
Quem trabalha com pol�tica sabe que muitos em Bras�lia s� usavam m�scara na hora de ser fotografados ou gravados, al�m de fazerem pouco caso do distanciamento social. N�o se trata apenas dos mais chegados ao presidente Bolsonaro.
Mesmo alguns em espectro ideol�gico oposto, pareciam viver em estado de nega��o. A semana que passou d� ind�cios de que esse descaso com a doen�a finalmente acabou. A pandemia chegou tragicamente no Poder Legislativo, literalmente.
Mesmo alguns em espectro ideol�gico oposto, pareciam viver em estado de nega��o. A semana que passou d� ind�cios de que esse descaso com a doen�a finalmente acabou. A pandemia chegou tragicamente no Poder Legislativo, literalmente.
O Senador Major Ol�mpio faleceu apenas 16 dias depois do diagn�stico. Antes dele, os tamb�m senadores Jos� Maranh�o (MDB-PB) e Arolde de Oliveira (PSD-RJ) foram � �bito em fun��o da COVID-19.
Na C�mara dos Deputados a situa��o � igualmente tensa. Desde mar�o do ano passado, 88 deputados federais e 641 servidores da Casa foram infectados.
Por tudo isso, e no mesmo dia da morte do senador Major Ol�mpio – na �ltima quinta-feira (18) –, o presidente da C�mara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), decidiu restringir por duas semanas a presen�a f�sica de parlamentares e funcion�rios. S� que a pandemia parece ter chegado para ficar no Congresso Nacional, tamb�m em um sentido menos literal.
Na C�mara dos Deputados a situa��o � igualmente tensa. Desde mar�o do ano passado, 88 deputados federais e 641 servidores da Casa foram infectados.
Por tudo isso, e no mesmo dia da morte do senador Major Ol�mpio – na �ltima quinta-feira (18) –, o presidente da C�mara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), decidiu restringir por duas semanas a presen�a f�sica de parlamentares e funcion�rios. S� que a pandemia parece ter chegado para ficar no Congresso Nacional, tamb�m em um sentido menos literal.
Na semana que passou ocorreu a primeira sess�o do Congresso sob a dire��o dos novos presidentes da C�mara e do Senado. A condu��o do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi tranquila, mas os congressistas que tomavam a palavra nitidamente assumiram um tom bem mais cr�tico contra a atua��o do governo Bolsonaro no combate � pandemia.
Certamente, o aumento das cr�ticas foi resultado da conturbada troca do ex-ministro da Sa�de Eduardo Pazuello, da tentativa frustrada da indica��o da Doutora Ludhmila Hajjar, e depois da confirma��o no cargo do cardiologista Marcelo Quiroga.
Al�m disso, os parlamentares foram vocais do sentimento popular trazido tanto pela �ltima pesquisa do Datafolha quanto pela mais recente pesquisa XP/IPESP. Em ambas, a avalia��o negativa do presidente elevou-se, para 44 e 45%, respectivamente.
Certamente, o aumento das cr�ticas foi resultado da conturbada troca do ex-ministro da Sa�de Eduardo Pazuello, da tentativa frustrada da indica��o da Doutora Ludhmila Hajjar, e depois da confirma��o no cargo do cardiologista Marcelo Quiroga.
Al�m disso, os parlamentares foram vocais do sentimento popular trazido tanto pela �ltima pesquisa do Datafolha quanto pela mais recente pesquisa XP/IPESP. Em ambas, a avalia��o negativa do presidente elevou-se, para 44 e 45%, respectivamente.
� digno de nota que, em que pese o mau humor dos parlamentares, a base do governo passou em seu primeiro teste. Mesmo tendo perdido batalhas importantes nessa primeira sess�o – em especial, a derrubada do veto que autoriza o pagamento de emendas parlamentares do relator do Or�amento e das comiss�es –; ganhou outras, como a manuten��o dos pol�micos vetos ao Novo Marco do Saneamento.
Nesse �ltimo caso, os deputados entregaram 198 votos dos 462 presentes. Nada mal, considerando que o n�mero de deputados de partidos que oficialmente apoiam o governo gira em torno dos 200 votos.
