�o � disposi��o dos pequenos. Foi de olho nesse fil�o que o administrador de empresas Eduardo Ferreira Alvim de Castro montou, h� oito anos, o Buffet Infantil BH – Splash Festas Infantis, casa de alto padr�o para eventos destinados a esse p�blico, mas tamb�m com espa�os reservados a entretenimento de pais e respons�veis que acompanham a garotada. A empresa conta com profissionais especializados e tamb�m parceria de v�rios segmentos de primeira qualidade, que v�o desde os cuidados com os convidados, decora��o, guloseimas e comidas em espa�o pr�prio para at� 180 pessoas at� o atendimento domiciliar, se o cliente assim o preferir.
No caso de eventos residenciais, o contratante tem o trabalho de apenas convidar e receber os amigos e suas crian�as, garante Eduardo, j� que a Splash pode disponibilizar agentes de seguran�a, animadores, cuidadores, buf� e todos os equipamentos como talheres, pratos e at� o g�s a ser utilizado.
Para receber os adultos, a casa conta com espa�o reservado para divers�o espec�fica, com buf� pr�prio, “sem correria de crian�as entre eles”. Quando o contratante quiser, pode tamb�m solicitar festas s� para os filhos e amigos, sem a presen�a de adultos.

Os eventos podem durar entre tr�s e quatro horas e s�o oferecidos pacotes que variam de R$ 3 mil a R$ 12 mil, dependendo da caracter�stica. S�o coquet�is, no fim de tarde e noite; a festa lanche, com crian�as entre 7 e 10 anos, mais solicitados durante os dias �teis; os caf�s, geralmente durante a semana; e tamb�m os almo�os, nos fins de semana.
Segundo o empreendedor, montar um neg�cio de qualidade nesse ramo nos dias de hoje, tem um custo inicial em torno de R$ 500 mil, com previs�o de retorno, em m�dia, de dois anos. “Mas o investimento � constante, principalmente em manuten��o, que deve ser rigorosa, melhorias nos equipamentos e estrutura de brinquedos.” A decora��o exige estar atento o tempo todo, porque muda bastante no universo infantil. Geralmente, � baseada em ambientes que remontam aos desenhos animados lan�ados anualmente.
O empres�rio Alex Gandra conta que, desde crian�a, manifestava a voca��o para o com�rcio. Em 1998, come�ou trabalhando com cole��es pedag�gicas para uma editora, o que proporcionou in�meros contatos tanto de fornecedores quanto de educadores e trabalhadores na �rea pedag�gica. As visitas a escolas da capital permitiram perceber a demanda para aquisi��o de brinquedos. “Foi quando surgiram as brinquedotecas.” O empres�rio j� tinha in�meros contatos de fabricantes e contava com muita confian�a no mercado de brinquedos. Assim, em 2011, fundou a Alex Brinquedos, distribuidora que trabalha com 90% de produtos pedag�gicos, fornecidos por ind�strias do Sul do pa�s.
CREDIBILIDADEO investimento foi praticamente nulo, j� que montou escrit�rio em sua pr�pria casa. A princ�pio, tinha loja f�sica, mas foi quando resolveu trabalhar com e-commerce que o neg�cio prosperou. “A credibilidade no mercado foi a minha principal ferramenta. Na primeira venda, recebi o pagamento adiantado”, conta. O site tornou-se respons�vel por 80% das vendas.
A maior procura � por brinquedos com pe�as de encaixe. Nesses oito anos houve certa queda em n�mero de vendas, mas, com a migra��o para a internet e outras mudan�as administrativas a margem de lucro aumentou. Alex reconhece ter a tecnologia como forte concorrente e j� pensa em uma forma de investir nesse ramo. Seu site tem 500 produtos cadastrados para pronta-entrega e seu maior p�blico � formado por mulheres, principalmente, pedagogas, fonoaudi�logas, psic�logas, educadoras e m�es. Ele tem mais de 1 mil seguidores no Instagram.
Rubia Natiele Machado de Melo descobriu, h� dois anos, que sua voca��o “da alma” era a recrea��o infantil. Passou a realizar oficinas de pinturas, esculturas de bal�es, brincadeiras antigas, oficina de slime, massinha e outras vertentes art�sticas. As crian�as s�o sua fonte de informa��o. “Saber conversar com elas nos tr�s informa��es importantes para atualiza��o e formas para atender a esse p�blico. A remunera��o, segundo ela, � de acordo com a caracter�stica do evento: dura��o,
quantidade de crian�as e atividades escolhidas. Quando o evento � maior, ela leva outros parceiros em “divers�o”. “Por meio do l�dico e da fantasia, a crian�a come�a a entender o mundo e a se interessar pelo conhecimento, expressando suas ideias. Tamb�m torna-se mais f�cil demonstrar seus sentimentos, lidar com desafios e frustra��es, aprender a esperar sua vez, compartilhar e socializar com os colegas.” E d� a dica: “Para quem quer investir nesse setor, o ideal � pensar em produtos e servi�os estrat�gicos, que sempre estar�o no radar dos pais e, claro, das crian�as”.