(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas ENTRE LINHAS

Discurso na ONU revela que Bolsonaro vive num pa�s imagin�rio

O pa�s real foi tangenciado quando presidente falou do agroneg�cio e de infraestrutura, os dois setores do seu governo, que, segundo ele, v�o bem


22/09/2021 04:00 - atualizado 22/09/2021 07:12

Jair Bolsonaro fez um discurso na ONU que não surpreende ninguém no Brasil
Jair Bolsonaro fez um discurso na ONU que n�o surpreende ningu�m no Brasil (foto: EDUARDO MUNOZ/POOL/AFP)
O discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) confirmou o que aqui j� se sabia, embora tenha assombrado o mundo: nosso governante vive num pa�s imagin�rio, que governa para uma bolha de eleitores que acreditam na sua fic��o.

O pa�s real, por�m, foi tangenciado quando Bolsonaro falou do agroneg�cio e de infraestrutura, os dois setores do seu governo que, numa an�lise fria e n�o manique�sta, v�o bem, obrigado. Uma segunda bolha no horizonte, por�m, pode formar uma tempestade perfeita: a crise de liquidez da Evergrande, uma das principais imobili�rias chinesas e a incorporadora mais endividada do mundo.

Uma crise na economia China � tudo o que o Brasil n�o precisa neste momento, pelo poder desarticulador que teria tanto nas nossas exporta��es de commodities agr�colas e de min�rios quanto nos investimentos em infraestrutura.

A empresa � segunda maior do mercado chin�s. Fundada em 1996, opera projetos de constru��o em 280 cidades, al�m de atuar no mercado de ve�culos el�tricos, na m�dia e no entretenimento.

Tem at� um clube de futebol profissional: o Guangzhou Evergrande, no qual jogam os brasileiros Alan Carvalho, Alo�sio, Elkeson, Fernando e Ricardo Goulart. Sediada em Shenzhen, a Evergrande tem d�vidas no valor de mais de 300 bilh�es de d�lares (cerca de 1,61 trilh�o de reais), equivalentes a 2% do PIB chin�s. Credores exigem o pagamento at� amanh� de 84 milh�es de d�lares (450 milh�es de reais) de seus t�tulos offshore, e outros 47,5 milh�es de d�lares (cerca 255 milh�es de reais) na pr�xima semana.

Na segunda-feira, houve certo p�nico no mercado, embora fosse feriado na China. O pre�o das a��es da empresa caiu 10% na Bolsa de Hong Kong.

O �ndice Hang Seng Imobili�rio caiu 7%, chegando aos piores patamares desde 2016. As perdas foram replicadas nos mercados europeu e norte-americano. A Bolsa brasileira fechou a segunda-feira em queda de 2,33% ap�s operar o dia inteiro em baixa, mas ontem se acalmou. No fundo, h� uma grande interroga��o em rela��o grave: a economia chinesa, que deve crescer menos do que a �ndia neste ano, 6,7% a 5,7%, respectivamente.

A d�vida total da China � mais de 300% de seu produto interno bruto. O presidente Xi Jinping desde 2017 tenta controlar a d�vida do pa�s. A China caminha para um novo modelo de crescimento baseado em servi�os, consumo e no setor privado, menos dependente do Estado, mas ainda est� longe disso.

A interroga��o sobre a Evergrande decorre de que o Banco Central chin�s vem numa linha de restri��o de cr�ditos. Em contrapartida, a economia chinesa � muito robusta, o governo tem grande poder de interven��o na economia e, no ano passado, investidores estrangeiros injetaram mais de US$ 150 bilh�es no mercado financeiro chin�s.

Infraestrutura

A China � o principal parceiro comercial da China. Isso tem um impacto enorme na nossa estrutura produtiva, cuja infraestrutura foi montada para o Atl�ntico e precisa ser redirecionada para o Pac�fico.

Al�m de serem grandes consumidores de nossos min�rios e produtos agr�colas, tem todo interesse em investir no Brasil, inclusive na infraestrutura.

O programa de US$ 100 bilh�es em novos investimentos e os US$ 23 bilh�es em outorgas, na �rea de infraestrutura, com a privatiza��o de 34 aeroportos e 29 terminais portu�rios, al�m de investimentos privados da ordem de US$ 15 bilh�es em ferrovias est�o alavancados pela balan�a comercial com a China.

Uma crise chinesa agora seria muito ruim para o Brasil. Em primeiro lugar, aumentaria a cautela dos investidores de um modo geral; no nosso caso, agravada pela crise fiscal, que provoca eleva��o de juros e alta do d�lar. Hoje, na reuni�o do Copom, segundo o mercado, os juros devem subir mais 1%.

No Congresso, a agenda que est� sendo implementada pelo Centr�o n�o tem nenhum compromisso com o equil�brio fiscal e com a seguran&cce dil;a jur�dica. C�lculos de especialistas estimam uma explos�o no deficit p�blico, que pode chegar a R 1,5 trilh�o em 10 anos.

Reforma do Imposto de Renda, PEC dos precat�rios, vale-g�s, Refis, desonera��o da folha, subs�dio ao diesel, fundo social de privatiza��es comp�em a pauta bomba.

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)