Nesse �ltimo caso, os deputados entregaram 198 votos dos 462 presentes. Nada mal, considerando que o n�mero de deputados de partidos que oficialmente apoiam o governo gira em torno dos 200 votos.
Ainda assim, tem sido cada vez mais dif�cil para os parlamentares defenderem um posicionamento negacionista da pandemia, com o Brasil pr�ximo dos 3 mil mortos por dia.
N�o existe qualquer d�vida para a maioria dos parlamentares que o paliativo do novo aux�lio emergencial ser� insuficiente para manter a roda da economia girando, como ocorreu no ano passado. Ali�s, na economia o cen�rio � igualmente preocupante.
N�o existe qualquer d�vida para a maioria dos parlamentares que o paliativo do novo aux�lio emergencial ser� insuficiente para manter a roda da economia girando, como ocorreu no ano passado. Ali�s, na economia o cen�rio � igualmente preocupante.
A eleva��o da taxa b�sica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual na primeira reuni�o do Banco Central (BC) independente foi considerado excessivo pela maior parte dos agentes econ�micos. A eleva��o da Selic tende a reduzir o consumo, j� que o cr�dito fica mais caro, al�m de – em tese – aumentar a entrada de d�lares pelo afluxo de investidores �vidos por um juro mais alto.
A decis�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria do BC foi no sentido de conter a infla��o, impactada tanto pelo aumento de custos em d�lar quanto pelo aquecimento da demanda. Os cr�ticos dizem que economia fraca precisa de cr�dito barato e que a credibilidade das contas p�blicas brasileiras continuar� afastando qualquer um, mesmo com a possibilidade de um retorno maior.
Al�m disso, � fato que o custo da d�vida brasileira pesar� mais e sobrar� menos dinheiro para investimentos. Mesmo os que criticaram a decis�o do Banco Central concordam com a conclus�o expressa na ata do Copom: no curto prazo, s� a vacina salva a economia; no m�dio prazo, ser� necess�rio o retorno da agenda de reformas. Aqui, a bola volta de novo a Bolsonaro e ao Congresso Nacional.
A decis�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria do BC foi no sentido de conter a infla��o, impactada tanto pelo aumento de custos em d�lar quanto pelo aquecimento da demanda. Os cr�ticos dizem que economia fraca precisa de cr�dito barato e que a credibilidade das contas p�blicas brasileiras continuar� afastando qualquer um, mesmo com a possibilidade de um retorno maior.
Al�m disso, � fato que o custo da d�vida brasileira pesar� mais e sobrar� menos dinheiro para investimentos. Mesmo os que criticaram a decis�o do Banco Central concordam com a conclus�o expressa na ata do Copom: no curto prazo, s� a vacina salva a economia; no m�dio prazo, ser� necess�rio o retorno da agenda de reformas. Aqui, a bola volta de novo a Bolsonaro e ao Congresso Nacional.
Mesmo tentando vender um discurso de “continuidade”, o novo ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga parece vir com a miss�o de vacinar a popula��o a qualquer custo e o mais r�pido poss�vel.
Os novos contratos do governo federal com Pfizer e Janssen para receber 138 milh�es de doses de vacina foram uma boa not�cia. Elas se somar�o aos imunizantes CoronaVac e da AstraZeneca/Oxford, que j� est�o sendo aplicados no Brasil.
Alguns analistas estimam que o resultado da vacina��o comece a produzir efeitos apenas no �ltimo trimestre. At� l�, � bom que os pol�ticos continuem a usar m�scara, e n�o s� na hora das fotos.
Os novos contratos do governo federal com Pfizer e Janssen para receber 138 milh�es de doses de vacina foram uma boa not�cia. Elas se somar�o aos imunizantes CoronaVac e da AstraZeneca/Oxford, que j� est�o sendo aplicados no Brasil.
Alguns analistas estimam que o resultado da vacina��o comece a produzir efeitos apenas no �ltimo trimestre. At� l�, � bom que os pol�ticos continuem a usar m�scara, e n�o s� na hora das fotos.
