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Estado de Minas VITALidade

D� tempo ao tempo

Precisamos evitar "dar demasiada import�ncia �s situa��es e como elas ir�o impactar nosso futuro, pois n�o temos qualquer controle sobre ele"


21/11/2022 07:59

O olho do futuro
(foto: Pixabay)

H� um conto chin�s, que se passa em uma pequena vila do interior do pa�s, que narra a hist�ria de um pai s�bio, seu �nico filho e o vizinho intrometido. Diz o conto que o pai s�bio era dono de uma pequena propriedade rural e a mantinha com a ajuda do filho e de um cavalo. A paz e a harmonia pairavam no ar daquele buc�lico local. 

Um dia, seu �nico cavalo, usado para todos os afazeres da propriedade, fugiu por uma porteira que foi esquecida aberta. Ent�o o vizinho intrometido subiu no muro e tentou demonstrar ao pai s�bio como ele tinha m�-sorte, j� que n�o poderia mais trabalhar a terra do modo eficaz como fazia anteriormente, em raz�o do sumi�o do �nico animal da fazenda. O pai s�bio, diante da manifesta��o do vizinho, impass�vel, se limitou a dizer: “se � para o mal ou para o bem, s� o tempo dir�”.

Uma semana depois, inesperadamente, o cavalo ressurgiu na propriedade acompanhado de mais dois outros lindos cavalos selvagens. Novamente o vizinho subiu no muro e disse ao pai s�bio como era grande sua sorte, j� que os tr�s cavalos aumentariam muito a produtividade da pequena propriedade rural. O s�bio pai se limitou a repetir a frase dita quando o cavalo havia fugido: “se � para o bem ou para o mal, s� o tempo dir�.”

Por serem cavalos selvagens, o filho do pai s�bio ficou encarregado de domesticar os animais. No entanto, ap�s um descuido, caiu do cavalo e quebrou as duas pernas. Novamente o vizinho intrometido veio ao muro dizer da m�-sorte que rondava o pai s�bio, momento em que ouviu novamente dele que se era bom ou ruim, s� o tempo poderia dizer, n�o ele.

Duas semanas ap�s o incidente, houve uma guerra na regi�o e todos os jovens foram convocados, � exce��o dos enfermos, como estava o filho do pai s�bio. E eis que novamente o vizinho intrometido vai ao muro e afirma sobre a bem aventuran�a daquele pai, que n�o correria o risco de perder o filho na guerra; e novamente ouviu a mesma frase enigm�tica. 

O pai s�bio j� sabia de algo que devemos sempre buscar aprender: n�o devemos julgar as pessoas, eventos e situa��es como boas ou ruins, de modo mecanicista, pois n�o temos acesso ao futuro e somente ele poder� nos dizer se de fato a pessoa, o evento ou a situa��o era boa ou ruim. 

N�o estamos querendo dizer com isto que n�o devemos regozijar com nossas vit�rias e conquistas, claro que podemos - e devemos. Assim como podemos nos entristecer por situa��es que nos causam desconforto. O que � preciso evitar � dar demasiada import�ncia �s situa��es e como elas ir�o impactar nosso futuro, pois n�o temos qualquer controle sobre ele; e algo que nos parece grandioso em um dia, passadas algumas semanas, pode n�o representar mais nada.

Alguns acontecimentos, mesmo que pare�am, � primeira vista, como muito ruins ou mesmo muito bons, exigem que, com o decorrer do tempo, demonstrem realmente se trazem benef�cios ou malef�cios. Ao primeiro olhar, v�rias situa��es podem nos parecer t�o cru�is ou dif�ceis de enfrentar, sem ao menos sabermos se nos far�o melhor ou pior, mais felizes ou mais tristes, mais s�bios ou mais ignorantes.
 
Nesta mesma linha de pensamento, quando acontecem determinados fatos no nosso existir, antes de acreditarmos piamente que s�o engrandecedores ou, ao contr�rio, nos jogam ao ch�o, importante que tenhamos a parcim�nia de entender que somente o tempo ir� demonstrar qual o resultado destas ocorr�ncias.

Avaliemos o posicionamento do pai s�bio: sempre que algo acontecia, ele tinha a sensatez de declarar que somente o evoluir dos acontecimentos poderia evidenciar se o ocorrido seria sorte ou azar.

No calor dos acontecimentos, algumas situa��es podem gerar j�bilo e alegria, ou o contr�rio, luto e tristeza. Passando-se o tempo um fato que seria visto como uma desgra�a, pode se mostrar como sendo apenas uma prepara��o, um est�gio, um press�gio, um treinamento para que novos fatos se sucedessem. 

Cremos que assim ocorre na vida de cada um: antes de classificarmos os acontecimentos que inevitavelmente nos assolam diariamente, sendo estes felizes ou tristes, intensos ou discretos, graves ou leves, devemos esperar a evolu��o da situa��o. Somente o tempo nos dir� se ser�o para o nosso bem ou para o nosso mal.

E mesmo as coisas ruins �s quais somos expostos, talvez quando olhadas por outro prisma ou em outro tempo, podem ser mostrar engrandecedoras ou que nos fazer pessoas melhores. A� vem a m�xima e velha: “d� tempo ao tempo”. � uma boa sabedoria. Quem sabe o conselho do velho pai caiba em qualquer circunst�ncia da nossa vida?

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