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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Base do governo Bolsonaro est� em desalinho

'Bolsonaro teme perder a bandeira da �tica, mas de fato armou um cerco � Lava-Jato, com a indica��o de Augusto Aras para o cargo de procurador-geral da Rep�blica'


postado em 17/09/2019 04:00 / atualizado em 17/09/2019 07:57

Governador do Rio, Wilson Witzel, queria conhecer a suite presidencial do Palácio da Alvorada, mas Bolsonaro negou(foto: CAROLINA ANTUNES/PR)
Governador do Rio, Wilson Witzel, queria conhecer a suite presidencial do Pal�cio da Alvorada, mas Bolsonaro negou (foto: CAROLINA ANTUNES/PR)

O presidente Jair Bolsonaro reassume o cargo hoje, embora n�o esteja plenamente recuperado da cirurgia para corre��o de uma h�rnia no abd�men, realizada no dia 8 de setembro, em S�o Paulo. Sua volta coincide com muitas especula��es sobre mudan�as na equipe de governo, cujo objetivo seria melhorar a rela��o com o Congresso e reestruturar a sua base parlamentar. Na pr�xima sexta-feira, a equipe m�dica dever� reavaliar Bolsonaro em Bras�lia. A viagem a Nova York, onde o presidente discursar� pela primeira vez na assembleia-geral da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), est� mantida. Por recomenda��o m�dica, por�m, foi adiada de domingo para segunda. Seu discurso est� previsto para ter�a-feira.

Cabe ao representante do Brasil abrir os debates da assembleia-geral. Bolsonaro tem previs�o de seguir depois para o Texas, onde se encontrar� com representantes do setor industrial, empres�rios e militares americanos. O retorno ao Brasil somente dever� ocorrer na quarta. At� l�, a reforma da Previd�ncia estar� aprovada pelo Senado, que ontem encerrou o prazo para apresenta��o de emendas. Entretanto, isso n�o significa que a base do governo esteja articulada no Congresso, pelo contr�rio. Est� a maior bagun�a. Cindiu-se profundamente por causa da Lava-Jato e do caso Queiroz. Vamos por partes:

A visita do ministro da Justi�a, S�rgio Moro, e de sua esposa, Ros�ngela Moro, a Bolsonaro no hospital, no fim de semana, serviu para desanuviar um pouco a rela��o entre ambos, mas nos bastidores a tens�o entre os defensores da Lava-Jato e os aliados do cl� Bolsonaro continua. A turma da Lava-Jato tenta emplacar a CPI para investigar o Judici�rio no Senado, mas enfrenta a resist�ncia da maioria dos l�deres partid�rios e do Pal�cio do Planalto. A tens�o � tanta que o l�der do PSL no Senado, Major Ol�mpio (PSL-SP), pediu a sa�da de Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ) da legenda. � mais f�cil, por�m, a migra��o do senador paulista para o Podemos.

Fl�vio Bolsonaro � protagonista do racha pol�tico do cl� presidencial com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Ontem, anunciou o rompimento da bancada de 12 deputados estaduais do PSL com o governador fluminense. O estopim da crise foram entrevistas � imprensa de Witzel criticando o governo Bolsonaro. Witzel tem declarada disposi��o de se candidatar a presidente da Rep�blica. O mal-estar existe desde quando o governador fluminense disse a Bolsonaro que gostaria de conhecer a suite presidencial do Pal�cio do Alvorada, porque pretendia ocup�-la, quando fosse eleito presidente da Rep�blica. Bolsonaro n�o deixou. Essa mesma conversa Witzel teve com o ent�o governador Fernando Pez�o (MDB), ao visitar o Pal�cio Guanabara, fato que entrou para o folclore pol�tico de Bras�lia porque o ex-governador fluminense, que hoje est� preso, contou pra todo mundo. 

Esplanada


Idiossincrasias � parte, o choque � mais profundo. Bolsonaro acredita que existe uma conspira��o no Rio de Janeiro para derrub�-lo do cargo, na qual Witzel estaria envolvido, por causa das suas supostas rela��es e as de seus filhos com a mil�cia fluminense. O principal alvo da investiga��o � Fabr�cio Queiroz, ex-assessor parlamentar de Fl�vio Bolsonaro quando era deputado estadual. Por causa desse caso, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, suspendeu todas as investiga��es da Pol�cia Federal (PF) que utilizavam dados do Conselho de Controle de Opera��es Financeiras (Coaf) sem autoriza��o judicial, a pedido da defesa de Fl�vio Bolsonaro. Supostamente, as interfer�ncias de Bolsonaro na PF e na Receita no Rio de Janeiro teriam o mesmo motivo.

A agenda �tica do Congresso tamb�m divide a base do governo, irremediavelmente. Bolsonaro teme perder a bandeira da �tica, mas de fato armou um cerco � Lava-Jato, principalmente com a indica��o de Augusto Aras para o cargo de procurador-geral da Rep�blica. Ontem, o relator da indica��o na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a do Senado, senador Eduardo Braga (MDB-AM), anunciou seu parecer favor�vel � aprova��o do nome de Aras. A �nica exig�ncia � de que entregue a carteira da OAB e deixe sua banca de advocacia.

Para enfrentar as dificuldades, fala-se na volta do ministro da Casa Civil, Onix Lorenzoni, para a C�mara, onde assumiria a lideran�a do governo. Caso ocorra a mudan�a, quem mais se fortalece � o general Luiz Eduardo Ramos, secret�rio de Governo. Um dos nomes aventados par substituir Lorenzoni � o do ex-deputado Rog�rio Marinho, que foi o principal articulador do governo na reforma da Previd�ncia. Tamb�m se fala na volta do ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), para a C�mara, como o mesmo prop�sito. Para seu lugar iria o ministro da Cidadania, Osmar Terra (MDB-RS). O cl� Bolsonaro estaria por tr�s das mudan�a




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