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Estado de Minas OPINI�O SEM MEDO

Raiz ou Nutella, nenhum Bolsonaro vale a pena

Quando amanhece o dia ningu�m sabe qual presidente ir� aparecer; se o (falso) democr�tico e equilibrado ou o (verdadeiro) tirano tresloucado


11/04/2021 06:00 - atualizado 11/04/2021 11:18

(foto: YouTube/Reprodução)
(foto: YouTube/Reprodu��o)
O verdugo do Planalto, mais uma vez, assume simultaneamente duas personagens (ambas falsas, diga-se de passagem), a fim de tentar se equilibrar na corda bamba que une, de um lado, o fim do mandato - e at� uma poss�vel reelei��o -, e de outro, o impeachment e, no limite, uma dura condena��o criminal.

De dia, o amig�o do Queiroz explode em f�ria e ataca ferozmente um ministro do STF. � noite, concede entrevista em tom sereno e critica, de forma aceit�vel, ainda que mentirosa, como de costume, o mesmo ministro. Nas redes sociais, ora invoca o “meu” ex�rcito, ora diz que o “ex�rcito � do povo, � do Brasil”.

O pai do senador das rachadinhas e da mans�o de 6 milh�es de reais j� n�o sabe mais se desdenha do coronav�rus ou se diz que “� um bicho perigoso”. Em crise de identidade, n�o usa m�scara, mas faz campanha em favor do uso. Ao mesmo tempo em que chama a vacina chinesa de veneno, aplica-a no bra�o da m�e.

O devoto da cloroquina, em frente aos presidentes da C�mara, do Senado e do STF, fala em uni�o nacional, para, logo em seguida, atacar governadores e prefeitos. E ao mesmo tempo em que jura ser combatente aguerrido da corrup��o, convida Valdemar Costa Neto para a posse de uma ministra indicada pelo pr�prio.

Bolsonaro consegue, em um intervalo de poucas horas, gritar “acabou, porra” para a Suprema Corte e abra�ar um ministro amigo. � capaz de falar em estado de s�tio �s 10h da manh� e negar que tenha falado, uma hora depois. Ofende o tal do “mercado” �s 16h e janta com o mesm�ssimo “mercado” �s 20h. 

Ataca decis�es monocr�ticas e as defende. Ataca CPIs e as incentiva. Ataca a vacina��o e a promove. A �nica coisa em comum aos dois Bolsonaros - o ra�z e o Nutella - � a defesa cega do fict�cio tratamento precoce. Isso prova que ignor�ncia n�o � exclusividade de ningu�m. Ao contr�rio. � extremamente democr�tica.

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