Bolsonaro sufoca boas not�cias e depois reclama da imprensa

Via de regra, imprensa - a livre, � claro! - e governos n�o se d�o nada bem. E � assim no mundo todo. Chamado de ‘O Quarto Poder’, o setor vive um momento �mpar: ao mesmo tempo em que � contestado, atacado, boicotado e perseguido, goza, como nunca, de credibilidade. ï¿½ na imprensa tradicional que as sociedades se socorrem em busca de not�cias e informa��es confi�veis sobre a COVID-19.

Por outro lado, com a massifica��o da internet e das redes sociais, o jornalismo profissional atravessa a maior crise financeira da hist�ria, assistindo a bancarrota de ve�culos de extrema import�ncia pelo mundo, inclusive no Brasil. E se isso n�o bastasse, os servi�os de ‘streaming’ oferecem, hoje em dia, entretenimento diverso - esportes, filmes, novelas, etc - r�pido, f�cil, abundante e barato.

Por aqui, ‘como desgra�a pouca � bobagem’, um governo inegavelmente inimigo da imprensa livre, autorit�rio, autocrata e, sim, com vi�s fascista, assumiu o poder �s v�speras da pandemia do novo coronav�rus, e adotou uma estrat�gia suicida de combate, n�o � doen�a, mas � vida dos brasileiros. Lado oposto, encontrou nos maiores grupos de comunica��o do Pa�s um aliado da sa�de e da verdade.

Com o conflito entre negacionismo e ignor�ncia e ci�ncia e medicina, o clima entre bolsonarismo e imprensa, que nunca foi bom, azedou de vez. E s� n�o afirmo que atingiu os p�ncaros do �dio porque, h� cada dia, os ataques se superam (pausa para um ‘mea culpa’). Hoje, Bolsonaro s� n�o ‘prende e arrebenta’ jornalistas, este inclusive, porque n�o logrou �xito - nem jamais ir� - no sonhado golpe de estado. 

Esta semana chegou, para variar!, nos trazendo uma s�rie de boas novidades. Na economia, por exemplo, recorde na balan�a comercial, com o maior super�vit para maio desde 1989. O PIB, ainda ‘pibinho’, cresceu e j� atingiu o n�vel pr�-pandemia, ainda que de forma bastante desigual entre os setores. O d�lar caiu, a bolsa subiu, as contrata��es formais cresceram e o com�rcio reabriu.

Na sa�de, Serrana, uma cidade do interior de S�o Paulo, com cerca de 95% dos moradores vacinados, comprovou a efic�cia da vacina��o ao assistir o ‘quase fim’ de novos casos, doentes graves e mortos pelo coronav�rus. Al�m disso, a Pfizer come�a a entregar lotes robustos de seu imunizante, e quantidades enormes de IFA (Ingrediente Farmac�utico Ativo) j� desembarcaram no Pa�s.

Em um dia para “amar as pessoas como se n�o houvesse amanh�”, contudo, Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, distribuiu seus coices e relinchos. Chamou a jornalista M�riam Leit�o, da Globo News, e a ex-presidente Dilma de quadr�pedes. Disse que Lula, o meliante de S�o Bernardo, n�o fala, grunhe. E atacou, como de costume, a imprensa e a Rede Globo, em especial, por causa da Copa Am�rica.

E foi justamente o notici�rio sobre ‘Cova Am�rica’ que ajudou, com as grosserias presidenciais, a transformar boas not�cias em coadjuvantes deste intermin�vel e insuport�vel tiroteio ininterrupto. O amigo do Queiroz, filhos e uma horda r�bica no Congresso e redes sociais ocupam todo o espa�o com suas porcarias. N�o � a imprensa que n�o divulga as boas not�cias. S�o eles que n�o a deixam divulgar.