
E havia tamb�m uma esp�cie de lenda sobre a extrema qualidade t�cnica e preparo intelectual de seus principais oficiais, al�m de uma fantasiosa imagem de inabal�vel e inquebrant�vel superioridade �tica e moral dos 'homens mais honestos do mundo'.
Ora, militares ou n�o, oficiais ou n�o, estamos falando de seres humanos e suas infinitas complexidade e diversidade. Imaginar uma classe superior, pura, imune �s tenta��es e erros mundanos, seria o mesmo que aceitar a odiosa tese nazista.
GOVERNO BOLSONARO
Ao aparelhar a administra��o federal, de cabo a rabo, com mais de seis mil militares da ativa e da reserva, o devoto da cloroquina repetiu o fracassado modelo lulopetista de ocupa��o do governo por sindicalistas. Apenas mudou de 'catchiguria'.
A administra��o p�blica deveria ser lugar para profissionais capacitados, blindados de governos e de pol�ticos, com metas claras, sob rigorosas avalia��es peri�dicas de desempenho, e o justo e compat�vel sal�rio (de mercado) correspondente.
No Brasil, como � sabido, tais profissionais s�o a minoria nas reparti��es e recebem os menores sal�rios. J� os apaniguados do poder, trabalhando ou n�o, roubando ou n�o, competentes ou n�o, inclusive militares, formam a casta dos privilegiados.
VEXAMES MILITARES
Jair Bolsonaro, o man�aco do tratamento precoce, � t�o miseravelmente incapaz em tudo o que faz, que conseguiu, ao entupir o governo de milicos, escolher o que havia de pior nas tr�s For�as. O resultado � este desastre monumental em andamento.
Das compras (superfaturadas!) de cerveja e picanha, � estoque de leite condensado e chiclete suficiente para dois mil�nios, passando pela gest�o temer�ria e homicida e, em tese, corrupta de Pazuello. Eis o brilhante trabalho em quase tr�s anos.
Isso sem contar com a fabrica��o e distribui��o de 'kit covid', com a falta de oxig�nio no Amazonas, com os leitos reservados nos hospitais militares, com o ac�mulo de sal�rios, inclusive acima do teto, e agora com as constantes amea�as golpistas.
VOTO IMPRESSO
A tara bolsonarista pelo tal do 'voto audit�vel' � apenas uma bengala a justificar o retumbante fracasso nas urnas que promete chegar. � tamb�m a justificativa para toda a sorte de poss�veis arrua�as de cunho autorit�rio e antidemocr�tico.
O amig�o do Queiroz, h� quinhentos dias insiste que houve fraude nas elei��es de 2018, e que teria vencido Haddad, o poste do meliante de S�o Bernardo, ainda no primeiro turno. Prometeu apresentar as provas, mas at� hoje n�o o fez.
Ele insiste tamb�m em acusar o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de ter fraudado as elei��es de 2014. Segundo o pai do senador das rachadinhas e da mans�o de seis milh�es de reais, A�cio Neves teria vencido Dilma Rousseff.
N�O VAI TER GOLPE
Uma �nfima parte de militares aloprados, da ativa e da reserva, e mais �nfima ainda na administra��o federal, dentre eles, segundo mat�ria publicada pelo Estad�o, o General Braga Neto, resolveu amea�ar o Pa�s com a n�o realiza��o de elei��es.
O marido da receptora de cheques de milicianos j� fez as mesmas amea�as, mas a novidade seria o apoio de 'gente gra�da'. O fato �: falar � f�cil, at� papagaio fala. O dif�cil �: 1) Dar o golpe; 2) Sustentar o golpe; e 3) Passar o resto da vida no xilindr�.
Ou a milicada golpista imagina que ter� apoio da esmagadora maioria, nesta ordem, dos brasileiros; dos pol�ticos; dos magistrados; dos governadores; dos prefeitos; do Mercosul; da Uni�o Europeia; dos Estados Unidos da Am�rica?
LUGAR DE MILICO � NO QUARTEL
Walter Braga Neto, Carlos Almeida Baptista e sei l� mais quem - e quantos! -, sejam generais, brigadeiros e almirantes, t�m de voltar para os quart�is e por l� ficar at� se aposentarem. Se querem participar da vida civil, que antes abandonem suas fardas.
� incompat�vel a presen�a de militares da ativa no servi�o p�blico ou na pol�tica. � fundamental a compreens�o que o Estado armado e o Estado desarmado carecem de espa�os distintos e excludentes. N�o se mistura p�lvora com fogo jamais.
Um militar est� a servi�o do povo e da Constitui��o. S�o estes que lhe permitem o porte de armas e o manuseio de equipamento b�lico. Portanto, amea�ar qualquer um deles (povo e Constitui��o) � crime. E se crime houve, h� de ser punido. Do contr�rio, os aventureiros far�o a festa.