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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Por que a terceira via presidencial n�o est� empolgando nem ela pr�pria?

Dist�ncia entre Lula e Bolsonaro vem se encurtando, enquanto espa�o para uma candidatura alternativa � restrito


14/04/2022 04:00 - atualizado 14/04/2022 07:34

Ciro Gomes
Ciro � uma esp�cie de patinho feio entre os candidatos da chamada terceira via (foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A.PRESS)


Embora a pr�-campanha tenha come�ado de forma muita antecipada, em grande medida em raz�o das pr�vias do PSDB, que em vez de unir dividiu ainda mais a legenda, a campanha eleitoral para presidente da Rep�blica ser� curta: come�ar� em 15 de agosto. At� l�, o que est� se decidindo � o grid de largada: quem ser�o os candidatos para valer e as respectivas coliga��es, que garantir�o o tempo de propaganda eleitoral gratuita no r�dio e teve de cada um. De 2 a 30 de outubro, se houver segundo turno, o pa�s poder� estar � beira de uma ruptura institucional.

A dist�ncia entre o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) vem se encurtando, enquanto o espa�o para uma candidatura alternativa, nessa pr�-campanha, parece cada vez mais restrito. As pesquisas de opini�o apontam uma tend�ncia de consolida��o de votos, em raz�o de os candidatos serem mais conhecidos, por�m, a elei��o ainda est� no est�gio de “guerra de posi��es”, ou seja, de ocupa��o de espa�os e acumula��o de for�as. Entretanto, como sabemos, as elei��es presidenciais no Brasil s�o decididas numa “guerra de movimento”, quando a grande massa de eleitores efetivamente se envolve nos debates eleitorais e decide o que fazer. Ningu�m leva o eleitor para votar pelo nariz.

As �ltimas pesquisas est�o mostrando que o favoritismo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva continua inequ�voco nas pesquisas de segundo turno, mas seu crescimento estacionou, no primeiro turno. Lula trabalha para esvaziar os candidatos da terceira via e n�o para atra�-los no segundo turno. � uma aposta perigosa, que mira uma vit�ria improv�vel no primeiro turno, mais n�o imposs�vel, num cen�rio de extrema radicaliza��o pol�tica. Lula se considera mono op��o para derrotar Bolsonaro, o que n�o deixa de ser uma arrog�ncia.

Bolsonaro joga com as mesmas cartas. Aposta suas fichas no sentimento antipetista, que parece ser mais encardido do que Lula imagina. Esse sentimento, diante das fragilidades da chamada terceira via, alimenta seu crescimento na classe m�dia, para al�m do impacto do aux�lio emergencial e outras benesses do governo na massa de eleitores de baixa renda. Setores que haviam se afastado do governo, por causa da pandemia, da recess�o e declara��es extremadas de Bolsonaro, est�o come�ando a ver a sua reelei��o com naturalidade, principalmente no meio empresarial.

Ciro

Enquanto isso, a terceira via n�o empolga, n�o consegue se colocar em cena como alternativa de poder. H� um mist�rio nisso a�, que tem a ver com a mesmice da narrativa de centro, que n�o enfrenta o problema das desigualdades e da exclus�o social. Com a desist�ncia do ex-juiz Sergio Moro, o ex-governador Ciro Gomes (PDT) seria o candidato natural da terceira via, mas n�o consegue sair do isolamento. � um pol�tico experiente, mas de temperamento intempestivo. Seu maior problema � pol�tico: seu projeto nacional-desenvolvimentista foi abduzido por Lula e n�o atrai as for�as pol�ticas de centro. Ciro � uma esp�cie de patinho feio entre os candidatos da chamada terceira via.

Doria

O desempenho do ex-governador de S�o Paulo Jo�o Doria � frente da administra��o paulista exibe resultados espetaculares, na infraestrutura, no desenvolvimento econ�mico, na gera��o de emprego, na educa��o, sem falar sa�de, principalmente nas vacinas. Entretanto, n�o consegue capitalizar esses resultados em termos eleitorais. O ex-governador ga�cho Eduardo Leite faz um piquenique nas articula��es da terceira via, mas eu seu desempenho � frente do governo ga�cho, principalmente do ponto de vista fiscal, n�o chega nem perto do que Doria realizou em S�o Paulo. Como se sabe, o Rio Grande do Sul � um estado falido. Talvez a mesmice explique.

Simone

Simone Tebet (MDB) � uma inc�gnita. Por sua atua��o no Senado, conquistou a simpatia dos colegas e se tornou uma aposta do presidente do MDB, Baleia Rossi, e do ex-presidente Michel Temer. Ontem, mostrou capacidade de rea��o � ofensiva feita por Lula junto aos velhos aliados do MDB: a maioria dos diret�rios da legenda reiterou apoio � candidatura, que havia sofrido um ataque especulativo do grupo de Renan Calheiros e do ex-presidente Jos� Sarney, que apoiam Lula. Simone poderia ocupar o espa�o de Marina Silva na cena eleitoral, mas tamb�m est� muito contingenciada eleitoralmente, inclusive em Mato Grosso do Sul, seu estado.  Encarna uma agenda identit�ria, que n�o empolga a grande massa de eleitores, como tamb�m Eduardo Leite, embora esteja sintonizada c om os novos tempos.
 

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