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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Lira adverte Planalto ap�s Brasil registrar 300 mil mortos por COVID

Presidente da C�mara diz que foi aceso o sinal amarelo sobre a conduta do governo no combate � pandemia


25/03/2021 04:00 - atualizado 25/03/2021 07:27

Bolsonaro reuniu os representantes dos outros três poderes e defendeu vacinação(foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL)
Bolsonaro reuniu os representantes dos outros tr�s poderes e defendeu vacina��o (foto: MARCELO CAMARGO/AG�NCIA BRASIL)


Com mais 100 mil mortes em menos de tr�s meses, a COVID-19 bateu a marca sinistra de 300 mil �bitos no Brasil. A cr�nica das causas dessa trag�dia est� escrita nas lives, nas entrevistas do Pal�cio do Alvorada e nos posts do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais. O mais dram�tico � que a escala de transmiss�o da doen�a, a partir desse patamar, continua maior do que o ritmo de imuniza��o da popula��o, que est� muito atrasada. A falta de vacinas � atribu�da ao negacionismo do presidente da Rep�blica e �s trapalhadas do ex-ministro da Sa�de Eduardo Pazuello.

No mesmo dia em que essa marca foi atingida, uma reuni�o no Pal�cio do Planalto do presidente Jair Bolsonaro com os demais chefes dos poderes da Rep�blica, da qual participaram tamb�m alguns ministros, constituiu um comit� para coordenar as a��es contra a pandemia, liderado pelo senador Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso. Entretanto, o que era para ser uma virada no combate � pandemia logo caiu no descr�dito, no decorrer do dia, por causa das declara��es de Bolsonaro no pr�prio encontro e do fato de os governadores e os prefeitos n�o estarem representados no comit�. O primeiro a reagir foi o governador Jo�o Doria (PSDB), ao dizer que S�o Paulo n�o estava representado.

Bolsonaro fez uma defesa enf�tica do “tratamento precoce” e criticou a institui��o do lockdown como medida para conter a pandemia do novo coronav�rus. Visivelmente contrariado, alegou que se governadores e prefeitos tivessem “apoiado o tratamento precoce” com cloroquina e ivermectiva, n�o seria necess�rio o fechamento tempor�rio de atividades comerciais. Bolsonaro tamb�m classificou como “inaceit�vel” um lockdown nacional. Os presidentes da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ainda tentaram consertar a situa��o, ao insistir que somente a comunidade cient�fica poderia atestar a efic�cia das drogas.

Para aumentar o descr�dito, da noite para o dia, o Minist�rio da Sa�de havia mudado os formul�rios de registro das mortes por COVID-19, provocando subnotifica��o generalizada do n�mero de casos, o que gerou protestos de secret�rios de Sa�de estaduais e municipais. � tarde, em entrevista coletiva, o ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, revelou desconhecimento da mudan�a e determinou que se voltasse aos crit�rios anteriores. Mas jogou outro balde de �gua fria nas expetativas de mudan�as na pol�tica sanit�ria, ao defender a autonomia dos m�dicos para prescrever o tratamento precoce com medicamentos sem efic�cia comprovada e endossar as teses de Bolsonaro sobre o lockdown. Disse que sua meta � aplicar 1 milh�o de vacinas por dia, mas n�o explicou como nem quando.

Press�es pol�ticas

A reuni�o foi resultado das press�es do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DM-MG), e da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), para que Bolsonaro reveja sua posi��o, numa tentativa de satisfazer a opini�o p�blica, que cobra a vacina��o em massa. Tamb�m serviu para continuar empurrando com a barriga a instala��o de CPIs para investigar a atua��o do Minist�rio da Sa�de, no Senado, e a concess�o irregular de aux�lio emergencial, na C�mara.

O presidente da C�mara, Arthur Lira, protagonizou o momento de maior tens�o da reuni�o com Bolsonaro, ao advertir que estava apertando um sinal amarelo para os erros desnecess�rios. Disse que os rem�dios pol�ticos costumam ser amargos, �s vezes fatais, numa clara advert�ncia ao presidente Jair Bolsonaro.

Cobrou mais empenho do ministro das Rela��es Exteriores, Ernesto Ara�jo, na obten��o de vacinas. Mais tarde, o chanceler passou por grandes constrangimentos na Comiss�o de Rela��es Exteriores (CRE) do Senado, onde foi sabatinado. Ara�jo depende do Senado para aprovar a indica��o de novos embaixadores. � forte candidato a ser defenestrado do cargo, devido ao congelamento das rela��es do governo brasileiro com os Estados Unidos, a China e a �ndia. A pandemia deixou evidente que a atual pol�tica externa prejudica o Brasil.


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