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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Quando a pandemia de COVID passar, a medicina nunca mais ser� a mesma

As consultas por teleconfer�ncia, mesmo antes da doen�a causada pelo novo coronav�rus, vieram para ficar


30/10/2020 04:00 - atualizado 30/10/2020 07:08

Pessoas com máscaras: pandemia do novo coronavírus leva a mudanças de hábito(foto: LEANDRO COURI/EM/D.A. PRESS - 21/8/20)
Pessoas com m�scaras: pandemia do novo coronav�rus leva a mudan�as de h�bito (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A. PRESS - 21/8/20)


A Prefeitura de Vit�ria (ES) tem uma das melhores redes de atendimento b�sico � sa�de do pa�s, resultado de sucessivas administra��es, mas sobretudo do avan�o tecnol�gico promovido pelo atual prefeito, Luciano Rezende (Cidadania), que encerra o seu segundo mandato.

Com as inova��es, foi poss�vel ampliar o atendimento em 30% sem contrata��o de m�dicos ou constru��o de novos postos de sa�de.  Qualquer cidad�o atendido na rede, inclusive nos dois pronto-atendimentos da cidade, recebe um torpedo no celular para dar uma nota de 0 a 10 de avalia��o do atendimento. A nota m�dia em setembro, mesmo na pandemia de COVID-19, foi 9,11.

O ovo de Colombo surgiu depois de uma viagem de avi�o, quando o prefeito recebeu uma mensagem pedindo uma nota de avalia��o do servi�o da companhia a�rea.
 
A revolu��o tecnol�gica come�ou pelo Pronto-Atendimento de S�o Pedro, antiga regi�o de palafitas, erradicadas nas administra��es de Vitor Buaiz (PT) e Paulo Hartung (MDB). Na administra��o do tucano Luiz Paulo Velozzo Lucas, da qual Rezende foi secret�rio de Sa�de e de Educa��o, esses servi�os foram ampliados.

Mas foi preciso muita inova��o tecnol�gica para que a gest�o da sa�de fosse focada 100% na ponta do atendimento ao p�blico. Quando os torpedos come�aram a ser disparados, houve muitos questionamentos,  porque tudo influencia a avalia��o, e n�o apenas o atendimento m�dico propriamente dito.

O PA de S�o Pedro, por exemplo, foi o pior avaliado. Esse resultado levou a que os diretores dos dois melhores postos de sa�de da cidade fossem transferidos para l�, onde a popula��o mais pobre da cidade � atendida na emerg�ncia, 24 horas, todos os dias, inclusive domingos e feriados.

A media da avalia��o dos usu�rios em setembro passado foi de 8,66. Mesmo com a pandemia, a menor nota de avalia��po do PA de S�o Pedro foi 7,29, em mar�o.
 
A chave para o alto desempenho foi a sinergia entre as secretarias de Sa�de e da Fazenda, que colocou o time da subsecretaria de Tecnologia de Informa��o para desenvolver solu��es que melhorassem a gest�o da Sa�de, obrigada a fazer mais com menos, devido � queda de 25% da arrecada��o da cidade, com o fim do Fundap (fundo de desenvolvimento extinto em 2002, que beneficiava o complexo exportador capixaba).

Ao contr�rio de outros munic�pios, que est�o na latitude dos po�os da Bacia de Campos, Vit�ria se beneficia pouco dos royalties de petr�leo destinados aos capixabas.


Medicina a dist�ncia



Para melhorar o atendimento � popula��o, o acesso � informa��o, a organiza��o e o controle das unidades de sa�de, a Secretaria Municipal de Sa�de (Semus) registra a fila de atendimento, a classifica��o de risco, os procedimentos da sala de medica��o, com prescri��o e checagem de forma eletr�nica.

Os sistemas informatizados permitem agilizar procedimentos administrativos, gerenciais, de atendimento e acesso � informa��o de pacientes. Al�m disso, o sistema gera o prontu�rio eletr�nico com os dados do atendimento prestado ao paciente. Para que o atendimento seja mais r�pido, basta o usu�rio apresentar um documento com foto e ele ser� encaminhado para a classifica��o de risco. Depois, ele aguarda o atendimento m�dico ou odontol�gico de acordo com a gravidade do caso.

As consultas s�o automaticamente remarcadas em caso de n�o confirma��o. O time de engenheiros e programadores da Prefeitura, funcion�rios de carreira, acabou com as filas de atendimento e reduziu em a 5% as faltas �s consultas m�dicas, que representavam 30% do total.
 
Al�m da rede de postos de sa�de e centros de refer�ncia, a prefeitura mant�m atendimentos psicossociais para adultos e infantojuvenil, de preven��o e tratamento de toxic�manos, aten��o a idosos, gestantes e pediatria.

S�o oferecidos servi�os de cardiologia, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, neurologia, obstetr�cia (alto risco), oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia, proctologia, psiquiatria, reumatologia, urologia, homeopatia, acupuntura e pequenas cirurgias, al�m de tratamento odontol�gico (radiologia, endodontia, periodontia e pr�tese dent�ria), al�m de diagn�stico de c�ncer de boca, tudo gratuito, al�m de equipes de , m�dicos de fam�lia, agentes comunit�rios de sa�de e orientadores de exerc�cios f�sicos.
 
E quando � que os jabutis subiram na �rvore? Quando a pandemia do novo coronav�rus passar, a medicina nunca mais ser� a mesma. As consultas por teleconfer�ncia, por exemplo, que foram introduzidas em massa na rede p�blica de Vit�ria durante a pandemia, vieram para ficar, assim como outras inova��es tecnol�gicas introduzidas por l�.

Acontece que grandes empresas de tecnologia j� est�o operando na �rea m�dica, aqui no Brasil, como a Afya, que oferece ensino especializado e treinamento � dist�ncia em larga escala (Paran�, S�o Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Piau�, Par�, Tocantins e Distrito Federal).

H� grande interesse na gest�o dos servi�os do SUS. As solu��es que a Prefeitura de  Vit�ria oferece de gra�a �s demais prefeituras do pa�s, via Frente Nacional de Prefeitos, na �tica dos grupos de medicina privada, s�o um grande “business” inexplorado.

Por isso, as unidades b�sicas de sa�de inacabadas do governo federal s�o 4 mil jabutis. Falta descobrir quem armou o “jabutizeiro” do SUS, que � muito maior. Com certeza, n�o foi enchente, foi m�o de gente.




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