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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Lula articula apoios, preocupado em conter sentimento do 'j� ganhou'

O maior temor do ex-presidente � quanto a uma candidatura que possa deslocar o presidente Bolsonaro do segundo turno, caso o seu governo continue derretendo


05/10/2021 04:00 - atualizado 05/10/2021 07:23

Ex-presidente quer apresentar programa com propostas para melhorar a vida da população mais pobre
O ex-presidente Luis In�cio Lula da Silva orienta bancadas petistas a n�o embarcarem no discurso de �dio e a focar em quest�es sociais (foto: Alain Jocard/AFP - 2/3/20)

O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva est� em Bras�lia para conversar com todo mundo, ou seja, “com quem queira conversar com ele”, destaca o deputado Carlos Zaratinni (PT-SP), l�der da Minoria no Congresso, que ontem participou da conversa do l�der petista com as bancadas de deputados e senadores da legenda.

Acompanhado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, Lula tamb�m se encontrou com os governadores do PT no Nordeste: Camilo Santana (Cear�), F�tima Bezerra (Rio Grande do Norte), Rui Costa (Bahia) e Wellington Dias (Piau�). Tamb�m estiveram na reuni�o a vice-governadora do Sergipe, Eliane Aquino, e o senador Jaques Wagner (PT-BA).

Domingo � noite, Lula teve encontro com o governador de Pernambuco, Paulo C�mara (PSB), acompanhado do senador Humberto Costa (PT-PE), em mais um passo para consolidar a alian�a com o PSB, cujas negocia��es est�o muito adiantadas. Esque�am o apoio dos caciques do MDB ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, amanh� Lula jantar� na casa do ex-senador Eun�cio de Oliveira (CE), com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, o ex-presidente Jos� Sarney, os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Veneziano Vital do R�go (MDB-PB) e os ex-senadores Edison Lob�o (MDB-MA) e Romero Juc� (MDB-RR).

Na conversa de ontem com os parlamentares petistas, Lula tra�ou a linha de suas conversas. Primeiro, n�o existe “j� ganhou”. Devido ao peso do estado e � capacidade de influ�ncia pol�tica da m�quina do governo, avalia que o presidente Jair Bolsonaro ainda n�o estaria fora da disputa, pode se recuperar e se reeleger. Obviamente, o petista faz essa avalia��o olhando para o final do seu primeiro mandato, quando teve dificuldades para se reeleger em raz�o dos esc�ndalos do mensal�o e dos d�lares na cueca de um petista, �s v�speras do primeiro turno. Em 2006, teve que disputar o segundo turno com o tucano Geraldo Alckmin.

Segundo, Lula n�o vai reinventar a roda. Pretende apresentar propostas baseadas nas realiza��es de seu governo, que lhe garantiram alta aprova��o no final do segundo mandato e agora pretende resgatar. A desconstru��o das pol�ticas p�blicas por Bolsonaro, de certa forma, facilita a compara��o entre os dois governos, ainda mais num cen�rio com alta da infla��o, fome e desemprego.

Terceiro, nada de radicaliza��o. Lula orientou as bancadas petistas a n�o embarcarem no discurso de �dio e focar a narrativa na quest�o social, no aumento das desigualdades e injusti�as sociais. Sua inten��o � apresentar um programa eleitoral com propostas para melhorar a vida do povo, n�o entrar na polariza��o ideol�gica. Por isso mesmo, n�o contem com o PT para o impeachment de Bolsonaro.

Advers�rio ideal

O jantar com os velhos aliados do MDB foi encomendado pelo pr�prio Lula, durante encontro com o ex-senador Eun�cio Oliveira no Cear�. N�o existe um assunto espec�fico, mas conversa a entre esses velhos pol�ticos gira sempre em torno de um assunto: a conquista e/ou manuten��o do poder. Com um p� no governo e outro na oposi��o, as bancadas do MDB derivam para o ex-presidente Lula, principalmente no Norte e Nordeste, embora a senadora Simone Tebet (MS) seja pr�-candidata a presidente da Rep�blica e o presidente da legenda, Baleia Rossi (SP), tenha uma alian�a forte com os tucanos em S�o Paulo, t�o robusta que a legenda herdou a Prefeitura da capital com a morte do ex-prefeito Bruno Covas.

No momento, o maior temor de Lula � o surgimento de uma candidatura de terceira via que possa deslocar o presidente Jair Bolsonaro do segundo turno, caso o governo continue derretendo. Por seu turno, Bolsonaro s� n�o considera Lula o advers�rio ideal porque o petista � favorito nas pesquisas  e amea�a ser eleito j� no primeiro turno. Entretanto, o presidente da Rep�blica ainda aposta no antipetismo para ganhar as elei��es. Todas as pesquisas mostram que Bolsonaro tamb�m teria dificuldades de se reeleger numa disputa de segundo turno com outros candidatos.

A um ano das elei��es, o terceiro colocado nas pesquisas de opini�o continua sendo o ex-governador do Cear� Ciro Gomes, que continua �s turras com os petistas. O governador paulista Jo�o Doria (PSDB) continua patinando nas pesquisas. Sua candidatura subiu no telhado, porque o governador ga�cho Eduardo Leite vem recebendo apoios internos importantes. Ningu�m sabe qual ser� o desfecho das pr�vias do PSDB, marcadas para novembro. Essa indefini��o estimula outras pr�-candidaturas, como as do ex-ministro da Sa�de Henrique Mandetta e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ambos do DEM, e a do senador Alessandro Vieira(Cidadania-SE), que vem se destacando na CPI da Sa�de.



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