
Minas Gerais det�m o segundo maior rebanho bovino do pa�s, com cerca de 23,4 milh�es de cabe�as – o que representa 10,7% do gado brasileiro. A garantia da boa sa�de animal ganha import�ncia neste m�s, com a campanha de vacina��o contra a febre aftosa, aberta na sexta-feira. A imuniza��o � gerenciada pelo Instituto Mineiro de Agropecu�ria (IMA), que fiscaliza a vacina��o por parte dos produtores rurais.
A segunda etapa anual da vacina��o contra a doen�a � realizada em novembro, dando seguimento � outra fase, ocorrida em maio. De acordo com o IMA, dever�o ser vacinados nessa etapa 10 milh�es de bovinos e bubalinos, de zero a 24 meses, em todos os 853 munic�pios mineiros. O Instituto alerta para o fato de que a campanha � obrigat�ria. O produtor que n�o imunizar o seu rebanho estar� sujeito � autua��o de 25 Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs) por animal, o equivalente a R$ 89,83 por cabe�a.
O produtor dever� acessar o site https://www.sidagro.ima.mg.gov.br/portaldoprodutor para imprimir a declara��o de vacina. Com o documento em m�os, ele dever� adquirir a vacina e fazer a vacina��o neste m�s. O criador dever� comprovar a imuniza��o do seu rebanho, com a entrega da declara��o preenchida ao IMA at� 10 de dezembro.
O descumprimento da norma sujeita o produtor � autua��o de cinco Ufemgs, o equivalente a R$ 17,96 por animal. O IMA tamb�m solicita que o produtor entregue a c�pia do Cadastramento Ambiental Rural (CAR) no momento da declara��o. A documenta��o dever� ser apresentada em um dos escrit�rios do �rg�o no estado.
O gerente de Defesa Sanit�ria Animal do IMA, m�dico-veterin�rio Guilherme Negro, ressalta a import�ncia da vacina��o para manuten��o da sa�de do rebanho e do reconhecimento internacional como zona livre com vacina��o, obtido pelo estado junto � Organiza��o Mundial de Sa�de Animal (OIE). “Este status favorece o agroneg�cio e o acesso da carne bovina e dos produtos da bovinocultura de Minas a mercados internacionais, contribuindo de forma significativa para o Produto Interno Bruto (PIB, o conjunto da produ��o de bens e servi�os do estado) mineiro”, diz.
Efic�cia O coordenador do Programa Nacional de Erradica��o e Preven��o de Febre Aftosa no IMA, m�dico-veterin�rio Natanael Lamas Dias, chama a aten��o para a necessidade de engajamento dos pecuaristas na campanha de vacina��o, de forma a garantir efic�cia na imuniza��o dos animais dentro do prazo estabelecido. “Entre os cuidados, � necess�rio manter as vacinas contendo a dose de 2 ml armazenadas em temperatura entre dois e oito graus cent�grados, desde o momento em que for adquirida em estabelecimento registrado, at� a hora da aplica��o”, explica.
Concentrando o segundo maior rebanho bovino nacional, Minas Gerais det�m o status de �rea livre de aftosa com vacina��o desde 2001, concedido pela Organiza��o Mundial da Sa�de Animal (OIE). Em 2018, o estado ocupou o quarto lugar no ranking nacional das exporta��es de carne bovina, com receita de US$ 604 milh�es, ou 9,2% do total nacional. A China � o principal comprador do produto mineiro, respondendo por 59% do total das vendas externas.
Paran� � �nico estado livre

Na segunda etapa da campanha nacional de vacina��o contra a febre aftosa, iniciada na �ltima sexta-feira, dever�o ser imunizados em todo pa�s cerca de 87 milh�es de cabe�as, de um total de 216 milh�es de animais do rebanho nacional. Os n�meros s�o do Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa).
De acordo com o Minist�rio, a maioria dos estados deve vacinar animais com idade de at� 24 meses, como � o caso de Minas Gerais. A exce��o s�o Acre, Amap� e Esp�rito Santo, que precisam vacinar o rebanho de todas as idades, conforme o calend�rio nacional de vacina��o do Mapa.
Pela primeira vez desde o in�cio da vacina��o contra a aftosa no pa�s, o Paran� n�o participar� da campanha. A suspens�o da imuniza��o do rebanho paranaense faz parte do Plano Estrat�gico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradica��o da Febre Aftosa (PNEFA), que prev� a amplia��o gradual de zonas livres de febre aftosa sem vacina��o no pa�s. At� ent�o, o �nico estado que n�o vacinava o rebanho era Santa Catarina, �rea livre da doen�a desde 2007. A unidade da Federa��o que conta com o maior rebanho bovino � o Mato Grosso, que espera vacinar mais de 30 milh�es de animais, de acordo com informa��es da Associa��o de Criadores do Estado (Acrimat).
Neste ano, a vacina teve altera��es na formula��o, com redu��o na dosagem de aplica��o, de 5 ml para 2 ml – a vacina passou a ser bivalente, permanecendo a prote��o contra os v�rus tipo A e O e removido o tipo C. De acordo com estudo do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), o �ltimo foco de febre aftosa com o sorotipo C nas Am�ricas ocorreu em 2004. Com as mudan�as, as apresenta��es comercializadas agora ser�o de 15 e 50 doses. A composi��o do produto tamb�m foi modificada com o intuito de diminuir os n�dulos nos animais vacinados. (LR)