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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Os parlamentares da direita escolheram um lado na janela partid�ria

"Todo congressista quer ser associado ao vale-g�s; o presidente ter� campanha competitiva"


18/04/2022 04:00 - atualizado 18/04/2022 07:51

Bolsonaro durante motociata
Motociata: H� ina��o do TSE quanto �s a��es de campanha antecipada e abuso de poder econ�mico por Bolsonaro (foto: TWITTER/REPRODU��O)


A��es que visam melhorar a percep��o das classes C e D sobre a administra��o do presidente Bolsonaro acabaram tendo um papel fundamental para atra��o de deputados e senadores para a base do governo no Congresso Nacional durante a janela partid�ria.

S� nas �ltimas duas semanas j� foram implementados ou anunciados o fim da bandeira vermelha de energia, antecipa��o do 13º dos benef�cios do INSS, aumento de 5% para todo o funcionalismo federal, pagamento do vale-g�s de R$ 51 e a prov�vel corre��o na tabela do Imposto de Renda para quem ganha menos.

Os principais partidos de sustenta��o do governo – Partido Liberal (PL), Partido Progressista (PP) e Republicanos – foram os que mais receberam deputados e senadores no per�odo da janela partid�ria. Poderia parecer estranho que um governo com apenas 30% de avalia��o positiva tenha tamanha capacidade de atra��o, mas, colocado dentro do contexto das medidas implementadas, tudo come�a a fazer sentido e produzir efeitos nas pesquisas tamb�m.

Todo congressista quer ser associado ao vale-g�s, ainda mais agora que ficou evidente que o atual presidente ter� uma campanha bastante competitiva. Ficou mais f�cil a escolha entre “carregar” Bolsonaro (em especial, no Nordeste) ou abandonar o presidente e investir em uma terceira via, por exemplo. O entendimento dos parlamentares de direita e centro-direita � refor�ado pela execu��o das emendas do or�amento secreto em ano eleitoral.

S�o R$ 16 bilh�es gastos nos redutos eleitorais dos apoiadores do presidente. Esse dinheiro � canalizado, por exemplo, via Companhia de Desenvolvimento dos Vales do S�o Francisco e do Parna�ba (Codevasf). Por n�o ser um minist�rio, a Codevasf pode fazer chegar os recursos de forma muito mais r�pida, menos burocr�tica e com menos transpar�ncia. Toda essa tecnologia de uso da m�quina p�blica � caracter�stica dos aliados do presidente.

O presidente da C�mara dos Deputados, Arthur Lira (PP); o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP) e o cacique Valdemar da Costa Neto (PL) conhecem como poucos as melhores formas de fazer campanha e mover a m�quina p�blica. Essa organiza��o do lado de Bolsonaro � novidade, que come�a a contrastar com a confus�o vista do lado opositor: a campanha de um Lula centralizador, que a torna lenta e perdida entre a possibilidade de trazer mais eleitores para a sua base ou continuar falando para convertidos – vide Geraldo Alckmin brandando “Lula” para sindicalistas.

Essa � quest�o central: mesmo os que estavam c�ticos quando a viabilidade pol�tica de Bolsonaro, parecem ter mudado de ideia. A diferen�a final n�o deve ser maior de cinco ou sete pontos percentuais, para qualquer dos lados. Com isso, essa janela eleitoral cristalizou que n�o existe qualquer espa�o para a uni�o de partidos em torno de uma terceira via.

Juntos, Uni�o Brasil, MDB, Cidadania e PSDB tinham antes da janela partid�ria 152 congressistas. Depois do per�odo de troca, o grupo perdeu 32 representantes dentro do Congresso Nacional. S�o esses quatro partidos que demonstram alguma disposi��o – mas nenhum apelo popular – em construir uma chapa �nica, ainda com todas as dificuldades internas de cada uma dessas agremia��es.

Por fim, vale uma nota sobre a ina��o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quanto �s n�tidas a��es de campanha antecipada e abuso de poder econ�mico. Para al�m de “motociatas” com clara inten��o de pedir votos, a n�o manifesta��o do TSE sobre as a��es populistas do governo em ano eleitoral – vide as citadas no primeiro par�grafo mais a redu��o de al�quotas sobre produtos e insumos –, favorecem a ideia de que � melhor estar ao lado de Bolsonaro do que contra ele.

Poucos se surpreenderiam se ainda vier esse ano um vale-combust�vel ou um aumento dos pagamentos do Aux�lio Brasil ou qualquer outra coisa que favore�a quem est� no poder e ao lado dele.


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