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Estado de Minas Entre linhas

Qual � a agenda de Rodrigo Pacheco?

'Simbolicamente, o presidente do Senado � o primeiro pr�-candidato de centro a sinalizar um projeto nacional'


26/10/2021 04:00 - atualizado 26/10/2021 07:17

Senador Rodrigo Pacheco se filia nesta quarta-feira ao PSD
Lan�ada pelo PSD, a pr�-candidatura do presidente do Senado �s elei��es de 2022 foi a novidade da pol�tica na semana (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 17/9/21)
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso costuma dizer que a elei��o para a Presid�ncia da Rep�blica precisa ser “fulanizada”, ou seja, � uma disputa entre indiv�duos que encarnam alguma coisa e n�o entre partidos. Traduzindo para a chamada “terceira via”, uma alternativa de poder que se contraponha ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de opini�o, e ao presidente Jair Bolsonaro, que se movimenta em fun��o da reelei��o, n�o depende apenas de um nome. Para chegar ao segundo turno, o candidato precisaria encarnar um projeto nacional que se contraponha ambos.

Na pol�tica brasileira, na base da “transa” eleitoral, a “pequena pol�tica” obscurece a grande. Quem observa as articula��es em curso ainda n�o consegue identificar um pr�-candidato de centro com um projeto robusto para o pa�s. Se sobram candidatos, falta uma plataforma pol�tica, muito mais do que uma narrativa. O debate sobre a PEC dos Precat�rios, em discuss�o na C�mara, ilustra bem como h� um vazio program�tico ao centro. O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro est�o se lixando para o chamado equil�brio fiscal na campanha eleitoral.

Ministro da Economia, Paulo Guedes detonou sua equipe do Tesouro, para viabilizar o chamado Aux�lio Brasil, no valor de R$ 400, avaliado pelo Centr�o e pelo Pal�cio do Planalto como um instrumento capaz de recuperar a popularidade de Bolsonaro junto aos eleitores pobres, que derivaram de volta �s bases eleitorais de Lula, principalmente no Nordeste. O petista n�o � bobo e est� defendendo que o valor do aux�lio seja aumentado para R$ 600. N�o ser� surpresa alguma se a C�mara aprovar esse aumento de 50% na proposta original, como aconteceu com o aux�lio emergencial concedido na pandemia. Os deputados tamb�m est�o correndo atr�s de votos.

Muitos analistas de mercado e agentes econ�micos arrancam os cabelos com o impacto da medida na economia, por causa da desvaloriza��o do real e da queda do valor das a��es nas bolsas. Entretanto, sempre h� ganhadores numa economia capitalista. O setor exportador, por exemplo, ganha muito com isso. Tamb�m ganham megainvestidores, que aproveitam a baixa para comprar a��es ou mesmo empresas em dificuldades. E “la nave va”…

Desenvolvimentismo

A novidade da semana � o poss�vel lan�amento da pr�-candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), que amanh� se filiar� ao PSD, num grande ato no Memorial JK. Simbolicamente, � o primeiro candidato de centro a sinalizar um projeto nacional, inspirado no governo de Juscelino Kubitschek. No Brasil da d�cada de 1950, como agora, era preciso ousar. JK prometeu 50 anos de progresso em 5 anos de realiza��es, com pleno respeito �s institui��es democr�ticas.

Seu projeto desenvolvimentista, com 30 objetivos, ficou conhecido como Plano de Metas. De �ltima hora, tirou da cartola mais um: a constru��o de Bras�lia e a transfer�ncia da capital federal. Ao contr�rio de Pacheco, cuja carreira mete�rica tem seu leito no Legislativo, gra�as ao bin�mio energia e transportes, Juscelino deixava o governo de Minas (1951-1955) com um perfil desenvolvimentista. N�o era um projeto nacionalista, suas diretrizes foram herdadas da famosa Comiss�o Mista Brasil-Estados Unidos, que funcionou entre 1951 e 1953, no governo Dutra.

Os estudos indicavam a necessidade de eliminar “pontos de estrangulamento” da economia brasileira: por exemplo, fabricar tratores para mecanizar a nossa agricultura. Quando Lucas Lopes deixou a presid�ncia do BNDE para assumir o Minist�rio de Fazenda, em agosto de 1958, seu lugar foi ocupado por ningu�m menos do que o economista liberal Roberto Campos. N�o por acaso a esquerda atacava a sua “pol�tica de concilia��o” e n�o queria, de forma alguma, que voltasse ao poder nas elei��es de 1965, que acabaram canceladas pelos militares no poder. Mas essa j� � outra hist�ria.

O Plano de Metas mencionava cinco setores b�sicos da economia, para os quais os investimentos p�blicos e privados deveriam ser canalizados. Os mais aquinhoados foram energia, transport es e ind�strias de base, num total de 93% dos recursos. Alimenta��o e educa��o foram preteridos; Bras�lia n�o integrava nenhuma delas. Apesar da infla��o, com a industrializa��o, JK mudou o Brasil.

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