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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Establishment se mexe em defesa das urnas �s v�speras da campanha

Enquanto isso, nova pesquisa Datafolha indica que Lula mant�m vantagem sobre Bolsonaro


29/07/2022 04:00 - atualizado 29/07/2022 08:44

Lula fala ao microfone e gesticula
Lula tem vantagem de 17 pontos sobre Bolsonaro, segundo Datafolha (foto: EVARISTO S�/AFP)
O encontro do presidente Jair Bolsonaro com diplomatas estrangeiros para falar mal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e levantar suspeitas de que haveria fraudes nas urnas eletr�nicas virou uma esp�cie de “efeito borboleta”, uma variante da Teoria do Caos, que consiste em grandes acontecimentos provocados inicialmente pequenas altera��es. O conceito passou a ser usado quando certas escolhas provocam desastres, principalmente depois do filme “Efeito Borboleta”, lan�ado em 2004, pela dupla Eric Bress e J. Mackye Gruber.
 
Evan Treborn (Ashton Kutcher), um jovem de 20 e poucos anos, em luta contra as mem�rias traum�ticas de sua inf�ncia, descobre uma t�cnica que pode lev�-lo de volta ao passado e passa a alterar diversos acontecimentos, com objetivo de mudar para sempre o seu futuro. Por�m, o “efeito borboleta” trar� consequ�ncias inesperadas para sua vida e daqueles que est�o ao seu redor. Na tentativa de ficar com a namorada, Kayleigh, cria realidades alternativas que n�o terminam como gostaria. Entretanto, o que nos interessa n�o � um “spoiler”, mas o fen�meno ligado � Teoria do Caos.
 
Em 1952, o escritor de fic��o cient�fica norte-americano Ray Bradbury publicou o conto “O som do trov�o”, no qual um personagem pisa em uma borboleta, provocando graves consequ�ncias, inclusive a chegada de um l�der fascista ao poder. Em 1961, o que era fic��o virou realidade cient�fica. O meteorologista norte-americano Edward Lorenz desenvolveu um modelo matem�tico para a previs�o do tempo, processando dados como temperatura, umidade, press�o e dire��o do vento no seu computador. Depois de observar os resultados, repetiu a opera��o. Inesperadamente, a segunda previs�o foi completamente diferente da primeira.
 
Quanto mais o modelo avan�ava no tempo, as diferen�as entre os dois resultados se tornavam maiores. O computador de Lorenz havia arredondado os dados de algumas casas decimais. Para Lorenz, isso equivalia a dizer que o vento provocado pelo bater de asas de uma borboleta no Brasil poderia ocasionar um tornado no Texas, nos Estados Unidos. Assim nasceu a Teoria do Caos com seu “efeito borboleta”. � mais ou menos o que conseguiu o presidente Jair Bolsonaro com o seu inusitado e espantoso ataque �s urnas eletr�nicas na reuni�o de presentantes de quase 70 pa�ses, que provocou a forte rea��o da sociedade civil.

Manifestos

O establishment jur�dico e empresarial resolveu dar um basta aos ataques de Bolsonaro � democracia. Suprapartidariamente, saiu em defesa do Supremo Tribunal Federal (STF). A iniciativa partiu de ex-ministros do Supremo, professores e estudantes da tradicional Faculdade de Direito do Largo do S�o Francisco (USP), com uma declara��o que come�ou com 3 mil assinaturas e j� soma mais de 300 mil signat�rios. Outro manifesto, organizado pela poderosa Federa��o das Ind�strias de S�o Paulo (Fiesp), mobilizou o grande empresariado nacional, inclusive a Febraban. Os principais banqueiros do pa�s assinaram os dois manifestos, como pessoa f�sica.Recebeu apoio da Central �nica dos Trabalhadores (CUT), da For�a Sindical e de outras centrais sindicais.
 
Enquanto o establishment se mexia, o governo divulgava dados positivos sobre a economia, entre os quais a redu��o do pre�o da gasolina, a gera��o de emprego e a distribui��o do Aux�lio Brasil. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, tentava minimizar a import�ncia dos manifestos. Segundo ele, os banqueiros assinaram os documentos porque perderam R$ 40 bilh�es com o PIX. O lucro dos bancos n�o condiz com essa tese. A ades�o � resultado da PEC das Elei��es, que agrediu a institucionalidade da economia e a seguran�a jur�dica.
 
Protagonista do rolo compressor governista montado no Congresso, com recursos das emendas secretas ao Or�amento da Uni�o (somam R$ 16, 5 bilh�es), o presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), foi ao Twitter como se nada houvesse: “M� not�cia para os pessimistas de plant�o! Estamos na contram�o do mundo, mas isso � bom! Infla��o em baixa, PIB em alta”. Levou um banho de �gua fria com a divulga��o do DataFolha de ontem. O pacote de bondades do governo ainda n�o mudou os humores dos eleitores. Na pesquisa estimulada, Lula (PT) tem 47% e Bolsonaro (PL), 29%; Ciro (PDT), 8%; Simone (MDB), 2%; Janones (Avante), Mar�al (Pros)n e Vera L�cia (PSTU) t�m 1%. Branco/nulo/nenhum: 6%. N�o sabe: 3% (4% na pesquisa anterior). Os demais candidatos n�o pontuaram.

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