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Estado de Minas ENTRE LINHAS

O desafio de Rodrigo Pacheco para conseguir a uni�o dos mineiros

A pol�tica mineira � polarizada pelo governador Romeu Zema Neto (Novo) e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD)


28/10/2021 04:00 - atualizado 28/10/2021 07:25

Filiação de Rodrigo Pacheco
Rodrigo Pachedo se filiou ao PSD j� de olho na Presid�ncia da Rep�blica (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
Para bom entendedor, "Oh! Minas Gerais", de Jos� Duduca de Moraes, cantor e compositor mineiro, em parceria com Manoel Ara�jo, disse tudo. Inspirada na melodia da napolitana “Vieni Sur Mar”, que chegou ao Brasil no final do s�culo 19, a can��o embalou o ato de filia��o do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ao PSD do ex-prefeito de S�o Paulo Gilberto Kassab. A bancada mineira no Congresso compareceu em peso, mas o desafio de unir Minas para projetar sua candidatura � Presid�ncia em n�vel nacional ainda � um longo caminho a percorrer.

Juntar os mineiros n�o � f�cil, mas � poss�vel, em torno de um projeto nacional. Entretanto, � um desafio � altura das figuras de Juscelino Kubitschek e de Tancredo Neves, o presidente eleito em 1985, no col�gio eleitoral, para p�r fim ao regime militar e que n�o chegou a tomar posse. A can��o � um bom exemplo de que os caminhos de Minas n�o s�o um passeio pelo Eixo Monumental, no qual se situa o Memorial JK, que abrigou o ato de filia��o de Pacheco. Nunca se chegou a um acordo quanto ao hino oficial dos mineiros. Em 1985, um concurso desclassificou as 72 composi��es inscritas. Em 1992, o n�mero de desclassificadas subiu para 570.

“N�s podemos construir as solu��es do Brasil num �nico ambiente. O ambiente da uni�o. N�s precisamos estar unidos, significa buscar as converg�ncias e respeitar as diferen�as. Quando tivermos esse sentimento de uni�o, deixando para l� polariza��o, radicaliza��o, extremismo, e entender que a m�dia do brasileiro � de pessoas de bem, dentro desse processo de uni�o invocar algo fundamental: respeito. Est� faltando respeito no Brasil e n�s precisamos provocar cada vez mais a respeitabilidade entre poderes, institui��es, entre as pesso as”, conclamou Pacheco. A uni�o precisa come�ar por Minas, o segundo maior col�gio eleitoral do pa�s, com 15,7 milh�es de eleitores.

A pol�tica mineira hoje � polarizada pelo governador Romeu Zema Neto (Novo), eleito no segundo turno com 6,9 milh�es de votos (72,80 dos votos v�lidos), e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), que est� no segundo mandato e � um potencial candidato ao governo de Minas. O senador Ant�nio Anastasia, hoje no PSD, advers�rio de Zema em 2018, � aliado de Pacheco. Para alguns interlocutores, a sa�da de Pacheco do DEM muda o sistema de alian�as no estado e o coloca em oposi��o ao governador Zema.

Folclore

� cedo para uma conclus�o, o fato de n�o se lan�ar candidato formalmente indica que h� muitas conversas a serem feitas. Ningu�m ganha a elei��o � Presid�ncia da Rep�blica sem o apoio da maioria dos mineiros. A�cio Neves (PSDB) que o diga: ganhou em S�o Paulo, mas perdeu para Dilma Rousseff em Minas, nas elei��es de 2010. Minas pode alavancar uma candidatura robusta � Presid�ncia.

Kassab exumou a velha legenda do PSD – Partido Social Democr�tico, criado por Get�lio Vargas para abrigar seus aliados conservadores. Os mineiros foram grandes expoentes da legenda, que gostava de poder e reunia pol�ticos refinados intelectualmente, como Gustavo Capanema e Virg�lio de Melo Franco, e raposas pol�ticas, como Jos� Maria Alckmin, que foi vice de Castelo Branco, e Benedito Valadares, que governou Minas por 12 anos. Seus “causos'' pontificam o folclore pol�tico mineiro.

Em 1933, quando morreu Oleg�rio Maciel, governador de Minas, Get�lio Vargas escolheu um interventor para suced�-lo. Capanema ocupava o cargo interinamente e imaginava que seria efetivado. Seu concorrente era Melo Franco. Bo�mio e bom vivant, sem o mesmo brilho intelectual, Benedito Valadares era considerado carta fora do baralho. Get�lio anunciou o nome pela R�dio Nacional. A voz de Get�lio foi cortada por chiados.
–… Mineiro… sshhh… interventor �… sshhh… Valadares.

Ningu�m esperava esse desfecho. Muita gente perguntava: “Mas ser� o Benedito?” E assim surgiu a express�o usada quando alguma coisa acontece sem ser esperada.



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