
Que Jair Bolsonaro jamais foi brilhante ao longo da vida, sua hist�ria no ex�rcito, no Congresso e no �mbito familiar nos d�o a mais absoluta certeza. Esperar que algu�m assim pudesse exercer a Presid�ncia com um m�nimo de compet�ncia e, por que n�o?, dignidade e moralidade, seria como esperar ganhar na mega-sena acumulada, no sorteio do dia 30 de fevereiro.
Por outro lado, nem nos nossos piores pesadelos poder�amos prever o desastre que seria este senhor no poder. Jamais seria razo�vel acreditar em tamanho despreparo intelectual, emocional e moral. Depois de Lula e Dilma, parecia que nada pior poderia acometer esse pobre Pa�s. Afinal, haveria maneira mais est�pida e indigna de governar o Brasil? Bem, Jair Bolsonaro responde que sim, h�.
Pouco me importa se este despudorado, que ocupa o Planalto, diz o que diz de prop�sito, para causar pol�mica e desviar o foco da incompet�ncia do seu governo e dos problemas judiciais que rondam sua fam�lia. Pouco me importa se sua estrat�gia funciona, se ele pauta o notici�rio di�rio e inflama seus seguidores idiotizados. O fato � que este rapap� de torturador humilha a popula��o e destr�i de vez a imagem da na��o.
Por que minha revolta dessa vez? Explico: naquele show de cafonice e falsidades que apresenta todas as quintas-feiras, pela internet, sempre acompanhado de um fantoche submisso e, via de regra, claramente envergonhado, ontem, dia 12, ele (Bolsonaro) mais uma vez pisoteou a mem�ria do volunt�rio (da “vacina chinesa do Doria”) que morreu por overdose, e sapateou sobre os sentimentos da fam�lia do rapaz.
Acreditem, mas o presidente da Rep�blica, ao vivo e em cores, asquerosamente especulou: “pode ser efeito colateral (o suic�dio) da vacina tamb�m. Tudo pode ser”. Eu pergunto: h� limites para a indec�ncia deste homem? H� limites para a falta de sentimentos e de respeito por um morto e os enlutados? � poss�vel continuarmos tendo uma coisa dessas no comando m�ximo do Pa�s?
Na boa, eu come�o a pensar se n�o foi a facada que o transformou neste ser abomin�vel, que diz coisas b�rbaras sem o menor constrangimento - se � que ele n�o era exatamente assim antes. Talvez, como ele mesmo observou, seja apenas um efeito colateral da estocada. Talvez o conte�do do intestino tenha se espalhado para os demais �rg�os vitais deste sujeito.