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Estado de Minas EM DIA COM A PSICAN�LISE

Escola atualmente tem de educar n�o s� os filhos, mas tamb�m os pais

Alguns pais, e n�o s�o poucos, mimam os filhos e os supervalorizam a ponto de crer que as regras comuns a todos n�o devem ser aplicadas a eles


30/04/2023 04:00 - atualizado 29/04/2023 02:48
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Mão masculina e mão feminina seguram figuras recortadas em papel de pai, mãe e dois filhos
Reprodu��o


Tenho escutado frequentemente coment�rios e perguntas sobre como as pessoas est�o descontroladas e o mundo est� maluco, cheio de doidos, fan�ticos e radicais.

Sinceramente, n�o sei se � verdadeira esta suposi��o. Acredito que hoje as pessoas se expressam com menos medo, falam o que querem at� mesmo sem compromisso com a verdade, e a internet ajuda a dar eco a vozes nem sempre fidedignas. Qualquer idiota pode publicar o que quiser e se a coisa pega, viraliza, cria-se um mito oco, feito de ecos.

De fato, hoje devemos peneirar as informa��es que v�m da internet. Isso n�o quer dizer que n�o possamos pensar sobre o que seriam estas manifesta��es de internautas radicais disseminando terrorismo e mentiras, sobre tudo.

Ainda h� a maioria capaz de discernir entre o bem e o mal, e tamb�m permanecer sob a �gide da lei, se comportando de modo apropriado para quem vive na civiliza��o e foi educado. Ser educado � o que mais precisamos.

Concordo que manifesta��es de excessos, crimes e viol�ncias, incluindo boatos e fake news, s�o aterrorizantes. As fake news considero criminosas e cru�is por disseminarem instabilidade e medo nas escolas e nas crian�as, covardia �mpar e vergonhosa. � fato que toda esta gama de barbaridades est� surgindo a cada instante, sem nos dar respiro.

Barbaridade � um termo forte, poder�o alguns argumentar, mas a barb�rie � composta de atos antissociais, contrariando todo o esfor�o da civiliza��o por um mundo melhor para todos. E sem leis que regulem nossa cultura, chegamos ao caos. Assim, quem est� na contram�o do esfor�o comum pode ser chamado b�rbaro. Vejamos a defini��o no dicion�rio: cruel, desumano, feroz; para os gregos e romanos quem pertencesse a outra etnia, falasse outra l�ngua e fosse estrangeiro.

Agora vamos � raiz do desatino e dos excessos atuais, coisa que se v� at� mesmo nas escolas por certas posturas dos pr�prios pais que s�o absolutamente deseducativas.

Se a escola existe para educar, atualmente tem de educar n�o s� os filhos, mas tamb�m os pais que t�m comportamentos desviantes e ilegais na comunidade. Aqui, a l�gica do mercado n�o deve prevalecer em rela��o a valores morais e �ticos, aos ideais da cultura.

Alguns pais, e n�o s�o poucos, mimam seus filhos e os supervalorizam a ponto de crer que para eles as regras comuns n�o devem ser aplicadas. Eles s�o diferentes.

A escola n�o � uma empresa, pelo menos n�o deveria ser, n�o pode agir como qualquer comerciante que diz “o cliente sempre tem raz�o”. A menos que esteja de fato interessada em se fazer mercadoria a ser comprada.

Escolas que assim trabalham n�o est�o focadas na educa��o. As escolas precisam sobreviver nos tempos do capitalismo, claro, mas sem perder o foco. Escola que ensina deve esclarecer os pais, sem atender a caprichos e supervaloriza��o das crian�as. Lev�-los a compreender os perigos dos excessos, mesmo os de amor.

Acredito que a escola deve defender a crian�a at� mesmo de seus pais, apontando para eles que a maneira ideal de lidar com a crian�a � frustrando-as, dando a elas a no��o de limites aos quais todos n�s, incluindo seus pais, devemos nos se submeter.

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