O n�mero de acidentes de tr�nsito nas ruas e rodovias de Belo Horizonte e Minas Gerais, e consequentemente o n�mero de v�timas fatais, s� ir� aumentar com o passar dos anos. E como poderia ser diferente?
Para completar o quadro ca�tico, as “pol�cias de tr�nsito” (municipal, estadual e federal) e rodovi�ria ou n�o fiscalizam ou, quando fiscalizam, n�o apreendem os ve�culos irregulares e ilegais por falta de vagas nos p�tios.
Motoristas b�bados e inabilitados continuam � solta e � frente de seus ve�culos, ou melhor, atr�s de suas armas (volantes e pedais) com a coniv�ncia da Justi�a brasileira, que tarda e, sim, falha com extrema frequ�ncia.
Em mais uma semana de caos no tr�nsito da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) - e s� estamos na quarta-feira -, acidentes fatais ceifaram quatro vidas e paralisaram, por horas, as principais vias de acesso e o entorno da cidade.
No Anel Rodovi�rio - sempre ele! -, uma carreta tombada e sua carga interromperam o tr�nsito por inacredit�veis 15 horas. Sim, um acidente ocorrido no dia anterior! Que raios de “servi�o” � este que a concession�ria, ou o Poder p�blico, prestam?
Tamb�m na segunda-feira (6/2), na estrada que liga Belo Horizonte a Nova Lima, um acidente tornou imposs�vel o retorno para casa ap�s uma batida entre dois carros. Nessa mesma estrada � pro�bido o tr�fego de carretas, mas a Pol�cia Rodovi�ria deixa "rolar", j� que n�o tem para onde levar os caminh�es infratores.
Na BR-040, uma estrada pr�-hist�rica que “apenas” liga Bras�lia ao Rio de Janeiro, passando por Belo Horizonte (s� isso!), uma batida prendeu milhares de pessoas por mais de 10 quil�metros durante 4 horas nesta ter�a-feira (7/2).
FILHO FEIO
No bairro Buritis, na capital, um ve�culo capotado permaneceu na via por mais de 7 horas por falta de guincho. Segundo a BHTrans (ou o nome que tenha; a porcaria � a mesma), o contrato com o fornecedor foi cancelado pela prefeitura, que culpou o Detran-MG. Filho feio n�o tem pai.
A precariedade do atendimento a acidentes de tr�nsito em BH e regi�o � espantosa. Estamos falando da terceira maior regi�o metropolitana do Pa�s. N�o h� guincho, n�o h� socorro, n�o h� agentes, n�o h� nada. N�o conseguem nem sequer remover um caminh�o e limpar uma pista, ou desvirar um carro tombado.
Impostos s�o cobrados, ped�gios s�o cobrados, multas s�o aplicadas… o dinheiro vai, mas a contrapartida n�o vem. Isso � - mais do que leni�ncia - roubo! Um assalto, para n�o dizer latroc�nio, j� que muitas vezes, roubo seguido de morte.
Entra prefeito, sai prefeito; entra governador, sai governador; entra presidente, sai presidente e a triste realidade n�o se altera. Fam�lias e amigos chorando seus mortos; compromissos importantes perdidos; horas de descanso e lazer atiradas no lixo sob o olhar indiferente de quem recebe (muito) dinheiro para evitar essas trag�dias e esses transtornos.
Essa gente "caga e anda" para a popula��o.