
Mas a inven��o dos brasileiros, digamos assim, � uma obra dos mineiros. A Inconfid�ncia, em 1789, nos legou o nosso primeiro grande m�rtir nacional, Joaquim Jos� da Silva Xavier, o Tiradentes, preso, enforcado e esquartejado em 21 de abril de 1792. E a ideia de na��o formada a partir dos que aqui nasceram.
A chegada de d. Jo�o VI e toda sua comitiva transformaria a col�nia explorada � exaust�o em sede do reino, com suas institui��es de Estado, com as prov�ncias brasileiras elegendo deputados �s Cortes Gerais de Lisboa, ap�s a expuls�o dos franceses.
Somente a partir de 3 de maio de 1823, ou seja, ap�s a proclama��o da independ�ncia, os representantes das prov�ncias reuniram-se. A chamada Constituinte da Mandioca leva esse nome popular porque era preciso ter pelo menos 500 alqueires de mandioca para se candidatar, e mais de 250 alqueires para votar.
Poder absoluto
Ant�nio Carlos de Andrada e Silva, irm�o de Jos� Bonif�cio de Andrada e Silva, foi relator do anteprojeto de Constitui��o. Com 272 artigos influenciados pelas ideias do Iluminismo, defendia a soberania nacional e ao liberalismo econ�mico. O escravismo e o latif�ndio n�o entraram em pauta, colocavam em risco os interesses da aristocracia rural brasileira.
A Constitui��o de 1824 foi outorgada por d. Pedro I e lhe garantia amplos poderes. O direito � propriedade privada foi incorporado � carta com objetivo de proteger o regime escravocrata. A monarquia preservaria o projeto de reunifica��o do imp�rio colonial portugu�s de d. Pedro I, at� a abdica��o, em 7 de abril de 1831. Desde ent�o, alternamos per�odos de centraliza��o e descentraliza��o do poder. Haviam no Brasil 4,5 milh�es de habitantes, sendo 800 mil �ndios, 1 milh�o de brancos, 1,2 milh�o de negros escravizados e 1,5 milh�o de mulatos, pardos, caboclos e mesti�os. �ramos n�s, os brasileiros.