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Estado de Minas RESTAM 7 MESES

� hora de agir: 2022 � ano especial para a descoberta de talentos

"A criatividade � um territ�rio sem limites. Pode ser o momento certo para retomar o gosto por criar jogos de tabuleiros ou, quem sabe, bolar acr�sticos"


29/05/2022 04:00 - atualizado 29/05/2022 11:14

Ilustração

 
Uma grande amiga se apaixonou pela t�cnica dos mosaicos. Aprendeu a juntar pe�as e a dar um novo sentido a cacos de azulejos, ladrilhos e vidros. Cada pedacinho se multiplica em mandalas, vasos e bandejas. Ela come�ou por acaso, em uma dessas oficinas de arte que voc� faz por curiosidade, como passatempo, nas folgas e feriados. Estou contando esse caso porque as f�rias de julho j� est�o dobrando o calend�rio e, segundo dizem, 2022 ser� o melhor ano para despertar dons e talentos ligados � express�o da criatividade. 
 
Ainda temos o segundo semestre pela frente. Voc� poder�, finalmente, matricular-se naquela aula de viol�o. Dar sentido �quele instrumento parado no canto da casa, pegando poeira, que custou caro e voc� nunca teve coragem de vender. � hora de soltar a voz, deixando extravasar can��es e letras de m�sicas que escorrem pelo ralo do chuveiro ou acabam represadas no box do banheiro.

Seu mapa do tesouro pode estar em outros cantos. � tempo de revirar os antigos cadernos de anota��es e destampar o seu ba� de discos e letras de m�sicas inacabadas. Resgatar esbo�os de desenhos que voc� julgava ter perdido. Relembrar aquele argumento incr�vel para uma hist�ria em quadrinhos. Reabrir as gavetas do escrit�rio, fisgar versos e pensamentos escritos em guardanapos e folhas soltas. 
 
A criatividade � um territ�rio sem limites. Pode ser o momento certo para retomar o gosto por criar jogos de tabuleiros ou, quem sabe, bolar acr�sticos. � o caso de um parente pr�ximo, que se diverte confeccionando versos com cada letra do nome de seus familiares. Seu talento s� costuma vir � tona nas datas dos anivers�rios, gravado nos cart�es de parab�ns, mas poderia navegar mais longe. Sabia que existe uma s�rie de TV voltada para aficionados em pal�ndromos?  
 
No caso da minha fam�lia, Kiefer, os jogos de palavras tornam-se mais desafiadores, considerando a exist�ncia de um K logo de cara, na primeira letra do sobrenome. Um dos arranjos mais geniais foi escrito para mim pelo educador I�ami Tiba, pouco antes de sua morte, em 2015. Na �poca, ele respondeu ao question�rio de perguntas para uma reportagem, finalizando com um ‘obrigado a voc�, jornalista ki � fera’. Curti. 
 
Se voc� n�o leva jeito com as palavras, como a garotinha Alice, h� outras formas de contar hist�rias. Talvez voc� possa acordar o seu lado vov�, investindo nas costuras e pontos de tric� que ajudam a desfazer os n�s da alma. No Centro de Arte Popular, no Bairro de Lourdes, em BH, me encanta um enorme bordado que ousou recontar o enredo de “Grande sert�o: Veredas”, de Guimar�es Rosa.  
 
Se voc� n�o sabe por onde come�ar, lembre-se do que voc� gostava de fazer quando crian�a. � um ponto de partida. No meu caso, sempre quis ser escritora, brincar com as palavras, tecer cr�nicas e reportagens. Na falta de talentos manuais, eu escrevia composi��es na escola, que mais tarde foram chamadas de reda��es e agora atualizadas para produ��es de texto.
 
Um desses textos, premiado pelo Pandi�, contava sobre a frustra��o de uma menina de 9 anos chamada Ardnas (meu nome ao contr�rio). Ela sonhava em escrever livros, mas descobriu que as pessoas cada vez menos gostavam de ler e que as bibliotecas e livrarias viviam �s moscas. Pluft! L� se foi o sonho de Ardnas... O texto terminava em aberto, com retic�ncias e a palavra fim. Exatamente como este aqui... FIM.

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