
Livre das condena��es, que foram anuladas pelo ministro Edson Fachin, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva est� em vias de se lan�ar mais uma vez � disputa pela Presid�ncia da Rep�blica, o que faz desde 1989.
Somente n�o concorreu em 2010, porque a Constitui��o n�o permite um terceiro mandato sucessivo, e em 2014, na reelei��o de Dilma Rousseff, o que talvez seja o seu maior arrependimento, pois a petista n�o terminaria o mandato.
Ao longo deste per�odo, construiu um partido pol�tico que se envolveu em esc�ndalos de corrup��o, como o “mensal�o” e o “petrol�o”, mas revela grande resili�ncia.
O PT mant�m sua hegemonia nos movimentos sociais e elegeu a maior bancada na C�mara dos Deputados, mesmo com Fernando Haddad perdendo a elei��o para Jair Bolsonaro. Lula estava na cadeia.
Somente n�o concorreu em 2010, porque a Constitui��o n�o permite um terceiro mandato sucessivo, e em 2014, na reelei��o de Dilma Rousseff, o que talvez seja o seu maior arrependimento, pois a petista n�o terminaria o mandato.
Ao longo deste per�odo, construiu um partido pol�tico que se envolveu em esc�ndalos de corrup��o, como o “mensal�o” e o “petrol�o”, mas revela grande resili�ncia.
O PT mant�m sua hegemonia nos movimentos sociais e elegeu a maior bancada na C�mara dos Deputados, mesmo com Fernando Haddad perdendo a elei��o para Jair Bolsonaro. Lula estava na cadeia.
Desde a sua cria��o, em 1982, durante a reforma partid�ria protagonizada pelo presidente Jo�o Figueiredo, s�o quase 40 anos de trajet�ria pol�tica, com o partido ocupando um espa�o na sociedade brasileira que antes do golpe militar de 1964 fora dividido entre PTB, PCB e PSB.
O PT reuniu sindicalistas, estudantes, militantes de comunidades eclesiais de base e ex-militantes de extrema-esquerda que participaram da luta armada contra o regime militar. Sua composi��o, ao longo dos anos, se alterou profundamente, mas a c�pula da legenda continua sob comando da gera��o que fundou o partido.
O PT reuniu sindicalistas, estudantes, militantes de comunidades eclesiais de base e ex-militantes de extrema-esquerda que participaram da luta armada contra o regime militar. Sua composi��o, ao longo dos anos, se alterou profundamente, mas a c�pula da legenda continua sob comando da gera��o que fundou o partido.
A volta de Lula � cena eleitoral lembra o regresso a pol�tica do ex-presidente Get�lio Vargas, nas elei��es de 1950, pela legenda do PTB, com apoio do PSD.
O segundo governo Vargas se iniciou em 1951, com uma mudan�a de rumos na economia: em vez da abertura ao capital estrangeiro, uma pol�tica nacionalista, com forte interven��o do Estado na economia, marcada pela cria��o da Petrobras.
Tamb�m criou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico (BNDE), com o objetivo de garantir os investimentos necess�rios aos projetos econ�micos.
O segundo governo Vargas se iniciou em 1951, com uma mudan�a de rumos na economia: em vez da abertura ao capital estrangeiro, uma pol�tica nacionalista, com forte interven��o do Estado na economia, marcada pela cria��o da Petrobras.
Tamb�m criou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico (BNDE), com o objetivo de garantir os investimentos necess�rios aos projetos econ�micos.
A press�o popular levou Get�lio Vargas a nomear como ministro do trabalho Jo�o Goulart, o Jango, um pol�tico ligado aos meios sindicais. A principal medida tomada por Vargas no �mbito trabalhista foi o aumento de 100% do sal�rio-m�nimo, em 1954.
A medida gerou oposi��o dos setores empresariais e de militares, liderada pelo coronel Bizarria Mamede, da Escola Superior de Guerra (ESG). O resultado da press�o foi a demiss�o de Jango, que mais tarde viria a ser presidente da Rep�blica deposto em 1964.
