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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Sinceric�dio de Bruno Ara�jo aprofunda mal-estar com Doria no PSDB

Negocia��es da terceira via est�o sendo conduzidas na base da conspira��o e das trai��es


15/04/2022 04:00 - atualizado 15/04/2022 07:33

João Doria
Ex-governador Jo�o Doria n�o est� disposto a abrir m�o de sua candidatura (foto: CARLOS VIEIRA/CB/D.A.PRESS)


� profundo o mal-estar no PSDB em raz�o das declara��es do presidente da legenda, Bruno Ara�jo, num encontro reservado com quatro empres�rios paulistas, no qual revelou que a candidatura do ex-governador Jo�o Doria ser� removida no encontro dos partidos da chamada terceira via marcado para o dia 18 de maio. A conversa foi gravada sem o tucano saber e vazou, confirmando o que todos j� sabiam nos bastidores. Ara�jo � aliado do ex-governador mineiro A�cio Neves na opera��o para remover a candidatura de Doria.

A surpresa foi o fato de Bruno revelar que tamb�m n�o tem a inten��o de apoiar o ex-governador ga�cho Eduardo Leite, que continua trabalhando para ser candidato a presidente da Rep�blica, mas, sim, a senadora Simone Tebet (MS), pr�-candidata do MDB. N�o � o caso de A�cio Neves. Em outras circunst�ncias, a grava��o custaria o cargo de presidente do PSDB, mas n�o � o que aconteceu, porque a conspira��o � forte na bancada tucana. E o acordo feito pelos presidentes dos partidos da chamada terceira via para escolher um candidato �nico serve de escudo para Ara�jo.

O pr�prio Doria, em declara��es passadas, j� havia admitido n�o ser candidato se outro nome surgisse de fora do PSDB, com mais pegada para cumprir o papel de unificador da frente de centro. Admitiu at� a possibilidade de apoiar a senadora pantaneira. Mesmo assim, quando fala que a conven��o dos quatro partidos da terceira via – PSDB, Cidadania, MDB e Uni�o Brasil – escolher� o candidato, Ara�jo esquece de combinar com Doria. � um d� ou desce por antecipa��o.

Ontem, o deputado Luciano Bivar, presidente do Uni�o Brasil, anunciou sua candidatura a presidente da Rep�blica. Foi um jogo combinado com os presidentes das demais legendas, para remover de vez a candidatura do ex-ministro Sergio Moro e abrir mais uma frente de batalha contra Jo�o Doria. Ao mesmo tempo, Bivar se coloca no jogo para ser o vice de algu�m, que ningu�m sabe ainda quem ser�. O que era para facilitar a unidade pode complicar.

Mesmo fragilizado eleitoralmente, ser� muito dif�cil remover a candidatura do ex-governador paulista, que fala para quem quiser ouvir que a n�o homologa��o de seu nome pela conven��o da federa��o PSDB-Cidadania � um assunto a ser tratado pelos advogados da legenda. Ou seja, se Doria quiser, permanecer� candidato e recorrer� aos tribunais. Como tem um perfil de candidato que sempre fez campanha ancorado no marketing pol�tico, por cima das rela��es com os pol�ticos, como aconteceu nas campanhas para a Prefeitura de S�o Paulo e o Pal�cio dos Bandeirantes, n�o se deve subestimar a teimosia de Doria.

Nem a resili�ncia de Simone Tebet, que conseguiu neutralizar as articula��es do senador Renan Calheiros (AL) com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva para desestabilizar sua candidatura. Com apoio do ex-presidente Michel Temer e do presidente do MDB, Baleia Rossi (SP), fez do lim�o uma limonada: o jantar dos velhos caciques do MDB com o petista na casa do ex-presidente do Senado Eun�cio de Oliveira serviu de pretexto para a manifesta��o de apoio da maioria dos presidentes regionais do partido � candidatura de Tebet. Como tirou por menos o que aconteceu, passou aos aliados uma imagem de equil�brio e tranquilidade diante das adversidades.

O tempo urge

O tempo est� se esgotando para o surgimento de uma candidatura de centro capaz de conter a recupera��o do presidente Jair Bolsonaro, favorecido pela sa�da do ex-ministro da Justi�a Sergio Moro da disputa, e confrontar o ex-presidente Lula. Ciro Gomes (PDT) n�o cumpre esse papel, porque funciona como um muro de conten��o do crescimento do ex-presidente Lula numa faixa de centro-esquerda. Sem uma candidatura de centro-direita, o voto �til teria o efeito de aumentar a radicaliza��o e a polariza��o no primeiro turno, cujo desfecho seria uma disputa mais apertada entre Lula e Bolsonaro no segundo, com o pa�s convulsionado.

� com esse cen�rio que os estrategistas da terceira via trabalham, em busca de um candidato que reequilibre a disputa. Doria seria o nome natural, mas a alta taxa de rejei��o coloca em xeque essa possibilidade. Eduardo Leite tamb�m, por�m, n�o haveria acordo poss�vel com Doria por causa das pr�vias. Luciano Bivar � uma jogada para tirar Moro do p�reo, n�o um cabe�a de chapa. Simone Tebet pode ser uma alternativa nesse lusco-fusco, mas precisaria passar Doria nas pesquisas, o que tamb�m n�o � f�cil.

De certa forma, as negocia��es da terceira via est�o sendo conduzidas como um jogo de perde-perde, na base da conspira��o e das trai��es, o que sempre dificulta os acordos. Se houvesse uma tr�gua no fogo amigo e um pacto entre os candidatos, e n�o apenas entre os partidos, haveria mais possibilidades de uma candidatura unificada.



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