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Estado de Minas Entre Linhas

A crise da COVID-19 vai continuar, mesmo com o novo ministro da Sa�de

Cardiologista Marcelo Queiroga assumir� a vaga do desgastado general Eduardo Pazuello


16/03/2021 04:00 - atualizado 16/03/2021 07:20

Pazuello deixa o ministério após muitas críticas de má gestão(foto: EVARISTO SÁ/AFP)
Pazuello deixa o minist�rio ap�s muitas cr�ticas de m� gest�o (foto: EVARISTO S�/AFP)

O presidente Jair Bolsonaro indicou o m�dico paraibano Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, para o cargo de ministro da Sa�de, no lugar do general de divis�o da ativa Eduardo Pazuello, que deve voltar � caserna.

Foi o desfecho de tr�s dias de muita confus�o e intensa fritura do general, que atuou de forma desastrada � frente da pasta, seguindo cegamente a orienta��o do presidente da Rep�blica durante a pandemia de COVID-19.

Queiroga assumir� o cargo sob forte desconfian�a, depois da recusa da m�dica goiana Ludhmila Hajjar, que fora convidada por Bolsonaro, mas recusou o convite, por discordar da orienta��o do presidente da Rep�blica.

O convite � cardiologista e intensivista da Hospital das Cl�nicas foi um tiro no p�. Hajjar pretendia promover um choque de gest�o � frente do Minist�rio da Sa�de, defendendo a cria��o de leitos e prepara��o das equipes de atendimento � COVID-19, o apoio ao lockdown decretado por governadores e prefeitos e a forma��o de um comit� de crise 24 horas para apoiar as demais autoridades do Sistema �nico de Sa�de (SUS) e mobilizar sociedades m�dicas, a rede de sa�de privada e as empresas para combater a pandemia.

A m�dica tamb�m � contr�ria ao uso de cloroquina e outros medicamentos sem efic�cia comprovada, no “tratamento precoce”, defendendo um protocolo unificado de tratamento que adote as melhores pr�ticas comprovadas.

As conversas entre Bolsonaro e Hajjar, no domingo e ontem pela manh�, foram um desastre, por causa das diverg�ncias entre ambos e o fato de que os bolsonaristas fizeram intensa campanha de difama��o contra a m�dica, que sofreu amea�as de morte e at� uma tentativa de invas�o do seu quarto no hotel de Bras�lia onde pernoitou.

Ingenuamente, estimulada por pol�ticos e autoridades de quem tratou de COVID-19, Hajjar imaginou que Bolsonaro estava disposto a mudar a orienta��o do Minist�rio da Sa�de. Suas posi��es cr�ticas em rela��o � pandemia eram p�blicas e conhecidas. Frustrada pelo fato de que Bolsonaro n�o pretende mudar a orienta��o do Minist�rio da Sa�de e assustada com os ataques que sofreu dos partid�rios do presidente, Hajjar resolveu revelar � imprensa a conversa com Bolsonaro e denunciar as agress�es sofreu, reiterando tamb�m suas posi��es sobre o combate � pandemia.

Bolsonarista raiz


Com as horas contadas no cargo, o ministro Pazuello fez uma presta��o de contas de sua atua��o � frente da pasta na tarde de ontem. Focou na aquisi��o de vacinas, cujo atraso est� sendo desastroso. Em nenhum momento, reconheceu seu fracasso ou fez autocr�tica.

Na verdade, a troca de ministro n�o est� ocorrendo para mudar a pol�tica do Minist�rio da Sa�de ou porque Bolsonaro estava insatisfeito com Pazuello. O general foi defenestrado porque os l�deres do Congresso exigiram sua substitui��o, para evitar a instala��o de uma CPI para investigar a sua atua��o � frente da pasta, como deseja a oposi��o.

Enquanto Pazuello concedia sua entrevista de despedida, Queiroga se reunia com Bolsonaro no Pal�cio do Planalto. Logo depois, o pr�prio presidente anunciou sua indica��o: “Foi decidida agora � tarde a indica��o do m�dico, doutor Marcelo Queiroga, para o Minist�rio da Sa�de.

Ele � presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A conversa foi excelente, j� o conhecia h� alguns anos, ent�o n�o � uma pessoa que tomei conhecimento h� poucos dias. Tem tudo no meu entender para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento em tudo que o Pazuello fez at� hoje", afirmou � porta do Pal�cio da Alvorada.

Queiroga � bolsonarista de raiz, ser� o quarto ministro da Sa�de desde o come�o da pandemia, h� pouco mais de um ano. Seus antecessores foram o m�dico e ex-deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) e o m�dico oncologista Nelson Teich, al�m de Pazuello. Formado em medicina pela Universidade Federal da Para�ba, fez resid�ncia em cardiologia no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro.

Tem especializa��o em hemodin�mica e cardiologia intervencionista. Indicado por Bolsonaro para ser um dos diretores da Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS), n�o chegou a ocupar o cargo, porque dependia ainda de aprova��o do Senado Federal. Assume para dar continuidade � pol�tica de Bolsonaro. Ou seja, a crise continua.

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