A medida gerou oposi��o dos setores empresariais e de militares, liderada pelo coronel Bizarria Mamede, da Escola Superior de Guerra (ESG). O resultado da press�o foi a demiss�o de Jango, que mais tarde viria a ser presidente da Rep�blica deposto em 1964.
O principal porta-voz da insatisfa��o era o jornalista Carlos Lacerda, da Uni�o Democr�tica Nacional (UDN), que sofreu um atentado em 5 de agosto de 1954.
Lacerda foi ferido na perna, mas seu guarda-costas, Rubens Florentino Vaz, major da For�a A�rea, foi morto. As suspeitas envolviam o chefe da guarda pessoal de Vargas, Greg�rio Fortunato, o que levou os opositores a apontarem o presidente da Rep�blica como mandante do atentado.
A UDN e alguns setores do Ex�rcito pressionavam pela sa�da de Vargas do poder. Sua op��o foi o suic�dio, cometido na manh� de 24 de agosto de 1954, com um tiro no cora��o. A not�cia da morte do presidente, junto � publica��o de sua carta testamento, encontrada ao lado do corpo, causou uma intensa como��o nacional.
Lacerda foi ferido na perna, mas seu guarda-costas, Rubens Florentino Vaz, major da For�a A�rea, foi morto. As suspeitas envolviam o chefe da guarda pessoal de Vargas, Greg�rio Fortunato, o que levou os opositores a apontarem o presidente da Rep�blica como mandante do atentado.
A UDN e alguns setores do Ex�rcito pressionavam pela sa�da de Vargas do poder. Sua op��o foi o suic�dio, cometido na manh� de 24 de agosto de 1954, com um tiro no cora��o. A not�cia da morte do presidente, junto � publica��o de sua carta testamento, encontrada ao lado do corpo, causou uma intensa como��o nacional.
Per�n
A volta de Lula tamb�m se parece com a de Juan Domingo Per�n ao poder, em 1973, nos bra�os do povo, defendendo a industrializa��o, o controle das exporta��es, o Estado forte, a sa�de e a educa��o p�blicas, os subs�dios sociais, a neutralidade internacional e a integra��o pol�tica e comercial sul-americana.
O peronismo � um movimento popular, democr�tico e nacionalista, formado por milhares de trabalhadores. � for�a pol�tica mais resiliente da Argentina, sobrevivendo � ditadura militar argentina (1976-1983), que dep�s a ent�o presidenta da Rep�blica Mar�a Estela Mart�nez de Per�n, que sucedeu marido ap�s ele falecer.
O peronismo � um movimento popular, democr�tico e nacionalista, formado por milhares de trabalhadores. � for�a pol�tica mais resiliente da Argentina, sobrevivendo � ditadura militar argentina (1976-1983), que dep�s a ent�o presidenta da Rep�blica Mar�a Estela Mart�nez de Per�n, que sucedeu marido ap�s ele falecer.
O peronismo votou ao poder com Carlos Menem, que fez um governo liberal por dois mandatos, de 1989 a 1995. A partir de 2003, por 12 anos, os Kirchner (N�stor e a sua esposa Cristina Fern�ndez) governaram a Argentina.
O peronismo perdeu as elei��es em 2015 para o neoliberal Macri, por conta de uma s�rie de erros pol�ticos, mas recuperou o poder atrav�s de Alberto Fern�ndez, no fim do ano 2019. O atual presidente pouco tem a ver com os Kirchner. Faz um governo de centro-esquerda pragm�tica.
O peronismo perdeu as elei��es em 2015 para o neoliberal Macri, por conta de uma s�rie de erros pol�ticos, mas recuperou o poder atrav�s de Alberto Fern�ndez, no fim do ano 2019. O atual presidente pouco tem a ver com os Kirchner. Faz um governo de centro-esquerda pragm�tica.