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Estado de Minas Entre linhas

Terceira via � um fracasso completo com muitos candidatos ao Planalto

Moro, Ciro, Doria e Tebet n�o parecem dispostos a um entendimento, embora n�o consigam romper a polariza��o Lula x Bolsonaro


13/01/2022 04:00 - atualizado 13/01/2022 07:02

Lula e Alckmin avaliam aliança para disputar o Planalto
Lula e Alckmin avaliam alian�a para disputar o Planalto este ano (foto: RICARDO STUCKHERT/AFP)
Cerca de dois anos e meio ap�s o golpe de Estado de 1964, que destituiu o presidente Jo�o Goulart, o pol�tico que havia defendido aquela interven��o militar desde a elei��o do presidente Get�lio Vargas, em 1950, o ex-governador da ent�o Guanabara Carlos Lacerda, fez uma surpreendente autocr�tica e convocou seus antigos inimigos a se unirem contra os militares. Lan�ada em 28 de outubro de 1966, a Frente Ampla uniria os ex-presidentes Juscelino Kubitschek e Jo�o Goulart, para restaurar a democracia.

Lacerda havia sido alijado do centro das decis�es do governo do marechal Castelo Branco. Tentou, sem �xito, estruturar um novo partido, uma vez que a grande maioria do seu partido, a Uni�o Democr�tica Nacional (UDN), principal base de apoio do governo no Congresso, ingressou no novo partido situacionista, a Alian�a Renovadora Nacional (Arena).

Os deputados da Guanabara, fi�is � orienta��o de Lacerda, entretanto, ingressaram no oposicionista Movimento Democr�tico Brasileiro (MDB) em julho de 1966.  As negocia��es de Lacerda com Juscelino, cassado em junho de 1964 e exilado em Lisboa, avan�aram com relativa facilidade, pois ambos haviam apoiado o golpe de Estado; por�m, com o ex-presidente Goulart foram mais dif�ceis.

A tens�o entre os militares e os principais l�deres pol�ticos que apoiaram o golpe crescia. Em 3 de outubro, o Congresso elegera o marechal Artur da Costa e Silva � Presid�ncia da Rep�blica, que nove dias depois cassaria os mandatos de seis parlamentares, entre eles Doutel de Andrade, um dos articuladores da Frente Ampla. O arenista Adauto L�cio Cardoso, presidente da C�mara dos Deputados, reagiu, afirmando que a decis�o sobre as cassa��es de mandatos era compet�ncia da C�mara. Em resposta, no dia 21, o governo prendeu Doutel e fechou o Congresso.

A Frente Ampla foi finalmente lan�ada por Lacerda, em 28 de outubro de 1966, atrav�s de um manifesto dirigido ao povo brasileiro e publicado no jornal carioca Tribuna da Imprensa. Em 19 de novembro de 1966, na Declara��o de Lisboa, Lacerda e Kubitschek anunciaram que suas diverg�ncias estavam superadas e integrariam uma frente ampla de oposi��o ao regime. Dez meses depois, Lacerda firmou em Montevid�u uma nota conjunta com Goulart, na qual a Frente Ampla era caracterizada como um "instrumento capaz de atender... ao anseio popular pela restaura��o das liberdades p�blicas e individuais".

Com�cios foram realizados em S�o Paulo (Santo Andr�, S�o Bernardo do Campo e S�o Caetano do Sul), em dezembro de 1967, e no Paran� (Londrina e Maring�), no in�cio de abril de 1968. Simultaneamente, houve grandes manifesta��es estudantis em todo o pa�s em protesto contra a viol�ncia policial que, em fins de mar�o, no Rio de Janeiro, resultara na morte do estudante Edson Lu�s de Lima Souto. As atividades da Frente Ampla, por�m, foram proibidas, em 5 de abril, por interm�dio da Portaria 117 do Minist�rio da Justi�a. Em 13 dezembro, com a edi��o do Ato Institucional 5, houve o definitivo fechamento do regime.

Ambi��es solit�rias


A Frente Ampla defendida por Lacerda, Juscelino e Jango viria a se materializar muito mais tarde, na elei��o de Tancredo Neves, no Col�gio Eleitoral, em 1985, que morreu antes de tomar posse. Recebera o apoio de l�deres que at� ent�o apoiavam o regime militar, como Jos� Sarney (o vice que assumiria a Presid�ncia), Ant�nio Carlos Magalh�es, Marco Maciel e Jos� Agripino. Velhos advers�rios foram capazes de deixar as diferen�as de lado quando a necessidade os obrigou a se unirem. O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin, advers�rios em S�o Paulo desde as elei��es de 1982, sinalizam uma alian�a nessa linha.

Entretanto, os candidatos que defendem a chamada terceira via, at� agora, n�o parecem dispostos a um entendimento, mantendo candidaturas que isoladamente n�o est�o sendo capazes de romper a polariza��o existente entre o presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), que � franco favorito, e o presidente Jair Bolsonaro (PL), at� agora com lugar cativo no segundo turno.

Se as elei��es fossem hoje, Lula venceria no primeiro turno, com 45% dos votos, segundo Pesquisa Genial Quaest divulgada ontem. Bolsonaro (PL) teria 23% dos votos e S�rgio Moro (Podemos), 9%. O ex-governador do Cear� Ciro Gomes (PDT) ficaria com 5% e o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), 3%. A senadora Simone Tebet (MDB), teria 1%. Nas respostas espont�neas, embora Lula registre 27% e Bolsonaro, 16%. O n�vel de indecisos ainda � elevado: 52%.

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