
Sob o bras�o que ostenta o pavilh�o paulista est� escrito, em latim: “Non ducor; duco”. Em bom portugu�s, “n�o sou conduzido, conduzo”. Jair Bolsonaro deveria se espelhar no lema e tentar governar por si, n�o pelo (mau) humor das redes sociais.
Nessa quarta-feira (28), ap�s publicar um decreto que previa PPP (Parcerias P�blico Privadas) na constru��o, reforma e opera��o de UBS (Unidades B�sicas de Sa�de) da rede SUS (Sistema �nico de Sa�de), o presidente foi bombardeado pela imprensa e pelas redes sociais por estar, supostamente, abrindo as portas da Sa�de �s privatiza��es.
A verdade � que n�o se tratava de nada disso, mas como � um tremendo de um “amarel�o”, metido a cabra-macho quando est� cercado dos seus, Bolsonaro tratou de revogar o pr�prio decreto. E n�o � a primeira vez que muda de ideia ap�s ser patrulhado pela s�cia virtual que lhe apoia.
Outro dia mesmo desautorizou o ministro interino da Sa�de, General Pazuello, ap�s este anunciar um acordo com governadores de 26 estados, mais o Distrito Federal, para importar, produzir e distribuir a vacina chinesa no Brasil, atrav�s do Instituto Butantan.
Por qual motivo? Daria vitrine a Jo�o Doria, que foi quem costurou o acordo com os chineses. Al�m disso, onde j� se viu importar alguma coisa daquela “ditadura comunista que espalhou o v�rus para poder comprar o mundo barato”? Pobre manada! Mal sabe que a China � o nosso maior parceiro comercial.
Bolsonaro tamb�m j� nomeou - e desnomeou, hehe!! - ministros antes mesmo da posse. Quando a turma olavista n�o gosta, o mito de araque corre pra debaixo da cama e chama o Queiroz. Digo, a mam�e. Ou melhor, a Micheque. Ops! Michelle. Enfim…
Voltando ao decreto, perdemos (mais uma, ali�s) �tima oportunidade de incluir a iniciativa privada onde o Estado n�o consegue ser eficiente - e onde consegue? - ou n�o conta com o dinheiro necess�rio, como neste caso das UBS.
N�o � � toa que o empres�rio Salim Mattar pulou do barco e deixou a tal Secretaria de Desestatiza��o. O cheiro de estatismo e corporativismo que emana do Planalto � t�o forte quanto sempre foi. Quem apostava que este seria um governo desestatizante quebrou a cara.
Ali�s, quebrou a cara como quebrou ao apostar que seria um governo liberal e que combateria a corrup��o. No m�nimo, que n�o se juntaria aos Centr�es da vida nem aparelharia o Estado em busca de prote��o jur�dica.
Al�m de ser um estelionat�rio eleitoral, de se comportar cada vez mais como um leg�timo petista, de sonhar em instalar uma ditadura bolso-olavista no Brasil, e de tentar “vender” cloroquina �s emas do Alvorada, Jair Bolsonaro vem se mostrando um belo arreg�o.
B�!!! Assustou, presida?