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Estado de Minas

M�quinas agr�colas t�m crescimento acelerado

Na contram�o do resultado de outros setores da ind�stria de transforma��o, segmento voltado para o campo deve crescer 15% este ano. Previs�o de safra recorde motiva investimentos


postado em 03/04/2017 06:00 / atualizado em 03/04/2017 08:12

Produtores rurais apostam em maquinário novo para ganhar eficiência no momento de preparar a área para a lavoura (foto: Agrishow/Divulgação)
Produtores rurais apostam em maquin�rio novo para ganhar efici�ncia no momento de preparar a �rea para a lavoura (foto: Agrishow/Divulga��o)

Enquanto o setor de m�quinas e equipamentos industriais brasileiras vem acumulando quedas nas vendas e faturamento – foram 22,4% e 17%, respectivamente, no comparativo entre janeiro e fevereiro deste ano –, um grupo de empres�rios pode come�ar a respirar aliviado: os fabricantes de maquin�rio agr�cola. Na contram�o da ind�stria de transforma��o, log�stica e constru��o civil e de petr�leo e energia renov�vel, a expectativa para 2017 � que o setor tenha um incremento de 15% no volume de neg�cios e seja respons�vel por um in�cio de recupera��o do segmento como um todo. O otimismo � resultado de um boom vivido em decorr�ncia da previs�o de recorde para a safra brasileira de gr�os, que pode chegar a 219 milh�es de toneladas neste ano, 33 milh�es a mais que em 2016.

“O segmento de m�quinas agr�colas est� em recupera��o e a perspectiva para este ano � de um incremento de 15% nas vendas. A ind�stria de m�quinas como um todo apresenta resultados negativos, mas o setor agr�cola vem se destacando e retomando o crescimento. Tudo isso � resultado da pujan�a do agroneg�cio brasileiro e de sua capacidade de exporta��o de soja, milho e outros gr�os e de toda a cadeia de prote�na animal”, diz o presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria de M�quinas e Equipamentos (Abimaq), Jo�o Carlos Marquesan.

O executivo ressalta que o setor agr�cola nacional passa por um momento positivo e os produtores est�o cientes da import�ncia da troca do maquin�rio para modelos mais modernos e eficientes – o que em um efeito cascata resultar� em uma boa colheita, aumento da demanda e mais recursos para investir em novos equipamentos. E esse pensamento vem sendo verificado em todo o mundo.

Dados da Abimaq divulgados na semana passada mostram que as exporta��es de m�quinas para a agricultura tiveram um crescimento de 40,7% entre janeiro e fevereiro, liderando o ranking dos sete segmentos fabricantes de equipamentos. No per�odo de um ano, o crescimento do segmento agr�cola chega a 50,6%. Levando-se em conta toda a exporta��o de m�quinas brasileiras, as agr�colas s�o respons�veis por 12,6% do setor – atr�s apenas dos modelos para log�stica e constru��o civil (29,2%) e componentes para a ind�stria de bens de capital (25,2%). J� as importa��es ca�ram 37,7% em fevereiro, na compara��o com janeiro. No acumulado do ano, houve um crescimento de 25,3%.

Na avalia��o de Jo�o Carlos Marquesan, os n�meros mostram a qualidade da produ��o brasileira e o reconhecimento que o pa�s tem no mercado externo. “N�s s� n�o temos mais competitividade em fun��o do c�mbio”, explica. De fato, a valoriza��o do real frente a moedas estrangeiras dificulta as exporta��es. E a guerra do setor n�o para por a�. As altas taxas de juros adotadas no pa�s – atualmente a Selic est� em 12,25% – tem um efeito negativo internamente, fazendo com que diminuam os investimentos do produtor na aquisi��o de m�quinas e abra espa�o para a competi��o com o maquin�rio importado.

INVESTIMENTOS

Para o vice-presidente da Abimaq Minas Gerais, Marcelo Luiz Moreira Veneroso, outro ponto que merece aten��o � a concess�o de financiamentos pelo governo federal, via Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). Embora as taxas de juros sejam inferiores � Selic, ele lembra que ainda est�o em patamares preocupantes. “O governo n�o est� adotando a��es que incentivem o investimento”, lamenta. Aliado a isso, h� imbr�glios envolvendo a alta carga tribut�ria e as incertezas pelas reformas em discuss�o no Congresso Nacional.

