Estado de Minas

Vidas conectadas em rede no pa�s do celular

Smartphones s�o os queridinhos para acessar a internet. Est�o presentes em quase 100% das fam�lias, que se relacionam numa profus�o de grupos


postado em 07/05/2018 07:00 / atualizado em 04/05/2018 18:21

Primeiro vieram as cartas, depois as liga��es, num per�odo mais moderno os e-mails e, atualmente... as redes sociais. “Me d� seu WhatsApp” � o jeito contempor�neo de pedir o n�mero do celular a algu�m. Esteja preparado: o telefone vai tocar cada vez menos. Para receber, cada vez mais, mensagens sobre um n�mero infinito de assuntos dos mais relevantes aos mais f�teis: correntes religiosas ou de suposta sorte, propaganda, fotos, v�deos... e por a� vai. A arte abaixo simula uma troca de mensagens entre especialistas em um grupo, abordando alguns dos assuntos mais comuns.


Grupos de todos os calibres est�o tamb�m no Facebook, que, mais que fazer amigos, se tornou plataforma para verdadeiros f�runs de discuss�o, den�ncia e outros g�neros. No Instagram, o lado belo e feliz da vida est� estampado em fotos dos mais variados tipos. As redes sociais v�m mudando o cotidiano da popula��o do mundo todo, imersa numa nova forma de se relacionar, pertencer, adquirir informa��es e apresentar imagens que traduzam personalidades e identidades.

“O lado positivo dessa tecnologia s�o os novos espa�os para construir grupos de amigos, entrar no mercado de trabalho, encontrar parceiros amorosos. Representam nova possibilidade de encontro com o outro. E todo encontro forma modos de a pessoa ser e existir”, afirma a psic�loga da Tip Cl�nica, Eunides Almeida, p�s-doutoranda em psicologia. “Por outro aspecto, os limites do espa�o privado e social est�o sendo dilu�dos. Temos que tomar muito cuidado com essa maneira globalizada de compartilhamento, relacionamento, de vida e cultura”, adverte.


Artigo 'essencial' Num mundo conectado por um toque da ponta dos dedos, os smartphones assumiram, definitivamente, o posto de queridinhos dos brasileiros para acessar a internet, conforme mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua (Pnad) divulgada h� menos de duas semanas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Aparelhos celulares est�o presentes em quase a totalidade (92,7%) dos domic�lios brasileiros. Em 48,151 milh�es de lares (69% do total), o acesso � internet � feito pelo telefone, segundo os dados de 2017. Foi um crescimento de 15,3% em rela��o a 2016, com 6,392 milh�es de lares a mais usando o celular com internet.

Aparelhos celulares, presentes em 92,7% dos lares do país, facilitaram a troca de mensagens entre parentes, amigos e conhecidos(foto: Arte de Soraia Piva)
Aparelhos celulares, presentes em 92,7% dos lares do pa�s, facilitaram a troca de mensagens entre parentes, amigos e conhecidos (foto: Arte de Soraia Piva)

J� a TV � t�o usada para acessar a internet quanto os tablets: 10,6% dos domic�lios do pa�s t�m um televisor conectado, enquanto o tablet � usado para esse fim em 10,5% dos lares. Mas, o IBGE acredita que os n�meros relativos aos smartphones estejam subestimados, pelo fato de muitos entrevistados n�o terem considerado o uso do e-mail e de aplicativos de redes sociais quando responderam sobre a internet no telefone. Por isso, a partir do ano que vem, a Pnad ter� novidades e vai incluir perguntas espec�ficas sobre o tipo de uso da internet no celular.

“A maioria das pessoas que usam a internet no celular � para a troca de mensagens”, afirma a gerente da Pnad, Maria L�cia Vieira. No in�cio deste ano, a Pnad revelou que 94,6% dos brasileiros navegam na internet ou usam servi�os conectados, principalmente, para trocar mensagens (de texto, voz ou imagens) por aplicativos de bate-papo.

Antes do aplicativo

Maria Beatriz Costa guarda reportagem do EM publicada em 2006 na qual a filha, Ana Flávia, hoje com 12 anos, foi personagem (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Maria Beatriz Costa guarda reportagem do EM publicada em 2006 na qual a filha, Ana Fl�via, hoje com 12 anos, foi personagem (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

A dona de casa Maria Beatriz Costa guarda as p�ginas do Estado de Minas como se fossem um tesouro. Se pudesse, teria baixado pelo aplicativo e postado para a fam�lia e os amigos. Da primeira vez em que a filha Ana Fl�via, hoje com 12 anos, saiu no jornal, a menina tinha poucos meses de idade. Usando brincos e pulseiras de ouro, ela fez pose para a mat�ria da editoria de Economia intitulada “Um luxo de beb�”, que circulou em 5 de mar�o de 2006. Tornou-se uma bela adolescente, conectada com o mundo digital, mas muito pouco “luxenta”. Jogadora de v�lei, paix�o herdada da m�e, que pratica o esporte, hoje mal usa um batonzinho para sair: “Prefiro me dedicar ao v�lei. Ainda vou ter muito tempo para usar maquiagem e namorar”, afirma a pr�-adolescente, que sempre prende os longos cabelos louros para n�o atrapalhar o desempenho nas partidas. (Sandra Kiefer/Especial para o EM)


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