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Estado de Minas

Um dia de cada vez


19/06/2022 04:00

ilustração do lelis


Depois da travessia miraculosa do Mar Vermelho, os hebreus tiveram pela frente um deserto sem �gua por tr�s dias, depois uma �gua amarga, at� que acamparam num o�sis com 12 fontes e 70 palmeiras. J� se passaram 45 dias quando deixaram o Egito e uma murmura��o repleta de exclama��es abateu toda a gente ao redor de Mois�s. 

“Quem dera tiv�ssemos morrido pela m�o do Senhor no Egito, quando nos sent�vamos junto �s panelas de carne e com�amos p�o com fartura! Por que nos trouxestes a este deserto? Para nos matar de fome?”

A mem�ria afetiva deles ia se apagando, n�o se detinham em nada que durasse mais de um dia ou acreditavam que alma tamb�m cansa. Eles somente se lembravam das comidas, n�o da escravid�o e dos perigos morais a que estavam submetidos no Egito. Tinham esperan�as grandiosas e obriga��es modestas. 

Mois�s avisou que, para alimentar o povo, Deus faria chover p�o do c�u durante seis dias da semana. No sexto, enviaria o dobro da quantidade di�ria, para que no s�bado pudessem descansar e se dedicar �s ora��es. Na manh� seguinte, formou-se em toda sua extens�o uma camada de orvalho que, ao evaporar-se, fazia surgir “pequenos flocos como cristais de gelo”. Diante dos flocos, os israelitas perguntavam: “Man hu” (o que � isto?) e da� veio man�.

Mois�s disse ao povo que era o p�o que o Senhor lhes dava para comer, e transmitiu as regras para colh�-lo. Que cada um apanhasse a quantidade necess�ria para uma pessoa, e nada guardasse para o dia seguinte, com exce��o da v�spera do s�bado. Algumas pessoas guardaram o man� para o dia seguinte, e ele apodreceu; outras o procuraram no s�bado e nada encontraram. 

O man� era branco e tinha gosto de bolo de mel. Os israelitas foram alimentados pelo man� durante 40 anos, at� o dia em que atravessaram milagrosamente o Rio Jord�o, para tomar posse da terra prometida, conquistando Cana�, onde finalmente comeram os frutos da terra. O man� cessou de cair.

Faz tanto tempo, mas, como os hebreus, precisamos viver um dia de cada vez. Sem lembrar das cebolas no Egito, porque nosso passado j� passou. E sem olhar para o futuro, que pode n�o ser nosso. O man� de cada dia, Senhor, doce Jesus, um dia com gosto de p�o de mel. 

Este ano estamos navegando mares nunca antes navegados, deixando que as embarca��es, sozinhas, encontrem suas pr�prias rotas, seu pr�prio destino. Ainda � tempo do mar das incertezas. O pai diz n�o, o filho pode ser, a amiga promete, o patr�o n�o sabe, a professora at� breve, o vizinho faz sil�ncio, uns dizem talvez, outros quem sabe? Um dia de cada vez, � assim que deve ser.

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