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Estado de Minas ENTRE LINHAS

O fracasso do partido Novo � reflexo do colapso do neoliberalismo

O neoliberalismo est� sendo responsabilizado pelo aumento das desigualdades no mundo e as baixas taxas de crescimento


27/07/2022 04:00 - atualizado 27/07/2022 08:51

Candidato Felipe d'Avila até agora não emplacou, registrou 1% de intenções de votos
Candidato Felipe d'Avila at� agora n�o emplacou, registrou 1% de inten��es de votos (foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A.PRESS)

Candidato do Novo, Felipe d’Avila at� agora n�o emplacou. Na �ltima pesquisa do Ipespe, registrou 1% de inten��es de votos. Com 58 anos, nascido em S�o Paulo, � cientista pol�tico, mestre em administra��o p�blica pela Universidade de Harvard. Fundou, em 2008, o Centro de Lideran�a P�blica, uma organiza��o sem fins lucrativos dedicada � forma��o de l�deres pol�ticos. Com dez livros publicados, � o candidato da chamada “nova pol�tica”, mas n�o consegue sensibilizar os eleitores.

O Novo � um projeto pol�tico que antecedeu as manifesta��es de junho de 2013, uma explos�o de insatisfeitos de todos os matizes, contra o governo Dilma Rousseff. Com a reelei��o da petista, a movimenta��o espont�nea foi sendo direcionada para a campanha do impeachment dela. Nesse processo, surgiram v�rios movimentos c�vicos; a turma do Novo, por�m, desde o primeiro momento, apostou na forma��o de um partido ideol�gico, sem concess�es ao pragmatismo pol�tico. A pol�tica do Novo � o neoliberalismo.

A grande fa�anha do Novo em 2018, quando elegeu oito deputados federais e 12 deputados estaduais, foi a elei��o do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que lidera as pesquisas para o governo como candidato � reelei��o. Entretanto, n�o existe transfer�ncia de votos para Felipe d'Avila em Minas. Com palanque aberto, Zema enfrenta o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil, aliado do ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas para a Presid�ncia em Minas. O governador mineiro trafega nas bases de Bolsonaro, mas mant�m um posicionamento independente.

O Novo foi o �nico partido que votou contra a chamada PEC das Elei��es, que aprovou o Aux�lio Brasil e os subs�dios para caminhoneiros e taxistas. Mant�m sua coer�ncia em rela��o aos princ�pios e valores que levaram � funda��o da legenda, a ponto de devolver os recursos dos fundos partid�rio e eleitoral. Essas bandeiras v�o ao encontro do cidad�o comum que tem ojeriza � pol�tica e aos pol�ticos, mas n�o t�m apelo eleitoral at� agora.

A abertura econ�mica est� entre as principais propostas de d’Avila, que chove no molhado: “O Brasil precisa de um presidente capaz de vencer esse populismo que nos deixou com estagna��o econ�mica h� 20 anos, recorde de desemprego, aumento da mis�ria. A abertura econ�mica do Brasil � fundamental. Nenhum pa�s do mundo ficou rico mantendo a sua economia fechada”. O candidato do Novo defende a “concilia��o" do agroneg�cio com o meio ambiente, a descentraliza��o do poder e o empoderamento do cidad�o por meio da digitaliza��o do governo. E empunha a bandeira da “pacifica��o”, ao criticar a polariza��o entre o ex-presidente Lula e o presidente Bolsonaro.

Quatro d�cadas

O discurso envelheceu. O neoliberalismo est� sendo responsabilizado pelo aumento das desigualdades no mundo e as baixas taxas de crescimento. Segundo o economista Joseph Stiglitz, Nobel de Economia, a diminui��o simult�nea da confian�a no neoliberalismo e na democracia n�o � coincid�ncia, nem mera correla��o. “O neoliberalismo minou a democracia durante 40 anos. A forma de globaliza��o prescrita pelo neoliberalismo deixou indiv�duos e sociedades inteiras incapazes de controlar uma parte importante de seu pr�prio destino”, argumenta.

Segundo Stiglitz, o sistema capitalista precisa ser reformado, porque fomenta um crescimento de desigualdades, destrui��o do meio ambiente, polariza��o de nossas sociedades e um permanente descontentamento, que n�o podem ser negados.

“Precisamos de um novo contrato social, que espalhe solidariedade em nossas sociedades e pelas gera��es. Isso significa um papel diferente para os governos, menos ajuda para as empresas e mais ajuda aos cidad�os que necessitam, impostos progressivos e, acima de tudo, reescrever as regras da economia”, argumenta o economista.

Esse cen�rio � corroborado at� pela diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, segundo a qual o “o capitalismo est� fazendo mais mal do que bem”. O FMI fala em “cultura da solidariedade” e “globaliza��o da esperan�a”. Tamb�m fala em melhorar os sistemas globais do com�rcio, de controlar os fluxos de capitais pelos danos que podem causar e sobre a sustentabilidade da d�vida. Trocando em mi�dos, o projeto de d’Avila est� descolado da realidade do Brasil e do mundo.

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