O presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) disse, na noite desta quinta-feira (12), durante sua tradicional live no Facebook, que a morte de um dos volunt�rios que participou dos testes da CoronaVac pode ter sido provocada por "efeito colateral". Por�m, o presidente n�o apresentou provas sobre o fato.
"Pode ser o efeito colateral da vacina tamb�m. Tudo pode ser. N�o sei se j� chegaram � conclus�o, mas esclarece e volta a pesquisar a vacina, a Coronavac, da China", disse o presidente.
Al�m disso, Bolsonaro afirmou: "Est�o tentando investigar, porque quando um pessoa comete suic�dio, geralmente tem um hist�rico de depress�o, a mulher largou ele, o marido largou ela. Uma s�rie de coisas: hist�rico familiar, perdeu o emprego, perdeu tudo. Vamos apurar a causa do suic�dio e da�, obviamente, em sendo suic�dio, n�o tem nada a ver com a vacina".
Produzido pela empresa chinesa SinoVac, em parceria com a
O presidente n�o apresentou provas sobre o caso (foto: Reprodu��o/Redes Sociais )
empresa alem� BioNTech, com apoio do Instituto Butantan, o imunizante teve os ensaios cl�nicos suspensos na noite dessa segunda-feira (9) ap�s a morte de um dos dos volunt�rios. Segundo boletim de ocorr�ncia registrado em S�o Paulo, ele morreu em decorr�ncia de suic�dio.
Em nota divulgada nessa quarta-feira (11), a Anvisa afirmou que liberou a retomada do estudo com base em informa��es fornecidas pelo Butantan ap�s a suspens�o. "Ap�s avaliar os novos dados apresentados pelo patrocinador (Butantan), a ANVISA entende que tem subs�dios suficientes para permitir a retomada da vacina��o e segue acompanhando a investiga��o do desfecho do caso para que seja definida a poss�vel rela��o de causalidade entre o evento grave inesperado e a vacina", dizia o texto.
A Anvisa refor�ou, por fim, que a interrup��o teve "car�ter exclusivamente t�cnico", e se baseou nos dados que eram de conhecimento da ag�ncia na ocasi�o.
Mal-estar
A suspens�o dos testes com a vacina CoronaVac gerou cr�ticas ao Minist�rio da Sa�de, al�m de pesar o clima entre o governo federal e governador de S�o Paulo, Jo�o D�ria (PSDB).
Diante do comunicado do evento adverso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que a vacina chinesa provoca "morte, invalidez e anomalias". Bolsonaro tamb�m aproveitou para provocar D�ria nas redes sociais, dizendo que "ganhou dele mais uma vez".
Ao saber da paralisa��o da pesquisa, o Butatan defendeu que o �bito n�o tinha rela��o com a vacina e alegou que tomou conhecimento da interrup��o pela imprensa.
A Anvisa, por sua vez, argumentou que comunicou o instituto 38 minutos antes de publicar a informa��o em seu site.
Em entrevista coletiva, o diretor-presidente da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), Ant�nio Barra Torres, esclareceu que interrompeu a pesquisa por falta de informa��es rubustas sobre a morte do participante.
A �nica informa��o apresentada ao �rg�o, segundo Torres, teria sido a de que um volunt�rio foi acometido por "evento adverso grave", sem especifica��o de que se tratava de um suic�dio.
Na d�vida, o dirigente disse que optou pela paralisa��o dos testes."Documentos completos tem que ser enviados a n�s e isso n�o aconteceu", alegou.