
Que o atual presidente da Rep�blica n�o possui a m�nima estatura intelectual para o cargo, todos sempre soubemos. Entretanto, quando o compar�vamos a Dilma Rousseff ou ao seu criador, Lula, aceit�vamos de bom grado. Afinal, pior do que estava, n�o poderia ficar. E, de fato, n�o ficou. A despeito de Jair Bolsonaro, h� um Luiz Henrique Mandetta no Minist�rio da Sa�de, e n�o um Humberto Costa ou Alexandre Padilha - pelo menos at� o momento em que escrevo este texto.
l�der capaz de agir e convergir. Ou por outra: capaz de salvar vidas. E Jair Bolsonaro n�o vem apenas se mostrando incapaz de salvar (vidas), mas, pelo andar da carruagem, poder� causar mortes desnecess�rias.
O que ningu�m nunca imaginou - e por isso, como eu, n�o se importou em cravar o 17 na urna eletr�nica - � que, um dia, uma doen�a denominada Covid-19 atingiria o mundo (e o Brasil) em cheio, e que precisar�amos n�o apenas de um ogro antipetista, mas de um Suspeito, ali�s, suspeit�ssimo de ter contra�do o novo coronav�rus, j� que nada menos que 24 pessoas que o acompanharam em recente viagem aos EUA testaram positivo, foi mundialmente visto, no �ltimo dia 15 de mar�o, cumprimentando e abra�ando seus f�s, e manipulando os celulares deles para fazer selfies com a turma, em frente ao Pal�cio do Planalto. Anteriormente, j� havia incentivado as manifesta��es p�blicas a seu favor.
J� nestas segunda-feira (23) e quarta-feira (24), o presidente veio a p�blico, inclusive em rede nacional de r�dio e televis�o, autoproclamar-se atleta e imune a uma gripezinha. Voltou a acusar a imprensa de histeria e exagero, e conclamou o povo a sair �s ruas, desrespeitando o que chamou de ‘destruidora de empregos’ - as medidas que prefeitos e governadores, amparados nas instru��es do pr�prio Minist�rio da Sa�de e da Organiza��o Mundial de Sa�de, v�m tomando acertadamente.
Se � preciso, sem d�vida alguma, se preocupar - e muito! - com os milh�es de CNPJ’s sob amea�a de fal�ncia, igualmente n�o � poss�vel desconsiderar os mesmos milh�es de CPF’s, tamb�m sob forte amea�a. Ali�s, sob dupla amea�a: desemprego e morte. Por �bvio, ningu�m se esqueceu que recess�o, ou melhor depress�o econ�mica, provoca convuls�o social e mata tanto quanto ou mais que um v�rus. Ao contr�rio. Mas por ora, n�o h� manual de instru��o. Agir por impulso n�o � o mais adequado. Muito menos por um impulso agressivo e desagregador.