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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Bolsonaro volta ao ataque e elei��es presidenciais ser�o em alta tens�o

Presidente est� inconformado com a continuidade das investiga��es sobre fake news, que atingem suas redes sociais


24/02/2022 04:00 - atualizado 24/02/2022 07:20

Ministro Edson Fachin
Ministro Edson Fachin, presidente do TSE, e um dos alvos de Bolsonaro (foto: MARCELO CAMARGO/AG�NCIA BRASIL)


A campanha eleitoral nem come�ou, mas a tens�o entre o presidente Jair Bolsonaro e os ministros Edson Fachin, que acaba de assumir a presid�ncia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e Alexandre de Moraes, que presidir� a Corte durante a vota��o, aumentou. Bolsonaro n�o foi � posse de ambos e, ontem, o secret�rio-geral da Presid�ncia, general Luiz Eduardo Ramos, criticou Fachin nominalmente. Na mesma linha, durante evento do banco BTG Pactual, Bolsonaro vez novas cr�ticas direcionadas aos ministros do Supremo, sem citar nomes.

“N�s precisamos de paz para ter liberdade e devemos lutar por isso. N�o vai ser o chefe do Executivo que vai jogar fora das quatro linhas, mas, por favor, duas ou tr�s no Brasil: n�o estiquem essa corda. Voc�s v�o ter que vir para as quatro linhas. Afinal de contas, todos n�s temos limites”, declarou. A refer�ncia � endere�ada tamb�m ao ex-presidente da Corte, Lu�s Barroso. Bolsonaro arrematou: “Alguns poucos, dois ou tr�s, acham que n�o t�m limites e ficam brincando de nos controlar, de desrespeitar a nossa Constitui��o.”

Bolsonaro est� inconformado com a continuidade das investiga��es sobre fake news, que atingem diretamente seus operadores nas redes sociais. Questionou a pris�o do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), que desacatou os ministros do Supremo e defendeu a volta do Ato Institucional nº 5, que institucionalizou o regime militar. Tamb�m reclamou da desmonetiza��o de sites de internet de seus seguidores, a partir de um acordo entre o TSE e as principais redes sociais: Google, Facebook. TikTok, Instagram e Twitter. Somente ficou de fora o Telegram, rede de relacionamento russa, sem representa��o oficial no Brasil.

Ontem, Moraes enviou ao Minist�rio P�blico Federal (MPF) um pedido de investiga��o do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) sobre a viagem do vereador carioca Carlos Bolsonaro, filho de Bolsonaro, a Moscou. Respons�vel pela gest�o das redes sociais do pai, o filho 02 � considerado o grande art�fice da vit�ria eleitoral de Bolsonaro em 2018. A oposi��o suspeita que tenha viajado para contactar hackers russos, que possam vir a ser contratados para a campanha eleitoral.

Bolsonaro voltou a dizer que as urnas eletr�nicas n�o s�o confi�veis. “Onde vamos chegar? Se temos um sistema eleitoral que voc� pode n�o comprovar que � fraud�vel, mas n�o tem como comprovar tamb�m que n�o � fraud�vel”, disse. Os ataques ao sistema eleitoral, para os ministros do Supremo, sinalizam a disposi��o de n�o aceitar o resultado das urnas por parte de Bolsonaro.Fachin quer promover o esclarecimento da popula��o sobre a seguran�a das urnas. Em entrevista coletiva, o novo presidente do TSE disse que a Corte “ser� implac�vel a ofensas injustificadas ao sistema eleitoral”. Segundo ministro, o TSE agir� se a pr�pria institui��o estiver sendo injustamente atingida. “Propagar d�vidas afirmando-se que h� provas quando n�o h� significa ter mais efeitos do que uma cr�tica pol�tica”, disse.

Radicaliza��o 

Preocupado com o favoritismo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva nas pesquisas de opini�o, Bolsonaro tamb�m subiu o tom dos ataques ao PT no evento do BTG Pactual, por�m, sem citar o partido: “A gente sabe o que vai acontecer se os bandidos voltarem”. As �ltimas pesquisas mostram que a dist�ncia entre ambos diminuiu, o que aponta uma tend�ncia de cristaliza��o da polariza��o de com Lula. Bolsonaro quer consolidar sua presen�a no segundo-turno, quando  acredita que possa capitalizar o antipetismo de seus advers�rios de centro, principalmente de S�rgio Moro (Podemos) e Jo�o Doria (PSDB).

As �ltimas pesquisas tamb�m acenderam um sinal de alerta no PT, que andava com salto alto, por causa da expectativa de poder gerada pelo favoritismo de Lula. A presidente do partido, Gleisi Hoffman, est� prevendo uma campanha muito dura e pede mais engajamento. Lula d� sinais de que pretende ampliar sua campanha para vencer no primeiro turno. Seria algo in�dito. O esfor�o tem muito a ver com o medo de um realinhamento de for�as que leve os eleitores dos candidatos de centro a descarregarem os votos em Bolsonaro.

Essa � a aposta dos estrategistas da campanha de Bolsonaro, que sobe o tom contra o PT tendo como eixo o tema corrup��o. Com isso, Bolsonaro mata dois coelhos: obriga Lula a atuar mais nos bastidores, para n�o aumentar a rejei��o, e se coloca como alternativa ao antipetismo que alimenta as candidaturas de centro. O resultado dessa linha de atua��o ser� mais radicaliza��o pol�tica, o que tamb�m leva �gua ao moinho da n�o aceita��o do resultado das urnas, como fez Donald Trump, o presidente republicano, ao ser derrotado pelo democrata Joe Biden, atual presidente dos EUA.

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