
Eu n�o sei se ainda existe mas, quando eu era ‘beeem’ mais novo, havia uma empresa de mudan�as chamada Lusitana. Seu slogan era: “o mundo gira e a Lusitana roda”. Era t�o bom que, vejam voc�s, eu - e provavelmente outros da minha gera��o - me lembro at� hoje.
H� tamb�m, na nossa literatura popular, dezenas de ditados que poderiam ilustrar perfeitamente o que, talvez, assistamos nas elei��es em 2022: “um dia � da ca�a, outro, do ca�ador”. Ou “quem com ferro fere, com ferro ser� ferido”. Ou ainda, “o mundo sempre dar� suas voltas”.
Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, jamais teve um eleitorado superior a 20%. N�o foram outras, sen�o o antipetismo e a ojeriza ao meliante de S�o Bernardo, Lula da Silva, as raz�es pela vit�ria do amig�o do Queiroz sobre o ‘poste’ petista, Fernando Haddad, em 2018.
Mas o pai do senador das rachadinhas e da mans�o de 6 milh�es de reais � t�o ruim, mas t�o ruim; t�o negacionista, homicida e psicopata; e t�o incompetente!, que conseguiu ressuscitar, com a devida ben��o do STF, � claro, o lulopetismo e seu passado cleptocrata e destruidor.
O recado que as �ltimas pesquisas de opini�o t�m passado - e agora confirmado pelas ruas - � que h� um enfaro, um enorme fastio da sociedade em rela��o a Jair Bolsonaro e o bolsonarismo. E ainda que a parcela adesista n�o seja pequena, j� n�o � mais majorit�ria. Pelo contr�rio.
A rejei��o ao devoto da cloroquina � recorde, com 54%. Se a elei��o fosse hoje, e gra�as a Deus n�o �, pois a esperan�a em uma alternativa a estes dois trastes � a �ltima que morre, o ex-presidi�rio, ex-corrupto, ex-lavador de dinheiro bateria, com folga, o man�aco do tratamento precoce.
Estamos muito distantes das elei��es, � verdade, e muita coisa pode acontecer. O governo sempre ter� a caneta populista e irrespons�vel nas m�os e, na pol�tica, “� a economia, est�pido”. Vacinas, recupera��o econ�mica e populismo eleitoral s�o aliados fort�ssimos do atual presidente.
Mas “fogo morro acima e �gua morro abaixo”, e eleitor quando se zanga, ningu�m segura. Se Lula pariu Bolsonaro, talvez Bolsonaro retribua o gesto. Cabe somente a n�s, eleitores interessados no Pa�s - e n�o em mitos e salvadores -, impedirmos essa maldita gangorra, que alterna, ora em cima, ora embaixo, o que h� de pior na pol�tica do Brasil.