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Estado de Minas COLUNA

Natal � uma oportunidade para abrir um par�ntesis na vida

� preciso deixar de lado um pouco do rancor, largar o excesso de narcisismo em casa, expondo-se a possibilidades mais positivas de concilia��o e toler�ncia


20/12/2020 04:00 - atualizado 20/12/2020 07:46

Este ser� um Natal diferente. Nem todas as fam�lias que anualmente fazem a confraterniza��o no anivers�rio de Jesus – que tanto pregou amor ao pr�ximo e era um grande agregador – poder�o se agregar. Em um pa�s crist�o como o nosso, n�o � f�cil abrir m�o deste dia em que reencontramos pais, tios, irm�os, sobrinhos e primos, que nesta vida corrida pouco encontramos. A festa tira este atraso com abra�os e muitos casos para contar, al�m de comemorar o encontro unidos na alegria.

Mesmo para os que n�o professam a f�, a esperan�a em Jesus, apreciam o encontro, a decora��o das �rvores, da pra�a, os drinques e ceia, as trocas de presentes, o Natal � comemorado.

Como a diversidade � grande, h� tamb�m aqueles para quem o Natal e a aproxima��o do fim do ano n�o s�o animadores. O balan�o e o acerto de contas de cada ano – certamente neste ano devido � pandemia –, para a maioria, poder� ser negativo, e os insatisfeitos passar�o frustrados por n�o terem alcan�ado todas as suas metas. Nos planos econ�micos, afetivos e sociais tivemos priva��es significativas. No balan�o, a vida continua, apesar de tantas mortes.

Aqueles que tiveram ou t�m problemas de fam�lia, contrariados enfrentar�o algum parente, nem sempre querido e, �s vezes, at� mesmo odiado n�o s�o raros. E tal situa��o n�o � inc�moda apenas para os envolvidos, mas tamb�m para os demais que pisam em ovos temendo ver desencadear ali um conflito aberto acabando com a festa. Nestes casos, a COVID-19 pode ser bom motivo para evitar o encontro.

A COVID-19 serve de �libi para tantas coisas que podemos realmente crer que todo sintoma tem seu ganho secund�rio por ser o homem capaz de tirar proveito pr�prio de qualquer situa��o. Poderia ser o Natal uma oportunidade para abrir um par�ntesis na vida. Deixar de lado um pouco do rancor, largar o excesso de narcisismo em casa, permanecendo desarmado, na humildade, expondo-se a possibilidades mais positivas de concilia��o e toler�ncia, pois a data convida � comunh�o. Embora este ano seja de exce��es, os la�os precisam ser fortes para suportar dist�ncias sem se desfazerem.

Como disse um autor desconhecido, “o ressentimento � como tomar veneno todo dia querendo que o outro morra”. Certamente, d�i mais naquele que se ressente do que no outro que desconhece o alcance da m�goa. Se nossas vontades fizessem efeito no outro, a coisa ficaria complicada, mas elas afetam somente quem as tem. O imagin�rio n�o afeta ao outro, somente ao pr�prio autor, que sofre mais por seus pensamentos do que por problemas reais e concretos. Assim, antecipa coisas que o apavoram e muitas vezes nem se concretizam, ficando o “pensa-dor” sofrendo do seu penoso pesar.

Melhor desejar no Natal um presente diferente, um presente de verdade: deixar o imagin�rio de lado, acreditar menos nele e focar no desejo que d� sentido � vida. Pois sem desejo a vida n�o tem motivo. O melhor presente que cada um pode se dar � ser fiel ao desejo mais do que atender demandas alheias que n�o nos favorecem. Enfim, um feliz Natal aos caros leitores que sempre visitam esta p�gina!

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