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Estado de Minas OPINI�O SEM MEDO

Triste Brasil: do aparelhamento sindical ao militar, a mamata s� aumentou

Como o Poder, tudo indica, ficar� entre Lula ou Bolsonaro, a certeza � de n�o mudan�a neste ciclo perverso


19/05/2022 10:07 - atualizado 19/05/2022 12:35

montagem de foto com Lula e Bolsonaro lado a lado
(foto: Reprodu��o/ Redes Sociais e AFP )
Em 2018, a debacle da cleptocracia sindicalista do lulopetismo, em conluio com os piores representantes das elites empresarial, pol�tica, financeira, cultural e art�stica do Pa�s, sustentada por anos de imprensa servil - no m�nimo amiga -, parecia inaugurar novos tempos em que o liberalismo econ�mico ocuparia o espa�o do estatismo corporativista, e os novos ares de direita, ou centro-direita, tomariam o lugar das ideias mofadas do socialismo latino-americano.

A despeito da not�ria incapacidade ampla, geral e irrestrita de Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, milh�es de eleitores apostaram nas promessas de campanha do ‘mito’, que falava tudo o que uma sociedade enfarada de tanta roubalheira, fisiologismo estatal e infort�nios econ�micos queria ouvir, e cravaram o 17 na urna eletr�nica (� �poca, sem suspeitas, claro), esperando, como � mesmo?, ‘menos Bras�lia e mais Brasil’. Contudo, hoje, temos o maior estelionato eleitoral da hist�ria.

O lulopetismo foi pr�digo em montar uma estrutura de corrup��o p�blico-privada jamais vista no ocidente democr�tico, mas, igualmente, de aparelhamento sindical gigantesco, em que milh�es e milh�es de trabalhadores sindicalizados sustentavam, compulsoriamente, a m�quina eleitoral petista por todo o Pa�s. Somados, os bilh�es de reais dos empres�rios corruptos e os bilh�es de reais dos trabalhadores servis irrigaram a ‘Era PT’, e fizeram a alegria dos s�cios do Poder. 

Com a elei��o do amig�o do Queiroz, o fim do ciclo acima ocorreu ligeiro, e com a n�o obrigatoriedade do imposto sindical, sem o custeio do governo federal e a ‘expuls�o’ do sindicalismo do seio do aparelho estatal, a classe ‘trabalhadora’ (faz-me rir) conheceu o verdadeiro significado do ‘acabou a mamata, porra!’. Por�m, a t�o sonhada e esperada melhora na presta��o p�blica, e a redu��o da desigualdade entre servidores do Estado e privados, jamais deu as caras.

Primeiro porque a sucess�o laboral ocorreu entre incapazes corporativistas de sindicatos e incapazes corporativistas de quart�is. Ou seja, a costumeira e long�nqua inefici�ncia e ‘dinheiros’ atirados no lixo, ou nos bolsos da tigrada, apenas mudaram de endere�o e status social. E segundo porque a c�pula do Poder, ou Poderes, permaneceu inalterada, tornando o chefe do executivo da ocasi�o seu bibel�, como de praxe. Como bem disse o Capit�o Nascimento, ‘o sistema � foda’.

Atualmente, a sangria do dinheiro dos pobres escorre para os ralos dos militares. Viagra, pr�tese peniana, picanha superfaturada, cerveja premium, enfim, s�o apenas a face mais vis�vel dos bilh�es de reais anuais que irrigam nossos grandes patriotas. Uma �nica canetada amiga presidencial, por exemplo, elevou os sal�rios de alguns militares do governo a n�veis milion�rios, literalmente falando (generais receberam at� 900 mil reais ano passado, ou 80 mil reais por m�s).  

Hamilton Mour�o, Braga Netto, Augusto Heleno, por exemplo, embolsaram at� 350 mil reais a mais. Joaquim Silva Luna, da Petrobras, chegou a receber 200 mil reais por m�s. Sem contar o cart�o corporativo e outras mamatas (ops!). Hoje, cerca de 7 mil militares est�o lotados no governo federal em fun��es ‘nada militares’. Sem contar outros 7 mil em trabalhos tempor�rios. O custo anual com as For�as Armadas (ativa e reserva) ultrapassa os 90 bilh�es de reais!!

Mas n�o acabou (a mamata): enquanto a m�dia salarial dos funcion�rios p�blicos federais civis recuou cerca de 9% nos �ltimos tr�s anos; enquanto a m�dia salarial da iniciativa privada foi para o brejo dos brejos (obviamente daqueles que n�o perderam o emprego), a m�dia salarial nos quart�is, ou fora deles, subiu quase 6%. Agora, me digam: essa turma tem do que reclamar? Essa turma quer largar o osso? Ah, n�o vou nem tocar na quest�o das pens�es indevidas, hein!

Particularmente - e j� finalizando -, n�o vejo a menor diferen�a em atirar dinheiro no lixo, nos sindicatos ou nos quart�is, pois em nenhuma destas situa��es recebo qualquer tipo de retorno. Militares s�o melhores ou mais merecedores que sindicalistas? A despeito do asco que tenho pela classe dirigente sindical, na minha opini�o, n�o. A despeito de reconhecer e respeitar os verdadeiros militares, n�o. Quando se trata de dinheiro me tomado � for�a, para nada, minha revolta e indigna��o n�o poupam categoria alguma.

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