(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas Entre Linhas

Falar em vacina contra a COVID-19 no Dia D e na hora H � piada pronta

Ministro da Sa�de faz segredo sobre o in�cio da imuniza��o contra o coronav�rus


12/01/2021 04:00 - atualizado 12/01/2021 07:58

Ministro Eduardo Pazuello parece não saber quando terá a vacina disponível (foto: SERGIO LIMA/AFP)
Ministro Eduardo Pazuello parece n�o saber quando ter� a vacina dispon�vel (foto: SERGIO LIMA/AFP)

O ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, evita cravar uma data de in�cio para a vacina��o contra a COVID-19 no pa�s. Disse ontem, em Manaus, que a imuniza��o ir� come�ar “no dia D e na hora H”.

Parece piada pronta, o come�o da vacina��o est� sendo tratado como um segredo militar. O mais prov�vel, por�m, � que o Minist�rio da Sa�de n�o saiba mesmo quando ter� vacinas, seringas e agulhas dispon�veis.

Na Hist�ria, o chamado Dia D foi um segredo guardado a sete chaves pelos Aliados na Segunda Guerra Mundial.  No dia 6 de junho de 1944,  a Opera��o Overlord iniciou o desembarque das tropas aliadas na Normandia, no norte da Fran�a.

A Alemanha passava por um momento delicado na guerra. A for�a do ex�rcito alem�o havia sido contida pelos sovi�ticos a partir de 1942. Os desgastes que o fronte na Uni�o Sovi�tica geraram foram muito altos, principalmente em Stalingrado e Kursk, e a Alemanha carecia de recursos para manter a guerra no n�vel necess�rio.

Os objetivos dos Aliados, ao planejar a invas�o da Normandia, foram: (1) libertar a Fran�a do controle nazista, ao qual estava submetida desde 1940 e, ao criar uma nova frente de batalha (a oeste), (2) aumentar a press�o sobre a Alemanha, atacada ao leste pela Uni�o Sovi�tica e ao sul (na It�lia) por americanos e brit�nicos.

A Opera��o Overlord foi vista com desconfian�a pelos brit�nicos, ainda traumatizados pela dram�tica retirada de Dunquerque, no come�o da invas�o da Fran�a, quando foram encurralados na praia pelos alem�es. Temiam um fracasso, ainda mais em raz�o das ofensivas desastradas no Mar Mediterr�neo e na costa italiana, onde faltou apoio a�reo.

A opera��o, por�m, foi um sucesso; as batalhas mais duras ocorreram depois do desembarque, principalmente em Ardenas, quando os alem�es tentaram uma contraofensiva ao se retirar da Fran�a.

A Alemanha nazista sabia que um ataque aliado contra a Normandia aconteceria, mas n�o quando e onde exatamente isso seria feito. As v�s esperan�as de Hitler estavam depositadas na famosa Muralha do Atl�ntico, linha defensiva criada pelos alem�es nos territ�rios ocupados na costa francesa.

As opera��es do Dia D contaram com 5.300 navios, que realizaram o transporte de cerca de 150 mil homens e de 1.500 tanques, com apoio de 12 mil aeronaves, em cinco praias francesas, cuja conquista permitiu que os Aliados conseguissem posicionar mais 300 mil soldados na Normandia at� o final do dia 7 de junho, com a perda de apenas a tr�s mil soldados mortos.

Guerra da vacina


O custo da guerra da vacina no Brasil est� sendo muito maior. A m�dia m�vel da �ltima semana foi de 1016 mortes por dia por COVID-19, chegando � marca de 203.140 mortos, ontem, de um total 8,104 milh�es de contaminados.

Historicamente, o Sistema �nico de Sa�de (SUS) tem condi��es de vacinar 10 milh�es de pessoas por dia, mas passa por um de seus piores momentos.

“No primeiro dia que chegar a vacina, ou que a autoriza��o for feita, a partir do terceiro ou quarto dia j� estar� nos estados e munic�pios para come�ar a vacina��o no Brasil”, garante o general Pazuello.

Pela primeira vez, o objetivo n�o ser� a imunidade completa, mas frear a contamina��o, com a aplica��o de pelo menos uma dose do imunizante do laborat�rio Astrazeneca em parceria com a universidade de Oxford, importado �s pressas da �ndia (2 milh�es de doses), enquanto a Anvisa faz novas exig�ncias para libera��o das vacinas produzidas pelo Instituto Butantan (CoronaVac) e pela pr�pria Fiocruz (Oxford).

Para iniciar a campanha antes de S�o Paulo, que pretende iniciar a imuniza��o no dia 25 de janeiro, data de anivers�rio de funda��o da capital paulista, pedido do presidente Jair Bolsonaro, Pazuello quer reinventar a roda: “Com duas doses voc� vai a 90 e tantos por cento [de imuniza��o], com uma dose vai a 71%. Com 71% talvez a gente entre para imuniza��o em massa, � uma estrat�gia que a Secretaria de Vigil�ncia em Sa�de vai fazer para reduzir a pandemia.

Talvez o foco seja n�o na imunidade completa, mas sim a redu��o da contamina��o e a� a pandemia diminui muito. Podendo aplicar a segunda dose na sequ�ncia, chegando a 90%”, disse. Trocando em mi�dos, � tudo para ingl�s ver;  por enquanto, faltam vacinas para atender at� mesmo os grupos de risco.

Pazulello, por�m, garante que o Minist�rio da Sa�de nunca deixou de trabalhar tecnicamente com o Butantan para comprar a vacina, “quando estiver registrada e garantida a seguran�a e efic�cia pela Anvisa ou autoriza��o de uso emergencial (...). Onde est� a dificuldade?

N�o h� registro na China nem autoriza��o de uso emergencial ainda. E a Anvisa tem tido dificuldades de receber toda essa documenta��o pronta.

N�s estamos trabalhando com o Butantan direto para que ele forne�a essa documenta��o", justifica Pazuello. O Butantan, em parceria com um laborat�rio chin�s Sinovac, j� produziu 2,8 milh�es de doses, al�m de 6 milh�es que importou  diretamente da pr�pria China e que ser�o destinadas ao Minist�rio da Sa�de.





*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)