Outro dia, assistindo a uma destas s�ries passatempo que nos servem de descanso por pouco exigirem elabora��es e elucubra��es mentais, me deparei com o h�bito do protagonista de ser fiel a suas promessas e juramentos, independentemente a quem e quando possam ter sido feitos.
Decerto, tem que se levar em conta que a hist�ria se desenrolava no s�culo 18, quando palavra e honra eram quest�es de enorme valia e disputa, ainda mais confundidas com orgulho e vaidade que hoje, mas ainda tratava-se de hist�ria de relacionamento humano.
Se falou que assim o faria ou n�o, assim acontecia e seguia a vida adiante. Tamanha convic��o chegou a me incomodar. Como algu�m pode seguir seus planos � risca dessa maneira?
N�o porque esse tipo de conduta seja sempre question�vel, do contr�rio muitas vezes bastante louv�vel. O que me chamou mais a aten��o foi o fato de que nos tornamos seres de muitas promessas impensadas e, como tais, seguidas de poucos cumprimentos e realiza��es.
Afinal, h� que se reconhecer que �s vezes acreditamos em ideias que depois de amadurecidas perdem sentido. Nos embasamos em valores pouco s�lidos, sazonais. Ent�o, nada melhor que abandon�-las, reconhecer o engano e tomar novo rumo. At� mesmo o que prometemos deve ter espa�o de flexibiliza��o porque a evolu��o vem a partir de mudan�as de pensamento.
H� valores, e isso o sabemos, que s�o imut�veis, haja vista a hist�ria do homem que cansa de jogar na nossa cara o que nos deve ser de fato caro.