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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Not�cia boa na economia e nota baixa na educa��o

Bons resultados econ�micos s�o fator de estabilidade pol�tica, apesar das reformas ficarem em segundo plano no Congresso


postado em 04/12/2019 04:00 / atualizado em 04/12/2019 07:47

 O presidente Jair Bolsonaro comemorou a alta de 0,6% do PIB no terceiro trimestre deste ano(foto: Evaristo Sá/AFP)
O presidente Jair Bolsonaro comemorou a alta de 0,6% do PIB no terceiro trimestre deste ano (foto: Evaristo S�/AFP)

Ultrapassando as expectativas, o PIB brasileiro cresceu 0,6% no 3º trimestre. Na compara��o com o mesmo per�odo de 2018, o salto foi de 1,2%. Com isso, chegou a R$ 1,842 trilh�o. Segundo o IBGE, agropecu�ria (+1,3%), ind�stria ( 0,8%), principalmente a constru��o civil, e servi�os (0,4%) lideraram a expans�o da economia. O consumo das fam�lias cresceu 0,8% e o investimento 2%. A queda de 0,4% das despesas de consumo do governo completam o cen�rio, o que levou a uma reavalia��o da proje��o do PIB para 2019. No acumulado do ano at� setembro, o PIB cresceu 1%. Com isso, j� se projeta um PIB de 1,2% neste ano.
 
O presidente Jair Bolsonaro comemorou o resultado e os analistas do mercado financeiro reiteraram a avalia��o corrente de que a economia vai no rumo correto, apesar dos problemas. O PIB ainda est� 3,6% abaixo do pico da s�rie, atingido no primeiro trimestre de 2014. O resultado mant�m a economia brasileira em patamar semelhante ao que se encontrava no 3º trimestre de 2012. Mesmo assim, fortaleceu a equipe econ�mica e possibilita a Bolsonaro construir uma narrativa de retomada do crescimento no primeiro ano de seu governo, cujo desempenho ainda deixa a desejar em termos de resultados econ�micos.
 
O aumento do consumo das fam�lias talvez seja o indicador mais importante, porque estancou a queda de popularidade de Bolsonaro, apesar do desgaste pol�tico causado pela radicaliza��o ideol�gica que vem impondo ao cen�rio pol�tico nacional. Esse consumo est� numa linha ascendente: acelerou para uma alta de 0,8%, ap�s um avan�o de 0,6% no 1º trimestre e de 0,2% no 2º trimestre, representando o principal destaque positivo do PIB no per�odo.
 
A monet�ria e a��es espec�ficas do governo com objetivo de ampliar a circula��o da moeda foram determinantes: queda da taxa b�sica de juros (Selic), infla��o baixa, expans�o do cr�dito e saques do FGTS (v�o injetar at� o final do ano cerca de R$ 30 bilh�es na economia). Outra vari�vel decisiva foi a recupera��o do mercado de trabalho, apesar de liderada pela informalidade. As mudan�as na legisla��o trabalhista, apesar da “precariza�ao” do trabalho, aumentaram a massa salarial e o n�mero de ocupados com alguma renda.
 
No fim do ano, esses bons resultados econ�micos s�o um fator de estabilidade pol�tica, ao lado do comportamento respons�vel do Congresso, apesar do ambiente de radicaliza��o ideol�gica patrocinada pelo pr�prio presidente Bolsonaro, que aposta no confronto com o PT e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva para dar coes�o a sua base eleitoral. Entretanto, a discuss�o das reformas no Congresso ficaram em segundo plano, o que representa um desperd�cio de oportunidade neste fim de ano. Esse atraso na aprova��o das reformas gera inseguran�a jur�dica e atrapalha os investimentos.

Resultado med�ocre
Uma outra informa��o importante divulgada ontem foi o relat�rio da Organiza��o para Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE) com os resultados da vers�o de 2018 do Programa Internacional de Avalia��o de Estudantes (Pisa, na sigla em ingl�s). O exame abrange provas de leitura, matem�tica e ci�ncias – ocorre a cada tr�s anos – e testou cerca de 600 mil estudantes de 15 anos em 79 pa�ses. Portugal e China foram os destaques mais positivos; o Brasil apresentou, estatisticamente, uma melhora rid�cula.
 
Na prova de leitura, os brasileiros tiveram, em m�dia, 413 pontos. O resultado coloca o Brasil em 57º lugar dentre 78 economias avaliadas, � frente da Col�mbia (412), da Argentina (402) e do Peru (401), mas muito atr�s dos 487 pontos de m�dia da OCDE. Em ci�ncias, a m�dia brasileira foi de 404 pontos, deixando o Brasil em 66° lugar no ranking da disciplina. J� em matem�tica, a m�dia dos alunos brasileiros foi de 384 pontos, enquanto a m�dia dos pa�ses desenvolvidos � de 489 pontos. Essa foi a pior nota brasileira, que coloca o Brasil em 70° lugar no ranking de matem�tica, dentre 78 pa�ses, atr�s dos vizinhos Chile (417), Peru (400) e Col�mbia (391).
 
Numa escala de seis n�veis para classificar o desempenho dos estudantes de 15 e 16 anos nas provas de leitura, matem�tica e ci�ncias, o n�vel 1 � considerado insuficiente e o n�vel 2 � o m�nimo de profici�ncia. No Pisa 2018, 50% dos brasileiros n�o atingiram o n�vel 2 em leitura, ou seja, s�o incapazes de identificar a ideia geral de um texto, encontrar informa��es expl�citas ou analisar a finalidade daquele material. De acordo com o estudo, 43% dos jovens do Brasil n�o atingiram o n�vel m�nimo em leitura, nem em matem�tica, nem em ci�ncias.

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