Recentemente, representantes da Abimaq se reuniram com o secret�rio de Pol�tica Agr�cola do governo federal, Neri Geller, para solicitar amplia��o dos recursos do Moderfrota – uma linha de cr�dito para o financiamento de m�quinas, equipamentos e implementos agr�colas novos e usados, al�m de colheitadeiras e suas plataformas de corte, novos e usados. Diante do reaquecimento da ind�stria e aumento da demanda do setor agr�cola para aquisi��o de m�quinas, a Abimaq prop�e a amplia��o dos recursos para R$ 11 bilh�es.

Em 2016, a Moderfrota disponibilizou R$ 5 bilh�es no Plano Safra, mas os recursos foram insuficientes. O governo remanejou ent�o R$ 2,5 bilh�es de outros programas. Mas, de acordo com a Abimaq, a demanda, at� o final do Plano Safra, dever� chegar a R$ 9 bilh�es. Durante o encontro, Geller teria dito que o governo vai trabalhar para boas condi��es de investimento e custeio, com taxas que n�o comprometam negativamente o produtor brasileiro.

Agrishow ser� term�metro

Um term�metro interessante para o setor pode ser a Agrishow 2017, maior feira de tecnologia agr�cola da Am�rica Latina, marcada para o per�odo de 1º a 5 de maio em Ribeir�o Preto (SP). A Associa��o Brasileira da Ind�stria de M�quinas e Equipamentos (Abimaq) aposta em um incremento de pelo menos 15% nas vendas de equipamentos durante a mostra. O p�blico esperado � de pelo menos 150 mil visitantes e a meta � que o faturamento supere os R$ 2 bilh�es registrados em 2016.

A feira � considerada uma vitrine de tend�ncias, lan�amentos e inova��es tecnol�gicas para o agroneg�cio nacional. Segundo a organiza��o do evento, 800 marcas expositoras j� est�o confirmadas, e os produtores ter�o � disposi��o todas as linhas de cr�dito para o financiamento de m�quinas e equipamentos. Abimaq anunciou na semana passada que o forte desta edi��o da Agrishow ser� a alta tecnologia, voltada especialmente para a agricultura de precis�o.

A programa��o da Agrishow inclui rodadas de neg�cios com 50 empresas exportadoras e importadoras, nacionais e internacionais, palestras com temas variados para auxiliar o produtor a aumentar a sua produtividade de forma sustent�vel e a chamada Arena de Demonstra��o no Campo, voltada para a apresenta��o aos produtores das inova��es, que podem aumentar a produtividade.


Ve�culos tamb�m em retomada

A proje��o da Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea) para o setor de m�quinas agr�colas e rodovi�rias para este ano � de uma alta de 13% nas vendas internas – o que totaliza 49,5 mil unidades em 2017. A estimativa das exporta��es � que sejam 6% superiores, um montante de 10,2 mil unidades. A previs�o � que 59,6 mil ve�culos sejam produzidos, representando uma alta de 10,7% no setor. Os �ltimos dados divulgado pela entidade referentes a 2016, no entanto, mostraram que o segmento de m�quinas agr�colas operou o ano passado no vermelho. As vendas em 12 meses apresentaram uma queda 4,8%: foram vendidas 42,8 mil em 2016, inferior �s 45 mil registradas em 2015. O n�mero s� n�o foi pior porque em dezembro o setor comercializou 4,1 mil unidade, 14,8% mais que no m�s anterior. A produ��o do ano chegou a 53 mil unidades, 4,1% abaixo do registrado em 2016, quando foram fabricadas 55,3 mil m�quinas.


Colheita de resultados

Dados relacionado aos neg�cios com maquin�rio voltado ao segmento agr�cola, em 2017*

M�quinas agr�colas e rodovi�rias produzidas**    7.642
Vendas no atacado                                             6.018
Exporta��es                                                       1.217
Valor das exporta��es                                         US$ 331,5 milh�es
Empregos no setor                                             17.038 pessoas

* Dados de janeiro e fevereiro
** Tratores de roda e de esteira, cultivadores motorizados, colheitadeiras de gr�os,
colhedoras de cana, retroescavadeiras

Fonte: Anfavea


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