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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Bolsonaro come farofa, enquanto a oposi��o articula alian�as

Lula se movimenta para tecer alian�as ao centro e esvaziar as articula��es para a forma��o de uma terceira via


01/02/2022 04:00 - atualizado 01/02/2022 07:29

Presidente Jair Bolsonaro durante entrevista concedida ao Programa Morning Show - Jovem Pan.
Bolsonaro tenta se recuperar do efeito negativo do que seria uma tirada de marketing atacando Lula (foto: Alan Santos/PR - 12/1/22)

Em busca de mais popularidade, o presidente Jair Bolsonaro produziu uma imagem bizarra no fim de semana, durante um de seus passeios de moto: um v�deo comendo asa de frango com farofa numa barraca de rua de Bras�lia, o que n�o seria nada demais durante uma campanha eleitoral, n�o fosse o fato de se lambuzar com a farinha muito mais do que uma crian�a o faria.

Essa imagem n�o combina com a liturgia do cargo de presidente da Rep�blica, nem para a maioria dos seus eleitores. Sem trocadilho, o ministro F�bio Faria (Comunica��es), foi o autor do registro, que depois apagou, mas j� era tarde: o v�deo viralizou no Twitter, provocando forte rea��o negativa. O que era para ser um bom lance de marketing pol�tico, mostrando Bolsonaro como um homem popular, virou um exemplo de falta de asseio e educa��o.
 
Para se recuperar da pisada de bola, em solenidade no polo Gaslub Itabora�, ontem, Bolsonaro atacou o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva: “O mesmo cara que quase quebrou o Brasil de vez e deixou um preju�zo de quase R$ 1 trilh�o � Petrobras quer voltar � cena do crime. Se aquele bando, aquela quadrilha voltar, n�o vai ser s� a Petrobras que eles v�o roubar, vai ser a nossa liberdade. � inadmiss�vel achar que aquele bandido vai resolver os problemas do pa�s […].” Na mesma ocasi�o, disse que Jos� Dirceu ser� ministro da Casa Civil e Dilma Rousseff, da Defesa, se Lula for eleito. Em resposta, Dirceu declarou � imprensa que n�o pretende ocupar nenhum cargo no governo, sua prioridade � cuidar dos processos judiciais aos quais responde. Dilma Rousseff n�o se manifestou.
 
Lula voltou a sinalizar que pretende formar a sua chapa com o ex-governador tucano Geraldo Alckmin na vice. “Eu tenho de ser o candidato de um movimento que ultrapasse as fronteiras do PT. De um movimento que quer redemocratizar o pa�s de verdade; que quer restabelecer os direitos do povo trabalhador; que quer restabelecer o acesso � educa��o, � creche, ao ensino universit�rio; que quer tratar a sa�de e a educa��o como investimento e n�o como gasto”, disse o ex-presidente da Rep�blica, durante um semin�rio do PT, com a participa��o de parlamentares da legenda. Na mesma linha, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega anunciou que n�o ser� o ministro da Fazenda de um eventual governo Lula. Lula se movimenta para tecer alian�as ao centro e esvaziar as articula��es para a forma��o de uma terceira via.

Terceira via

Quem ainda fala em terceira via � o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), que prop�e uma converg�ncia de for�as reunindo S�rgio Moro (Podemos), Alessandro Viera (Cidadania), Simone Tebet (MDB) e Rodrigo Pacheco (PSD), por�m, exclui Ciro Gomes (PDT). O tucano enfrenta forte dissid�ncia interna no PSDB, inclusive em S�o Paulo, ao mesmo tempo em que aposta todas as fichas numa federa��o com o Cidadania para romper a in�rcia de sua candidatura, que n�o decola. Entretanto, h� forte resist�ncia ao governador paulista na legenda comandada por Roberto Freire, que defende a federa��o com o PSDB.
 
Rio de Janeiro, Paran�, Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Para�ba, Distrito Federal, Goi�s, Par� e Acre s�o estados onde a alian�a do Cidadania com os tucanos n�o d� liga. Doria est� sendo ensanduichado em S�o Paulo, por Lula e Bolsonaro. Sua �ncora pol�tica � o Pal�cio dos Bandeirantes, do qual ter� que se afastar para disputar a Presid�ncia, e passar o cargo ao vice-governador Rodrigo Garcia. Cresce a press�o para que Doria antecipe sua sa�da do governo paulista para fazer campanha pelo pa�s, mesmo correndo risco de se cristianizado pelos aliados paulistas.
 
S�rgio Moro (Podemos) sentiu o desgaste do primeiro grande ataque especulativo � sua candidatura, em raz�o da quebra de sigilo do processo do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) que investiga seu contrato de consultoria com o escrit�rio norte-americano Alvarez & Marsal, para o qual Moro prestou servi�os por 10 meses, tendo a empresa recebido cerca de R$ 42,5 milh�es. O ex-juiz revelou que recebeu um sal�rio bruto de 45 mil d�lares no per�odo em que trabalhou para a consultoria americana.  O valor total recebido e convertido � de R$ 3,65 milh�es. O juiz desafiou Lula e Bolsonaro a revelar seus ganhos e, ontem, praticamente p�s um ponto final nas especula��es de que migraria do Podemos para o Uni�o Brasil, o partido que resultou da fus�o entre o P SL e o DEM, no qual disporia de muito mais recursos para campanha.
 
Quem se beneficiou dessa pol�mica foi o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que havia sido atropelado por Moro nas pesquisas, mas conseguiu se recuperar e est� em empate t�cnico com o ex-juiz.  Ambos buscam uma federa��o para chamar de sua e, tamb�m, conversam com o Cidadania. Quem est� em vias de ficar sem candidato � o PSD de Gilberto Kassab, uma vez que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), que nunca vestiu o figurino de o pr�-candidato para valer, j� comunicou aos amigos que pretende jogar a toalha. Diante disso, Kassab mira os dissidentes do PSDB, especialmente o governador ga�cho Eduardo Leite, que perdeu as pr�vias para Jo�o Doria. Ou seja, muita �gua est� rolando.

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