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Estado de Minas EM DIA COM A PSICAN�LISE

A primeira rea��o humana diante da alteridade � de agressividade

Livro "Da diferen�a" nos oferece ferramentas diante de um mundo que avan�a plural, por mais que mentes menos esclarecidas o queiram uno


12/09/2021 04:00 - atualizado 12/09/2021 07:49

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Desde nossa primeira inf�ncia, ao reconhecermos a exist�ncia do outro, o consideramos estranho, amea�ador e manifestamos agressividade e estranhamento. A primeira rea��o humana diante da alteridade � de agressividade. O eu � bom, e o outro n�o. S� mais tarde podemos interagir � presen�a alheia no sentido da socializa��o e forma��o de la�os.

Esta agressividade constituinte permanece ativa, em uns mais presente, marcante e se manifesta por sermos pulsionais. Puls�o de morte e vida amalgamadas nos conduzem durante a vida e assim deve ser. O resultado da desamarra��o entre elas � desastroso, levando � morte, a guerras e a outras trag�dias.

De qualquer modo, parte da agressividade � constitutiva e em certa medida nos d� garra para viver. Humanos que somos estamos sujeitos ao excesso que coloca nos em risco. O crime por amor que se reverte em �dio porque um dos amantes mudou, a diferen�a, negada nos apaixonados, apareceu. A agressividade contra os pretos que por serem diferentes foram animalizados e escravizados. A persegui��o contra os judeus chegando a seu �pice no nazismo. O crime contra a liberdade de g�nero. Feminic�dio, rivalidades e muito mais.

Grandes guerras, disputas na humanidade, se deram causadas pela intoler�ncia � diferen�a. Da pele, da cultura, da religi�o e em nome de Deus, da pol�tica, quando o mais forte tenta suprimir o mais fraco por discordar. At� hoje lutamos contra o preconceito e a segrega��o sem conseguir erradicar os extremistas incapazes de lidar com aquilo que n�o � espelho.

Narciso acha feio o que n�o � espelho, cantou Caetano, e seguimos lutando pela admiss�o de que a diferen�a faz o mundo andar, a hist�ria pode ser escrita com novas e m�ltiplas cores e letras, por acolhermos o novo, o diferente. Por aceitar que � no um a um que somos sujeitos de nosso desejo. E que pares perfeitos e narcisismos excessivos s�o mortificadores. Narciso morreu apaixonado por sua imagem no espelho d’�gua do lago onde fora beber �gua.

No filme “Beleza americana” (1999), de Sam Mendes, assistimos ao crime de um nazifascista contra um vizinho que despertou seus desejos homossexuais reprimidos e geravam seu comportamento agressivo e truculento em fam�lia. Mostrou que em n�s existe um inconsciente do qual pouco ou quase nada sabemos e quando aflorado, � repudiado no outro, que representa projetivamente nosso insuport�vel.

Atualmente, no Brasil, bipolarizado por extremistas de direita, vivemos o despertar do �dio ao diferente e � incapacidade de cerzimento entre os polos; um deles amea�ando a democracia, ora com as For�as Armadas, ora com armamento civil com fuzis.

A hist�ria da humanidade � a peleja constante contra pensamentos que se querem �nicos e demonstram seu insucesso. Portanto, � bem-vindo o esclarecimento ou a palavra que venha ressaltar a import�ncia da toler�ncia em defesa das diferen�as.

A palavra diferen�a tem muitos sentidos.  Maria Esther Maciel, escritora, cr�tica liter�ria e membro da Academia Mineira de Letras, al�m de outros muitos t�tulos, com belo pref�cio nos cativa e prepara o terreno para o que nos trar� o livro “Da diferen�a”, a ser lan�ado na pr�xima semana pela Quixote%2bDo Editora. Cita Ot�vio Paz “o que p�e o mundo em movimento � a inteira��o das diferen�as, suas atra��es e repuls�es: a vida � pluralidade, a morte � uniformidade”.

Por bordejar todas estas quest�es, este livro se justifica e ainda nos oferece ferramentas diante de um mundo que avan�a plural por mais que mentes menos esclarecidas o queiram uno.  A estes autores Ana L�cia Bahia, Carla de Abreu Machado Derzi, F�bio Borges, Flavia Drummond Naves, Paula Vaz, Regina Beatriz Sim�es, Rosely Gazire Melga�o e Thais Gontijo agradecemos a defesa “Da diferen�a” acolhida e valorizada em m�ltiplos olhares e discursos. Um belo bouquet. S�o os res�duos valiosos de ouro encontrados nas bateias dos garimpeiros. Restos que nos interessam, pois fazem andar uma an�lise e, para al�m dela, o mundo.

A import�ncia deste ato de escrita organizado por Gilda Vaz, Maria Auxiliadora Bahia e Ana Maria Portugal � ineg�vel neste momento de discord�ncia e intoler�ncia no pa�s. Com certeza prop�em-nos um mundo mais acolhedor. Flavia Drummond Naves e F�bio Borges contribu�ram tamb�m na orelha e quarta capa, sendo Borges o idealizador da elegante capa, em cores fortes e com o s�mbolo matem�tico “Da diferen�a”.

“DA DIFEREN�A”
.Organizado por Gilda Vaz, Maria Auxiliadora Bahia e Ana Maria Portuga
.Quixote Do Editora
.Lan�amento em 18 de setembro, das 11h �s 14h, na Quixote Livraria (Rua Fernandes Tourinho, 274, Savassi) 

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