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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Estrat�gia de Lula levar� disputa presidencial para o segundo turno

Ideia de uma frente ampla parou na vice para o ex-governador tucano Geraldo Alckmin, ao se rejeitar alian�a com Temer


01/09/2022 04:00 - atualizado 01/09/2022 09:10

Lula e Alckmin: estratégia para atrair votos do eleitor de centro tem resultado incerto
(foto: EVARISTO S�/AFP)

 

As pesquisas est�o mostrando que a estrat�gia de campanha do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que era o franco favorito das elei��es, n�o est� viabilizando sua vit�ria no primeiro turno. Ao contr�rio da pesquisa do Ipec de ter�a-feira, que n�o captou a repercuss�o do debate entre os candidatos, a pesquisa do Ipespe divulgada ontem revelou altera��es importantes.

Na primeira, Lula ainda venceria as elei��es no primeiro turno; na outra, n�o haveria a menor chance de isso acontecer, porque, a 32 dias das elei��es, a dist�ncia entre o petista e o presidente Jair Bolsonaro � de seis pontos na pesquisa espont�nea (40% a 34%) e oito na estimulada (43% a 35%). Lula caiu um ponto na estimulada e Bolsonaro cresceu quatro na espont�nea.

 

Lula est� enfrentando dois problemas: a lenta recupera��o de Bolsonaro em alguns segmentos, como evang�licos, mulheres, na Regi�o Sudeste e na popula��o de renda de at� um sal�rio m�nimo, que at� agora parece ser insuficiente para ultrapass�-lo, mas � o bastante para aproxim�-lo do petista no segundo turno; e a resili�ncia dos candidatos da chamada “terceira via”, que se mant�m na disputa e ocupam uma franja do eleitorado antipetista que n�o pretende voltar para os bra�os de Bolsonaro, ao menos no primeiro turno.

Ciro avan�ou um ponto na espont�nea (4% para 5%), e manteve os 9% de julho. Simone Tebet subiu de 1% a 3% na espont�nea, e ganha tamb�m um ponto na estimulada, de 4% para 5%. Felipe d’Avila continua com 1%, tanto na espont�nea quanto na estimulada.

 

Lula tem forte expectativa de poder a seu favor, mas sua vantagem em rela��o a Bolsonaro no segundo turno come�ou a cair, passando de 17 para 15 pontos. Continua sendo uma boa margem, o suficiente para demover o presidente da Rep�blica de qualquer tentativa golpista, ainda mais porque ficaria muito dif�cil contestar o resultado das elei��es com uma diferen�a de tal ordem. Mas o cen�rio efetivamente est� em mudan�a. A pesquisa mostra que a percep��o popular em rela��o ao governo melhora, com reflexos nos �ndices de rejei��o de Bolsonaro.

 

Recupera��o

 

A gera��o de fatos positivos pelo governo, a partir da aprova�ao da PEC Emergencial e do pacote de bondades, come�a a repercutir na avalia��o do governo e na rejei��o de Bolsonaro. Aux�lio Brasil, vale-g�s, aux�lio caminhoneiro, aux�lio taxista, empr�stimo consignado e redu��es no pre�o dos combust�veis servem de agenda positiva para a campanha de Bolsonaro no r�dio, na televis�o e nas redes sociais.

 

Resultado: sua aprova��o foi de 36% para 39%, enquanto a desaprova��o diminuiu, de 59% para 57%; a avalia�ao positiva (“�tima/boa”) foi de 32% para 35%, e a negativa (“ruim/p�ssima”) recuou de 49% para 46%. A avalia��o do desempenho de Bolsonaro tamb�m melhorou: o “�timo/bom” foi de 32% para 35%, enquanto o “ruim/p�ssimo”, de 49% para 47%. Um dado que merece aten��o foi a redu��o da rejei��o de todos os candidatos, exceto Lula, que oscilou de 43% para 44%. A de Bolsonaro recuou tr�s, de 58% para 55%; de Ciro,  de 40% para 39%; e a de Simone, de 35% para 32%.

 

Onde Lula pode ter errado? Na pol�tica de alian�as. A op��o estrat�gica da campanha de Lula foi ganhar as elei��es com uma frente de esquerda, com base numa avalia��o de que havia uma guinada nessa dire��o em toda a Am�rica Latina e no Brasil n�o seria diferente. Chile e Col�mbia seriam os grandes exemplos de vit�ria da esquerda com um discurso mais moderado e democr�tico, mas claramente mudancista. A ideia de uma frente ampla parou na vice para o ex-governador tucano Geraldo Alckmin, ao se rejeitar qualquer possibilidade de alian�a, por exemplo, com o ex-presidente Michel Temer. Na verdade, n�o passou de ret�rica para esvaziar a chamada terceira via e constranger os setores que a apoiavam a derivar por gravidade em dire�ao a Lula.

 

Essa estrat�gia n�o est� esgotada, porque o “voto �til” pode renascer das cinzas na reta final da campanha, mas est� dando errado, principalmente nas elei��es estaduais, inclusive em S�o Paulo,  onde esses setores de centro podem ser empurrados em dire��o a Bolsonaro. Nesse aspecto, as candidaturas de Ciro e Simone podem ser a salva��o da lavoura, mantendo Bolsonaro distante de Lula e abrindo a possibilidade, a� sim, no segundo turno, da articula�ao de uma frente ampla cuja tecelagem, obviamente, dependeria de uma mudan�a de atitude de Lula, do seu projeto de governo e da constru��o de novas alian�as, bem mais amplas.

 

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