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Estado de Minas OPINI�O SEM MEDO

O que o caso Backer pode ensinar �s empresas, ao governo e � sociedade

Todos n�s temos muito a aprender com o epis�dio que vitimou consumidores e que pode levar a cervejaria � fal�ncia


postado em 24/01/2020 06:00 / atualizado em 23/01/2020 19:00

Hoje, a empresa encontra-se às portas de um futuro muito difícil, e seus sócios, às portas da Justiça criminal(foto: Marcos Vieira/EM)
Hoje, a empresa encontra-se �s portas de um futuro muito dif�cil, e seus s�cios, �s portas da Justi�a criminal (foto: Marcos Vieira/EM)
Para morrer basta estar vivo. Quem nunca ouviu o ditado? Recentemente, a morte do apresentador Gugu Liberato mostrou essa realidade nua e crua. A possibilidade de algu�m morrer em casa � m�nima. Em casa, nos Estados Unidos, � ainda menor. Em casa, nos Estados Unidos, em Orlando, na Fl�rida, s� mesmo por uma fatalidade incalcul�vel.

At� pouco mais de 20 dias, a Backer era um exemplo de sucesso. Seus controladores eram admirados e invejados. A vida da empresa e dos empres�rios seguia brilhante e feliz. Num passe de m�gica (de magia negra, eu diria), tudo ruiu. Hoje, a empresa encontra-se �s portas de um futuro muito dif�cil, e seus s�cios, �s portas da Justi�a criminal.

Quanto maior a altura, maior o tombo. Mais um ditado popular. Pessoas, empresas e governos tendem a n�o se precaver. A tal ‘zona de conforto’ � a morada do desastre anunciado. Planos de emerg�ncia, de conting�ncia, gestores de crise, fundo de reserva, seguros, etc s�o artigos raros no cotidiano do Brasil e dos brasileiros comuns.

Ap�s os primeiros relatos da ‘doen�a misteriosa’, a prefeitura n�o sabia o que fazer. Se fosse um problema ligado a um v�rus ou bact�ria, possivelmente as mortes seriam in�meras e r�pidas. O despreparo do Poder P�blico, para situa��es de risco sanit�rio, � gritante, alarmante e pra l� de preocupante, para n�o dizer assustador.
 
A Backer, deitada em ber�o espl�ndido, n�o contava com qualquer plano emergencial. N�o mantinha de prontid�o um ‘gabinete de crise’. Nem sequer no quesito comunica��o conseguiu se sair bem. Ao contr�rio. Foi um desastre. Demorou a se pronunciar e, quando o fez, conseguiu piorar o que j� era ruim. Confundiu muito mais que esclareceu.

Pelo lado da sociedade, melhor sorte n�o ocorreu. A imprensa local, no af� dos ‘furos’ e da exclusividade, noticiou mal e porcamente as primeiras informa��es. Faltou crit�rio, an�lise t�cnica e prud�ncia, algo que sobrou na imprensa nacional. Pelo lado da popula��o, o que mais se viu foram boatos maldosos espalhados em grupos de WhatsApp e redes sociais.

Se a empresa n�o se encontrar em espl�ndida forma financeira, beijar� a lona em breve, o que ser� terr�vel para o setor, para as fam�lias dos trabalhadores e das v�timas, para o Estado e para os pr�prios empres�rios, que passar�o os pr�ximos anos �s voltas com advogados, peritos, audi�ncias, ju�zes e toda sorte de aborrecimento e despesas.

H� profissionais qualificados para prevenir problemas assim. H� profissionais treinados para conter os danos de problemas assim. H� protocolos de emerg�ncia e conting�ncia para problemas assim. H� manuais de conduta para problemas assim. H� reserva t�cnica (financeira) e seguros para problemas assim. 

O diabo � que nunca pensamos que pode acontecer com a gente; s� os outros. At� o dia que acontece. Fica mais esta li��o. Aprenda quem quiser e tiver ju�zo.


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