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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Disputa pelo comando do Senado � vital para governabilidade de Lula

Reelei��o de Pacheco � vital para o petista, porque � aliado leal, com poder de engavetar qualquer proposta contra o govenro


01/02/2023 04:00 - atualizado 01/02/2023 09:13

Pacheco é favorito, mas tem reeleição ameaçada por Rogério Marinho
Pacheco � favorito, mas tem reelei��o amea�ada por Rog�rio Marinho (foto: WALDEMAR BARRETO/AG�NCIA SENADO)

Na contabilidade dos candidatos, o Senado teria mais de 81 senadores. A conta n�o fecha porque tanto o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que concorre � reelei��o, quanto o seu desafiante, o senador rec�m-eleito Rog�rio Marinho (PL-RN), est�o contando com promessas que podem n�o se realizar, em raz�o da vota��o secreta. At� agora, certo mesmo na elei��o para a presid�ncia do Congresso, Pacheco contaria com o apoio de 39 senadores; Marinho tem 26 votos confirmados, mas diz que est� recebendo muito apoio e vai surpreender. Os votos restantes est�o realmente na faixa de risco, pois s�o de senadores que mant�m sigilo sobre o voto ou prometeram apoio a ambos os candidatos.

Para ser eleito, o presidente do Senado precisa de 41 votos, ou seja, metade mais um do total.  A reelei��o de Pacheco � vital para a governabilidade do presidente Luiz In�cio Lula da Silva, porque � um aliado leal, com o poder de engavetar qualquer proposta que possa desestabilizar o governo. A Casa tem o poder de bloquear nomea��es para os tribunais superiores, sobretudo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que deve abrir duas vagas ainda neste ano, com as aposentadorias compuls�rias  da presidente da corte, ministra Rosa Weber, e do ministro Ricardo Lewandowski. Embaixadores, diretores de autarquias e o procurador-geral da Rep�blica, entre outras autoridades, dependem do aval do Senado.

Seis partidos declararam apoio a Pacheco, cujas bancadas representam 42 senadores, mas nem todos os parlamentares devem cumprir os acordos feitos por suas legendas. A bancada do PSD, com 15 senadores, j� tem tr�s dissidentes que declararam apoio a Marinho: os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS), muito influente na Casa; Samuel Ara�jo (PSD-RO); e Lucas Barreto (PSD-AP). Os demais partidos que apoiam Pacheco s�o MDB (10 senadores), PT (9), PDT (3), PSB (4) e Rede(1).

Rog�rio Marinho cresceu na disputa em raz�o de dois fatores, principalmente: primeiro, o fato de que a reelei��o de Pacheco abre caminho para a volta do senador Davi Alcolumbre (Uni�o Brasil -AP) ao comando da Casa, em 2025. O ex-presidente do Senado foi o principal art�fice da elei��o de Pacheco, que agora n�o tem como n�o retribuir o gestor sem trair o aliado, embora diga que esse assunto nunca foi tratado nem existe esse compromisso. O problema � que ningu�m acredita.

C�mara


O segundo fator � o mal-estar existente em parcela do Senado em rela��o ao Supremo, cuja atua��o � considerada abusiva por muitos senadores, principalmente a do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e respons�vel pelo inqu�rito das fake news. H� um claro prop�sito dos aliados de Bolsonaro, que agora contam com o refor�o do ex-vice-presidente Hamilton Mour�o (RS), da ex-ministra dos Direitos Humanos Damares Alves (DF) e do ex-ministro da Justi�a S�rgio Moro (PR), de constranger o Supremo e pedir o impeachment de  Moraes.

Ontem, o l�der do PSDB, senador Izalci Lucas (DF), anunciou apoio dos tr�s senadores da legenda a Rog�rio Marinho, que � um ex-deputado do PSDB e tem no curr�culo o sucesso das negocia��es para aprova��o da reforma trabalhista durante o governo Michel Temer.

Al�m do PSDB, Marinho conta com o apoio do PL (13 senadores), PP (6) e Republicanos (4). O Uni�o Brasil liberou a bancada. Alcolumbre garante que Pacheco tem a maior parte dos votos do partido. O senador eleito Alan Rick (AC), do Uni�o, j� declarou publicamente que votar� em Marinho.  O Podemos, com 4 senadores, tem um candidato isolado: Eduardo Gir�o (CE), que est� sendo pressionado a desistir da disputa.

Na C�mara dos Deputados, a situa��o � completamente diferente. O deputado Arthur Lira (PP-AL), candidato � reelei��o, tem o apoio de 20 partidos, do PL de Bolsonaro ao PT do presidente Lula, com quem pretende manter uma rela��o "tranquila". Lira apoiou a reelei��o de Bolsonaro, mas pulou na frente na hora de reconhecer a vit�ria do petista, operando um giro na pol�tica de alian�as do PP, o partido hegem�nico no Centr�o.  Segundo disse ontem, suas cr�ticas do passado "nunca" foram pessoais.

A for�a de Lira na C�mara n�o tem precedentes, sendo prevista a maior vota��o da hist�ria da Casa desde a redemocratiza��o, cerca de 450 votos dos 513 totais ou mais, maior at� que a elei��o de Ibsen Pinheiro (MDB-RS), em 1995, e de Jo�o Paulo Cunha (PT-SP), em 2003. Seu �nico advers�rio � o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), que volta � C�mara em grande estilo. “Quanto maior a vota��o de Lira, maior ser� a dificuldade de Lula na Presid�ncia”, prev� Alencar, que conta com o apoio do Psol (12) e da Rede (2), mas imagina que pode receber os votos dos descontentes com o ac�rd�o dos demais partidos com Lira.
 

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