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A fus�o de DEM e PSL

De imediato, o novo partido sair� com mais de R$ 340 milh�es de fundo partid�rio, resultado de uma bancada de 80 deputados e oito senadores


04/10/2021 04:00


O c�lculo pol�tico que unir� o Partido Social Liberal (PSL) e o Partido Democrata (DEM) s� foi poss�vel pelos riscos e oportunidades postos para cada um dos partidos. Cabe aqui uma breve avalia��o dos motivos que levam � soma de 17 com 25 resultar em 40.
 
Come�ando pelo 25, n�mero correspondente ao DEM nas urnas. O partido tem hoje cinco prefeitos de capitais, 28 deputados, seis senadores, dois governadores e ainda dois ministros. Se n�o � o melhor momento, tamb�m est� longe de ser o pior ao longo dos 25 anos de hist�ria da sigla. O DEM, antes com a denomina��o de Partido da Frente Liberal (PFL), chegou a ser a principal sigla de direita ap�s o fim da Ditadura Militar. No governo de Fernando Henrique Cardoso, o partido chegou a ter a maior bancada da C�mara dos Deputados e a presidir as duas casas do Congresso Nacional. No entanto, nas elei��es de 2006 e 2008, o partido sofreu sucessivas redu��es de bancada e por pouco n�o acabou se fundindo em 2007 com o Partido Trabalhista Brasileiro, de Roberto Jefferson. A volta por cima veio exatamente com o sentimento contra a esquerda, que levou Dilma Roussef e trouxe Jair Bolsonaro.
 
O 17, n�mero que identifica o PSL nas elei��es, foi o ve�culo de Bolsonaro para chegar � presid�ncia. Impulsionado pela mesma for�a que trouxe o DEM de volta ao jogo, o partido de Luciano Bivar nunca teve express�o pol�tica relevante at� a �ltima elei��o presidencial. Para ter uma ideia, o PSL elegeu apenas um deputado federal at� 2018. O fen�meno Bolsonaro transformou o PSL no segundo maior partido do Brasil em n�mero de deputados (52), al�m de dois senadores e dois governadores. Como Bolsonaro n�o obteve o controle da sigla, desfiliou-se e permanece sem partido at� o momento. Para n�o retornar � insignific�ncia, o presidente Luciano Bivar foi obrigado a fazer um movimento para fortalecer a posi��o do PSL como uma agremia��o perene de espectro direitista, mesmo sem Bolsonaro.
 
O novo partido, chamado Uni�o Brasil e representado nas urnas pelo n�mero 40, dever� ter sua exist�ncia confirmada nos pr�ximos dias. As executivas nacionais de DEM e PSL j� aprovaram a fus�o, que dever� ser definitivamente firmada no pr�ximo dia 6, em uma conven��o conjunta. De imediato, o novo partido sair� com mais de R$ 340 milh�es de fundo partid�rio, resultado de uma bancada de 80 deputados e oito senadores.  ACM Neto tem dito que a prioridade dessa nova agremia��o ser� o lan�amento de uma candidatura pr�pria � Presid�ncia da Rep�blica, mas tudo indica que o foco ser� preservar o n�mero expressivo de parlamentares e governadores.
 
A aposta � que o espectro mais conservador da pol�tica brasileira precisar� de um partido forte a despeito do que ocorrer com Bolsonaro na elei��o presidencial. Fica n�tido que o DEM entra nessa rela��o com o lastro de anos de identidade hist�rica na pol�tica brasileira e o PSL com a for�a do momento (como hoje tem mais bancada que o DEM, tem tamb�m maior participa��o no fundo partid�rio).
 
Resta ver como se comportar�o pol�ticos mais moderados do DEM, como o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. � bem prov�vel que alguns desses pol�ticos n�o queiram migrar para esse novo partido e busquem outro. O mesmo pode ocorrer com pol�ticos que ainda est�o no PSL e que t�m um alinhamento maior com Bolsonaro. � bem prov�vel que esses rumem � mesma legenda que o presidente. No caso de Pacheco, as negocia��es para ida ao Partido Social Democr�tico (PSD), de Gilberto Kassab, j� est�o avan�adas.
 
Passando a r�gua no c�lculo pol�tico, o novo partido dever� terminar o ano com menos parlamentares e o enorme fundo partid�rio dever� ser investido no fortalecimento da bancada federal e na capilaridade nos estados, mas n�o em uma terceira via na corrida presidencial. A conta pode at� n�o ser exata, mas at� que politicamente pode fazer sentido.

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