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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Diploma��o do presidente eleito Lula simboliza a derrota do golpismo

N�o fosse a emo��o de Lula, o discurso de Alexandre de Moraes teria roubado toda a cena. A atua��o do presidente do TSE foi decisiva para garantir as elei��es


13/12/2022 04:00 - atualizado 13/12/2022 07:53

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do TSE, Alexandre de Moraes: discursos pela democracia
O presidente Luiz In�cio Lula da Silva e o presidente do TSE, Alexandre de Moraes: discursos pela democracia (foto: Evaristo S�/AFP)

O discurso do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, na cerim�nia de diploma��o do presidente eleito Luiz In�cio Lula da Silva, foi um duro recado aos golpistas que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL)  de que a democracia venceu, ancorada no Estado de direito democr�tico e, em especial, nas urnas eletr�nicas, que garantiram elei��es livres e limpas.

O choro de Lula ao dizer que sua elei��o representou a reconquista da democracia pelo povo e que pretende exercer seu mandato em nome da “normalidade institucional” e da “felicidade” sinaliza a inten��o de superar o processo de radicaliza��o que pautou as elei��es e ainda ronda sua posse na Presid�ncia. Entretanto, nada foi mais simb�lico de que estamos virando a paginado golpismo do que a chegada de Lula, ao lado da primeira-dama Ros�ngela, a Janja, pelo corredor formado pelos Drag�es da Independ�ncia para receber o novo presidente da Rep�blica.

N�o fosse a emo��o de Lula, o discurso de Alexandre de Moraes teria roubado toda a cena. A atua��o do presidente do TSE � frente do processo eleitoral foi decisiva para garantir a realiza��o das elei��es e seus resultados. Antes, durante e depois do pleito, se considerarmos o pedido de anula��o do segundo turno das elei��es apresentado levianamente pelo PL, por exig�ncia de Bolsonaro. Vale a pena rever alguns trechos do discurso de Moraes:

(1)    “Ficou constatada a aus�ncia de qualquer fraude, qualquer desvio ou mesmo qualquer problema. Jamais houve uma fraude constatada nas elei��es realizadas por meio das urnas eletr�nicas, verdadeiro motivo de orgulho e patrim�nio nacional”.

(2)    “A Justi�a Eleitoral se preparou para garantir transpar�ncia e lisura das elei��es. A Justi�a Eleitoral se preparou para combater com efic�cia ataques antidemocr�ticos ao estado de direito, e os covardes ataques e viol�ncias pessoais aos seus membros e de todo o Poder Judici�rio"

(3)    "Os extremistas criminosos atacam a m�dia tradicional para, desacreditando-a, substituir o livre debate de ideias garantido pela liberdade de express�o e pela liberdade de imprensa por suas mentiras autorit�rias e discriminat�rias.

(4)    “Coube � Justi�a Eleitoral, estudar, planejar e se preparar para atuar de maneira s�ria e firme, no sentido de impedir que a 'desinforma��o' maculasse a liberdade de escolha das eleitoras e eleitores e a lisura do pleito eleitoral".

� tudo verdade. A atua��o da Justi�a Eleitoral garantiu condi��es de normalidade ao pleito, mesmo diante de fatos que tinham por objetivo alterar o seu resultado, como o bloqueio de estradas e avenidas por for�as policiais para restringir o acesso de eleitores �s urnas, fatos que Moraes tirou por menos ao proclamar os resultados da elei��o, mas nem por isso devem ser varridos para debaixo do tapete. O pedido de anula��o do pleito, prontamente recha�ado, o bloqueio das estradas pelos caminhoneiros, financiada por empres�rios bolsonaristas, e as manifesta��es ainda em curso � porta dos quarteis, que pedem uma interven��o militar, s�o fatos que continuam sendo investigados por Moraes

O novo governo


Diplomado, Lula se depara com dois desafios: montar um governo para atender �s expectativas populares e contar com suficiente apoio no Congresso. Uma coisa depende da outra. Com o vice-presidente Geraldo Alckmin, prestigiad�ssimo, os ministros que anunciou at� agora configuram um bom estado-maior (Fernando Haddad na Fazenda, Rui Costa na Casa Civil, Fl�vio Dino na Justi�a, Jos� M�cio Monteiro na Defesa e Mauro Vieira nas Rela��es Exteriores), mas n�o representam o arco de for�as pol�ticas que precisa ser organizado para que o governo tenha amplo respaldo no Parlamento, no mercado e na opini�o p�blica.

Por enquanto, � um Clube do Bolinha. H� que completar o governo com mais mulheres. At� agora a �nica � a cantora e produtora cultural Margareth Menezes no Minist�rio da Cultura. Confinar mulheres e negros ao “lugar de fala” � uma armadilha, as pol�ticas p�blicas universalistas s�o aquelas que atendem �s necessidades b�sicas da popula��o, na sa�de, na educa��o, na habita��o, na cidadania, na seguran�a p�blica etc.

Ainda h� muita expetativa em rela��o aos futuros ministros das �reas econ�micas do governo, como Planejamento, Ind�stria e Com�rcio, Agricultura. E salta aos olhos a aus�ncia de quadros que foram decisivos na campanha de Lula, como a presidente do PT, Gleisi Hoffman, o ex-senador Aloizio Mercadante, o ex-prefeito Em�dio de Souza, o deputado Rui Falc�o. O governo precisa ter um perfil de centro-esquerda, por�m, PT n�o pode ser sub-representado. Isso seria um fator de crise igual ou at� maior do que a exclus�o dos setores de centro que apoiaram o governo no segundo turno. A prop�sito, a grande aus�ncia na diploma��o de Lula foi a de Simone Tebet, a candidata do MDB que teve um papel decisivo no segundo turno. Qualquer que seja a desculpa, � um fato significativo. Ainda mais se levarmos em conta que o presidente do Cidadania, Roberto Freire, um velho desafeto de Lula, compareceu � cerim�nia.

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