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Estado de Minas

A mar� t� pra peixe

Segmento de pesca esportiva ganha cada vez mais adeptos e � respons�vel por movimentar uma cadeia que vai das f�bricas, com�rcio, hot�is e pousadas at� os promotores de eventos


postado em 22/09/2019 04:00 / atualizado em 20/09/2019 17:33

Luís Henrique Carvalho, dono do Pescaesportiva.br, promove eventos para quem vê na atividade uma forma de se divertir(foto: Arquivo pessoal)
Lu�s Henrique Carvalho, dono do Pescaesportiva.br, promove eventos para quem v� na atividade uma forma de se divertir (foto: Arquivo pessoal)


Se, em alguns setores da economia, o mar n�o est� pra peixe, como diz o velho ditado, o setor de pesca esportiva vem ganhando espa�os ao ponto de, a cada 15 dias, um novo produto chegar ao mercado. A figura do velho “pescador de barranco”, aquele que passa horas com sua varinha de bambu e linha 0.25, ainda persiste, mas as pescarias regadas a bebidas e farras v�o cada vez mais cedendo espa�o a reuni�es familiares � beira de lagos artificias.
 
E o que antes era considerada atividade masculina vai ganhando adeptas profissionalizadas com amplo conhecimento de t�cnicas e equipamentos. “O convite para pescar vinha sempre do pai, marido ou av�. Hoje, as mulheres t�m em sua lista de entretenimento pr�prio e de sua fam�lia a pesca esportiva”, constata o pescador dos velhos tempos e s�cio-propriet�rio das lojas New Pesca, Maur�cio Miranda Teodoro, de 61 anos. “O interessante � que, quando se pensava em homenagear um homem em seu anivers�rio, no Dia dos Pais ou no Natal, o primeiro pensamento eram as roupas, seguidas de produtos eletr�nicos. Atualmente, equipamentos e acess�rios de pesca esportiva est�o ganhando posi��es nessas listas de presentes”, constata.
 
A atividade � respons�vel por movimentar uma cadeia que vai das f�bricas, com�rcio, hot�is e pousadas e chega aos promotores de eventos do segmento. O exemplo vem de um jovem de 28 anos, que resolveu utilizar seus conhecimentos em inform�tica e redes sociais e cair de bra�ada na ind�stria de entretenimento pesqueiro. Lu�s Henrique da Silva Carvalho trabalhava com inform�tica e pescava com amigos por lazer, at� que resolveu, h� 4 anos, em sociedade com um amigo, criar um grupo, o Pescaesportiva.br. A atra��o de outras pessoas foi quase imediata. Ele passou a pesquisar e percebeu que a pesca esportiva ganhava adeptos por todos os cantos do pa�s e era um mercado promissor. Os s�cios resolveram ent�o realizar um encontro de pescadores na Fazenda Pacu, no munic�pio de Inha�ma, no Colar Metropolitano de BH, e Regi�o Central do estado, a 100 quil�metros da capital.
 
Esse primeiro encontro reuniu 17 pessoas. No ano seguinte, foram mais de 100 participantes. E o crescimento de procura foi cada vez maior: “Grandes e famosos pescadores passaram a encaminhar v�deos e nos contatar”, conta o empreendedor. H� dois anos, surgiu, de uma brincadeira, o personagem nas redes sociais “� o Lui(s) que t� falando e n�o � o Lui(z) que t� falando!”. “Foi a� que vi nisso uma forma de sobreviv�ncia e passei a criar eventos peri�dicos, que ocorrem pelo menos uma vez por m�s.” Hoje, seus grupos em redes sociais contam com mais de 12 mil seguidores de todo o Brasil.

REGULAMENTO A preserva��o de peixes tamb�m foi um apelo para que o esporte ganhasse cada vez mais adeptos. “O pescador esportivo come peixe, mas somente aqueles que est�o dentro da medida exigida. Todo pescador precisa ter carteira de pesca amadora, emitida pelo Instituto Estadual de Floresta (IEF), respons�vel por informar sobre as medidas a serem respeitadas. Sempre h� alertas de quando se pega um 'trofeuz�o', que � peixe muito grande – um dourado de 15 quilos, por exemplo, j� � muito adulto, a carne dele j� n�o � saborosa. Ent�o, a idade deve ser respeitada. Quando � muito adulto n�o serve para comer, e sim para reproduzir. Nesse caso, pega-se o peixe, mostra-se o trof�u, fotografa, registra e solta-o na �gua. Hoje, temos anzol sem farpa, que n�o machuca o peixe. Em pesqueiros, uma pessoa pega um peixe hoje e daqui a um m�s outra pessoa pega o mesmo animal, saud�vel. A pesca esportiva evita a mortandade de peixes”, explica.
 
Os eventos ocorrem geralmente em pousadas e hot�is que t�m estrutura de hospedagem. Na Pousada Pacu, est�o inclusos no pacote caf� da manh�, almo�o, tira-gosto, caf� da tarde e jantar. Tudo, excluindo bebidas, a R$ 175 pelos dois dias, em m�dia, por pessoa. Tem fazendinha para as crian�as conhecerem os animais e as lagoas de pesca.
 
Quem se interessar em participar pode entrar em contato para solucionar d�vidas, como recomenda��o de tipos de materiais. “Muita gente confunde materiais de rio e de pesqueiro. No rio, podem-se usar varas pequenas, de 1,65cm ou 1,50cm. Em pesqueiros, as varas s�o mais longas, de 2,70cm, e t�m de ser mais fortes. Tem peixes de mais de 30 quilos e meu recorde � um tambacu de 32 quilos. Para esse tipo de pesca � preciso carretilha ou molinete que caibam boa quantidade de linha, anz�is sem farpa apropriados para pesca esportiva, para n�o machucar o animal. Chicote transparente para fazer a pesca, impedindo que o peixe veja a linha. Boia e cevadeira para colocar a ra��o.”
 
O investimento, segundo Lu�s Henrique, foi praticamente em divulga��o, “sem qualquer gasto”, j� que utilizou seus conhecimentos em inform�tica e redes sociais. “Sobrevivo totalmente da pesca esportiva”, afirma. Ele realiza eventos em diversas cidades de Minas e outros estados. Quem � marinheiro de primeira viagem tem direito a instru��o sobre t�cnicas e equipamentos mais adequados. A Fazenda Pacu aluga equipamentos completos.


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