Como se explica o mist�rio da contamina��o da comitiva do presidente?

Assunto que est� intrigando Bras�lia e provocando uma s�rie de conjecturas as mais divergentes � a de saber quem teria sido o respons�vel pela contamina��o de nada menos do que onze integrantes da comitiva do presidente Jair Bolsonaro, que embarcaram com o presidente na sua viagem aos Estados Unidos e conviveram a seu lado, tanto no avi�o como em todos os eventos da programa��o da visita, sem ter feito nada de extraordin�rio. Na sequ�ncia, outra pergunta feita com grande curiosidade � como Bolsonaro escapou de ser contaminado com o v�rus, se a turma toda em sua volta acabou vitimada. No domingo (15), uma das �ltimas pessoas a se declarar contaminada pelo v�rus foi o chefe do Cerimonial da Presid�ncia, ministro Alan Coelho de Sellos, que n�o desgruda do presidente um s� minuto. At� o embaixador encarregado de neg�cios do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Forster, n�o escapou. Testou positivo.

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C� entre n�s, o grupo de contaminados est� muito mais para formar uma nota de coluna social de dignit�rios e altos funcion�rios do que mesmo uma rela��o de doentes v�timas de um v�rus chato e grudento. Os primeiros a estrear a lista dos vitimados foram o secret�rio de Comunica��o, F�bio Wajngarten e o subchefe Samy Liberman. A� vieram o senador Nelsinho Trade e os diretores da Alian�a do Brasil, a advogada Karina Kufa e o publicit�rio S�rgio Lima. At� o prefeito de Miami, Francis Suarez, n�o tinha nada com o peixe, mesmo tendo recebido a comitiva, acabou fuzilado. A �nica explica��o dada at� agora para justificar essa contamina��o toda foi do bispo Edir Macedo: “� obra de Satan�s”. � por isso que a coluna diz sempre: Sai, Satan�s!

Em virtude do crescimento da amea�a do coronav�rus no pa�s, um dos assuntos que ainda n�o ganhou apoio total do governo federal foi a elimina��o do chamado teto de despesas p�blicas, que estabelece limites para os gastos do governo em condi��es normais. No entanto, tudo indica que est� mesmo prevalecendo a tese de que � preciso abrir os cofres para enfrentar o coronav�rus, j� que, face a um colapso da estrutura financeira do pa�s, n�o adianta ficar guardando dinheiro. A sobreviv�ncia das pequenas e m�dias empresas, que d�o emprego a um enorme n�mero de brasileiros, � priorit�ria. O ministro da Economia, Paulo Guedes, apesar de j� ter anunciado medidas de ajuda financeira tanto para combate ao coronav�rus como para amparar o setor econ�mico, afirmou em entrevista para um jornal paulista que n�o � poss�vel flexibilizar o teto de gastos. O governo tem de manter sua disciplina fiscal. Antes de tudo, � preciso manter a serenidade. 

Sexta-feira pr�xima, 20 de mar�o, � o Dia da Felicidade, estabelecido pelas Na��es Unidas. Dizem que a conquista da felicidade � o maior objetivo do ser humano. Nada contra. No que toca ao brasileiro, as pesquisas indicam que, em mat�ria de felicidade, o povo, de uns cinco anos para c�, passou a ficar muito desiludido, mas n�o perdeu de todo a ilus�o. No momento, o brasileiro est� colocado em 32º lugar em mat�ria de felicidade, o que � at� uma boa not�cia, visto que existem 210 pa�ses no mundo associados � ONU. Agora, se esse coronav�rus come�ar a bagun�ar demais o coreto, vai ser os diabos. Vamos acabar indo para o fim da fila. 

O setor das antigas fam�lias aristocr�ticas de Minas Gerais perdeu no final de semana um de seus representantes mais expressivos, o diplomata, pol�tico e escritor Affonso Arinos de Mello Franco Filho, que faleceu domingo, no Rio de Janeiro, aos 89 anos, sem ser v�tima do coronav�rus. Era natural de Belo Horizonte. Entre outras, era membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Mineira de Letras. Por mais de 30 anos atuou em fun��es diplom�ticas. Figura amena, no entanto tinha a tenacidade dos Mello Franco. Com sua morte, abrem-se vagas na Academia Brasileira e Mineira de Letras.

Enquanto o coronav�rus avan�a, uma das preocupa��es que atinge a popula��o em geral, e principalmente as donas de casa, � o problema do abastecimento de alimentos e bens de consumo indispens�veis a um �ndice m�nimo de sobreviv�ncia normal. Da� vem a pergunta de como ficar� o abastecimento nos supermercados, se o panorama da crise piorar. Tem gente que acha que o assunto ainda n�o est� devidamente esclarecido. E explicado.

Apesar do n�mero de convidados ser de apenas 30 pessoas, dona Lizete e o empres�rio e ex-deputado Jo�o Pinto Ribeiro, em respeito � ordem institucional vigente, cancelaram o jantar que ofereceriam ao senador Antonio Anastasia na noite de ontem, em sua casa no Clube dos Ca�adores. O encontro ficou adiado para tempos mais seguros, at� quando esse indesej�vel coronav�rus tenha dado as de Vila Diogo.

Em 17 de mar�o de 1808, portanto h� 212 anos, dom Jo�o VI, ent�o reinando no Brasil, deu ordem para in�cio dos combates de tropas brasileiras com tropas argentinas, a fim de manter o controle da regi�o que hoje corresponde ao territ�rio do Uruguai, e que, em 1817, foi incorporado oficialmente ao Brasil com o nome de Prov�ncia Cisplatina. Tanto dom Jo�o VI como dom Pedro I eram obcecados em manter o Uruguai como territ�rio brasileiro, em contraposi��o aos interesses argentinos. At� 1828, a Prov�ncia Cisplantina manteve-se unida ao Brasil, tendo se separado devido tanto � guerra da independ�ncia mantida pelos uruguaios como pela Inglaterra em manter seu predom�nio na navega��o no Rio da Prata com o controle do com�rcio da regi�o. A Inglaterra sempre foi um le�o voraz com o objetivo de controlar o com�rcio em todas as partes do mundo.

Na recente pauta de cancelamento de viagens e eventos em geral, que est� virando moda, a coluna cita a suspens�o da viagem do urologista de BH Carlos Corradi, que embarcaria amanh� para Amsterd�, para participar do Congresso Europeu de Urologia. Adriana Levy, consultora financeira, que embarcaria quinta-feira para Lisboa, tamb�m cancelou o embarque. J� Lilian Furman, muito contra a vontade, suspendeu o jantar dan�ante que ia promover sexta-feira, no Autom�vel Clube. E assim vamos n�s...

O confronto de informa��es sobre movimento de vendas nos shoppings entre a Associa��o Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) e a Associa��o Brasileira de Lojistas Sat�lites (Ablos), que representa os pequenos lojistas, cuja �ltima disputa tinha sido sobre vendas de Natal, continua firme e forte. A Alshop divulgou que at� agora n�o registrou queda de vendas, apesar do coronav�rus. Por isso os lojistas v�o manter o hor�rio normal de funcionamento. J� a Ablos afirmou que a queda nas vendas de quinta a sexta-feira chegou a 30%. No s�bado, teria sido de 60%. Os clientes torcem para que as lojas continuem abertas.