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Estado de Minas EM DIA COM A PSICAN�LISE

Juntos enfrentamos situa��es em que sozinhos ser�amos impotentes

A �gua que caiu sobre a Bahia causou perdas e dor, mas a solidariedade veio junto e isso nos faz acreditar na capacidade do homem e em seu lado "do bem"


09/01/2022 04:00 - atualizado 09/01/2022 08:28

 ILUSTRAÇÃO DA PSI mostra homem com símbolo de yin e yang no lugar da cabeça

Entramos no ano novo literalmente debaixo d’�gua. Aqui choveu muito, mas sem danos colaterais graves. A cat�strofe ocorrida na Bahia no fim de ano foi terr�vel e ainda chove l�. Foi grande o pesar entre os brasileiros de ver a popula��o sofrendo em tantas regi�es carentes de tudo, � espera de socorro.

Alagamentos, isolamentos, desabrigados, mortos e feridos, falta de provimentos e tantas perdas anunciam um sofrido ver�o. As lindas praias do Sul da Bahia, que tantas vezes visitamos com acolhimento e simpatia, ficaram inacess�veis com as estradas interrompidas. Muitos desistiram de viajar para l�, alterando e adiando os planos.

Ser�o enormes os preju�zos numa �poca importante da passagem do ano e veraneio, afetando terrivelmente o turismo, forte gerador de receita para todos que esperaram este momento se preparando para receber h�spedes e que, possivelmente, ter�o cancelamentos como nunca.

Os afoitos por dias de sol, de c�u e mar tiveram que fazer op��o por outros destinos em cima da hora. As �guas quentes e reconfortantes do litoral baiano este ano ficaram mais vazias e os banhistas saudosos. O governador da Bahia enfrenta uma situa��o de emerg�ncia e calamidade e precisar� de toda ajuda poss�vel.

Eu nunca tinha ouvido falar dos Capacetes Brancos da Argentina e muito me admirei com a exist�ncia desta institui��o perita em alagamentos. Achei muito interessante a oferta de ajuda dos nossos vizinhos argentinos e bastante solid�ria.

Espero que o Minist�rio do Exterior, que considerou desnecess�ria a interven��o argentina, possa suprir as necessidades do povo em apuros. Numa hora destas, tudo de que precisamos s�o experientes e solid�rios bra�os amigos. Foi muito ousada a recusa, e quase n�o acreditei. Esperemos que as verbas disponibilizadas pelo governo federal sejam suficientes e bem distribu�das para alcan�ar tantos necessitados.

Nestas horas, � bom lembrar o que motivou Freud a escrever o importante livro “O mal-estar na civiliza��o”. Ali, ele aponta que a uni�o dos homens em comunidades e a constru��o de la�os sociais e afetivos fortes foram uma inteligente sa�da, superando as rivalidades, para prote��o m�tua e continuidade da esp�cie. Esta � a base de toda civiliza��o.

Dizia Freud tamb�m que enfrentamos tr�s fontes de grande mal-estar e sofrimento. A primeira seria a impossibilidade de fugir da dissolu��o e decad�ncia do pr�prio corpo e da morte � qual estamos todos condenados.

A segunda fonte de sofrimento vem do mundo externo, como a persistente COVID, acrescida da onda da gripe H3N2, que agora nos atinge em cheio, junto com o desequil�brio ecol�gico e as enchentes. Este real a que agora estamos sujeitos volta-se contra n�s com for�as de destrui��o esmagadoras e impiedosa.

Por �ltimo, Freud aponta o relacionamento com os outros homens como a mais sofrida fonte de mal-estar. Por agora, vamos deix�-lo de lado para focar na urg�ncia. Juntos somos mais fortes para enfrentar situa��es diante das quais sozinhos ser�amos impotentes. Trabalhemos em colabora��o contra um inimigo externo com toda a nossa capacidade de resist�ncia e recupera��o.

Fa�amos um movimento intenso em prol da ajuda humanit�ria na Bahia: m�os dadas aos que sofrem. Bem-vinda toda ajuda e todos os bra�os que se elevam na dire��o daqueles atingidos por tanta desola��o.

O ano 2022 come�a assim e se h� algo de bom nisso � que a �gua que caiu causou perdas e dor, mas a solidariedade de muitos veio em socorro dos desabrigados.  S� podemos desejar que tal solidariedade se perpetue por todo o ano em dire��o daqueles que sofrem e dos necessitados. Isto nos faz acreditar na capacidade do homem e em seu lado “do bem”.

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